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Mostrando postagens de 2023

De Volta ao Dia da Consciência Negra

Pois alguém descobriu meu "post" sobre o Dia da Consciência Negra, e deixou um rico comentário sobre as cidades que fizeram feriado neste dia. Achei o comentário tão interessante que o estou publicando aqui. Veja abaixo. Além da interessante presença de Porto dos Gaúchos, MT, e da falta de Porto Alegre, como foi comentado, em sendo verdadeira a lista, também senti falta de Salvador, BA. CONFIRA AS CIDADES EM QUE 20 DE NOVEMBRO É FERIADO: O dia 20 de novembro, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra é celebrada como feriado em mais de 200 cidades do país. Confira a relação das cidades onde leis municipais determinaram feriado: Acorizal (MT) Água Boa (MT) Alta Floresta (MT) Alto Araguaia (MT) Alto Garças (MT) Alto Paraguai (MT) Alto Taquari (MT) Angra dos Reis (RJ) Aperibe (RJ) Apiacas (MT) Araguaiana (MT) Araputanga (MT) Araruama (RJ) Areal (RJ) Arenápolis (MT) Aripuana (MT) Armação dos Búzios (RJ) Arraial do Cabo (RJ) Auriflama (SP) Barão de Melgaco (MT) Barra do B

20 de Novembro, Dia da Consciência Negra

Hoje é dia da Consciência Negra, dia de reflexão para os que, em sua esmagadora maioria, são descendentes de escravos, ajudaram a construir a riqueza do país, e, por meio da violência primeiro, e de subterfúgios depois, sempre acabaram afastados desta riqueza e marginalizados. Hoje já é feriado na cidade de São Paulo, por exemplo, e uma série de outras. Curiosamente, cerca de três anos atrás, a prefeitura de Porto Alegre tentou estabelecer um feriado municipal neste dia, e uma entidade patronal entrou na justiça contra, afirmando que o município não tem autonomia para decretar feriados cívicos, apenas religiosos, e ficou por isso mesmo. Se é feriado em São Paulo, e os municípios não têm autonomia para decretar feriados cívicos, significa que nenhuma entidade patronal entrou na justiça em São Paulo? Espero que em breve, este dia se torne feriado nacional. Temos feriados demais? Sugiro a transformação dos feriados religiosos em pontos facultativos. Natal e Semana Santa são observados por

20 de Novembro, Dia da Consciência Negra

Hoje é 20 de novembro, dia ao longo de anos, movimentos de consciência negra vem celebrando como Dia da Consciência Negra. 20 de novembro é utilizado porque é o dia em que o líder do quilombo de Palmares, no Nordeste do Brasil, foi assassinado, em 1695. Há uns três anos atrás, o governo municipal de Porto Alegre, tentou transformar a data em feriado, mas foi barrado por uma liminar impetrada pela associação comercial, junto ao Supremo Tribunal Federal. O Tribunal alegou que não cabe aos municípios instituir feriados de fundo cívico, como seria o caso de um dedicado uma personalidade histórica como Zumbi. É o que diz a lei. Também o município de Pelotas, tentou criar data semelhante, e igualmente foi barrado. Mas lá, parece que o comércio ficou às moscas. O boicote, se planejado, foi uma boa reação. A propósito, boicote pode ser uma maneira dos movimentos negros lutarem para que o dia seja tornado feriado. Desde 2003, o Dia da Consciência Negra está inserido no calendário escolar no Bra

26/12/2023: sem publicação

O blogueiro metido a cronista está de folga.  Se tudo der certo, uma nova crônica deve ser publicada em 2 de janeiro de 2024. Se não der certo, ele deve tentar em 9 de janeiro de 2024. Feliz 2024!

Essa época feliz – versão 2023

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Então se inicia a época do calor de amolecer piche. E você vê que está na hora de comprar presentes novamente. Ou de enfrentar um amigo secreto com pessoas que você talvez nem goste tanto assim. E você não encontra vaga de estacionamento no shopping. E a fila do caixa na loja fica extenuantemente longa. Hoje em dia, praticamente, qualquer comércio é climatizado. Mas eventualmente o sistema pifa. Eventualmente pode haver falta de energia elétrica.  E você se reúne para a ceia em família. E alguém bebe demais.  E depois não há táxi ou carro de aplicativo disponível para retornar ao lar. E você precisa aguardar, ou dormir, em acomodações que não são lá tão confortáveis.  E no dia seguinte, você gostaria de almoçar fora, mas quase não há restaurantes abertos. E os poucos que estão abertos, estão lotados.  Essa época feliz em que precisamos ser fraternais, solidários e contentes.  Mas que, sabemos, pensamos em tudo que não conseguimos fazer no ano que vai terminando.  Essa época feliz em qu

Diário – leituras – Diário Selvagem

Diário Selvagem é uma compilação dos diários escritos pelo jornalista e escritor José Carlos Oliveira entre 1971 e 1986, ano de seu falecimento.  Tendo sido cronista no Jornal do Brasil, então um dos mais importantes do país, por mais de vinte anos, Oliveira deve ter sido um escritor amplamente conhecido em seu tempo. Escreveu romances e teve as crônicas do jornal compiladas e publicadas em forma de livro.  Como cronista, eu diria que ele vive uma era de bronze da crônica nos jornais brasileiros, lembrando que a era de ouro seria entre os anos 1950 e início dos 1960, com Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino e outros que tais. A era de bronze é essa do Regime Militar, e das funções de Governo Federal sendo transferidas mais e mais para Brasília, gerando a decadência da antiga Capital Federal, o Rio de Janeiro.  Este livro é um livro longo. Abrange quinze anos de anotações. Fala um pouco de tudo. Dos empregos, dos amores, da vida sexual, das fofocas, dos cuidados ou da falta

Cara Maria – XII

Cara Maria, Tentarei ser mais breve do que fui na mensagem anterior. De quebra também esta deve ser a última mensagem que te envio neste ano de 2023. Pois bem, comecei a mensagem anterior dizendo: “Talvez sejam estes os dias em que nos demos conta da catástrofe climática.”  E: “Ou não. É difícil para nós, seres humanos, aprendermos.” Como não deixamos de falar do clima e do tempo, acho que a manchete que me impactou esta seman foi “Clima faz país perder 4 milhões de toneladas de grãos” . Sim estimativas ainda são de uma colheita de 312 milhões de toneladas para a safra 2023/2024, mas a estimativa anterior era de 316 milhões de toneladas.  É estranho agora pensar que por volta de 1987 eu assinava uma revista de notícias semanal, e naquela época a produção de grãos no Brasil estava prestes a chegar aos 100 milhões de toneladas, e esse número era então muito impressionante. Nesses 35 anos a produção triplicou. E nesse meio tempo, isto é, desde o final da década de 1980 até hoje a populaçã

Cara Carol – I

Cara Carol, Não sei se já te disse que costumo ler a revista Piauí (a própria redação da revista a chama de piauí, assim, com letra inicial minúscula, mas acho estranho). Se já não disse, digo agora. Houve inclusive um tempo em que cheguei a assinar a revista. Minha assinatura caducou, perdi alguns números, e ultimamente tenho comprado em banca (e, agora, pensando, comprar revista em banca era uma coisa tão natural, e hoje se tornou tão extraordinário por conta do sumiço das revistas de papel, e, consequentemente, das bancas de jornal).  Estou com as leituras da revista atrasadas. Para teres ideia, recém concluí a leitura da edição de janeiro de 2023 (edição 196).  Mas esta edição, que li com atraso me chamou a atenção por algumas reportagens. Inclusive pensei em te emprestar ou doar a revista, mas não sei se terias tempo para lê-la. Por isso que comento algumas das reportagens aqui.  A primeira reportagem se chama Minha bisavó matou um cara. Escrita por Sergio Schargel, fala do assass

Um velho calção preto

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De uns tempos para cá, dei para escrever textos me despedindo de roupas. Já falei de uma camiseta que dei de presente para minha irmã e que retornou para mim, depois do falecimento da mana. Também falei sobre as camisas que minha irmã me deu e que acabei por descartar, porque, bem, elas puíram.  Certo é que não é sobre qualquer roupa que chego a escrever.  No período em que escrevi sobre a camiseta ou as camisas acima, adquiri e doei camisetas, camisas e calças com desapego e sem sentimentalismos.  Mas eis que agora estou prestes a descartar um velho calção preto. Um calção de poliéster com forro interno, também de poliéster, que talvez tivesse como função original ser parte de um uniforme de futebol, mas que eu usava como calção de banho.  Devo tê-lo adquirido nos anos 1990, quase trinta anos atrás. Usei em especial durante um treinamento profissional. Esse treinamento foi dado em um local que tinha piscina. Piscina essa que podíamos aproveitar no intervalo para o almoço. Sim, foi em

Diário – leituras – afirma Pereira

“afirma Pereira”. Eis um livro curioso e interessante. Curioso porque conta uma história ambientada na Lisboa de 1938.  Nessa época o Estado Novo recém havia sido implantado em Portugal (durou de 1933 a 1974). Se tratava de uma ditadura de caráter fascista, com polícia política, prisão e exílio de dissidentes e censura aos meios de comunicação.  Curioso também porque escrito por um italiano. De fato, Antonio Tabucchi foi tradutor de Fernando Pessoa. E interessante pela história que conta nesse ambiente complicado. Nessa mesma época já estavam no poder Mussolini e Hitler. Ao mesmo tempo ocorria a guerra civil na vizinha Espanha. Guerra civil esta para a qual as forças armadas da ditadura portuguesa enviaram um corpo expedicionário para apoiar Francisco Franco.  Nessa circunstância toda, Tabucchi nos conta a história do Dr. Pereira, um jornalista que é encarregado da página cultural de um pequeno jornal português. Pereira é um homem mais velho do que novo, viúvo e não teve filhos. Tem a

Esvaziação

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Recentemente vi notícia no boletim do informativo eletrônico Matinal  que as lotações de Porto Alegre, um sistema de transporte coletivo seletivo da cidade,  neste ano de 2023, deverão transportar menos da metade do número de passageiros que haviam sido transportados em 2017. Foram cerca de 11,7 milhões de passageiros então, para 5,4 milhões neste ano. O boletim cita o Jornal do Comércio , que não li, por conta do paywall.   Conforme a nota do Matinal, um primeiro grande impacto que tirou passageiros das lotações foi o surgimento dos aplicativos de carona paga, ali pela metade da segunda década deste século.  Atualmente também contribui para o esvaziamento das lotações o preço alto da tarifa.  Eu era muito criança quando soube que a Companhia Carris lançou uma linha seletiva de ônibus, a linha Três Figueiras. Acho que deve ter sido lá por 1974. Pelo que lembro os veículos tinham ar condicionado e atendentes que ofereciam cafezinho. Nunca andei em um ônibus desses. As referências eram a

28/11/2023: sem publicação

O blogueiro metido a cronista está de folga.  Se tudo der certo, uma nova crônica deve ser publicada em 5 de dezembro de 2023.

Eu e a Feira do Livro de Porto Alegre – edição 2023

A 69ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre terminou quarta-feira passada, no Dia da República, 15 de novembro de 2023.  Faz bastante tempo que a Feira do Livro de Porto Alegre faz parte da minha vida.  Talvez esse amor pelo livro, e pela Feira, me tenha sido transmitido pelo exemplo de minha irmã. Posso lembrar que lá pelo final dos anos 1970, não lembro o ano exato, uma vez ela chegou em casa, em uma noite de domingo, trazendo consigo um livro de Jorge Amado. Era Tereza Batista, Cansada de Guerra. Ela havia ido ao cinema, possivelmente algum dos que ficavam na Praça da Alfândega e imediações, como Imperial, Cacique ou Scala, e, após a sessão, passou pela feira. Como se pode constatar, não esqueci.  Eu devo ter começado a frequentar  em 1981, ano em que comecei a trabalhar. Ajudava o fato que eu trabalhasse então como office-boy. Certamente entre pagar contas em banco e entregar documentos, eu devo iniciado minha carreira de rato de balaios de ofertas (aqueles balaios com livros mu

Cara Maria – XI

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Cara Maria, Talvez sejam estes os dias em que nos demos conta da catástrofe climática.  Ou não. É difícil para nós, seres humanos, aprendermos.  Me dá a impressão de que, apesar de se dizerem nossos representantes, os governantes têm dificuldades em tomar medidas para o bem estar da maioria. Talvez porque a minoria tenha muito dinheiro, e dinheiro é poder. Tenho a impressão de que, mais e mais, vivemos em uma plutocracia, em lugar da tal democracia. Mas tudo isso é só impressão. Como sabes, não sou cientista político.  Mas vejamos.  Praticamente todas as regiões do Brasil ao norte do Trópico de Capricórnio estão com temperaturas extremamente altas. Uma onde de calor avassaladora.  Tivemos a notícia de uma mãe que quebrou a janela de um ônibus , no Rio de Janeiro, quando seu filho passou mal dentro do veículo, porque o ar condicionado do coletivo pifou. O ar condicionado do ônibus provavelmente pifou porque a temperatura naquele momento era extrema. Se isso for fato, talvez seja um sina

Sessão de Autógrafos – Histórias Stanislawianas – Santa Sede Masterclass 2023

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Na terça-feira, 7 de novembro de 2023, foi o lançamento, com sessão de autógrafos, do livro Histórias Stanislawianas, coletânea de crônicas da Masterclass 2023 da Oficina Literária Santa Sede.  O evento, como sempre tem ocorrido, foi no Bar Apolinário, na Cidade Baixa.  Foi um momento para os autores se reencontrarem e celebrar o lançamento desta obra coletiva que foi tão divertida de ser criada. Estiveram presentes quase todos os autores: Altino Mayrink, André Hofmeister, Carol Anversa, Edgar Aristimunho, Gerson Kauer, Giancarlo Carvalho, José Elesbán Rodrigues (eu), Magnus Daniel Pilger, Ronaldo Lucena, Silvia Rolim, Tiago Maria, Viviane Chaves Intini e o organizador Rubem Penz. Só o Felipe Basso não pôde estar presente por questões particulares.  Como aconteceu nas reuniões durante a feitura do livro, foi outro momento de confraternização e diversão, onde comemos, bebemos e recebemos amigos e familiares.  Como talvez tivesse dito o Rubem, o Apolinário foi nosso.  Valeu celebrar a li

A Stalinista

Meu amigo me contou que esse incidente aconteceu com ele.  Participava de uma oficina literária que acontecia à noite, em um reservado de uma livraria-café. A técnica da noite era crônica.  O orientador da oficina já havia passado informações básicas sobre uso da crônica. Tamanho, a questão da coloquialidade no texto. Enfim, as tecnicalidades.  Meu amigo disse que tudo transcorria bem até o momento em que a oficineira que ele chamou de A Stalinista lesse sua crônica. Não a havia apelidado de Stalinista porque ela realmente venerasse Stálin. De fato ele não sabia a opinião dela a respeito do líder da antiga União Soviética. O apelido foi por conta da postura dogmática da pessoa. Comenta que poderia chamá-la de inquisidora, mas como Deus estava um tanto quanto de lado na sociedade atual, talvez uma dogmática sem metafísica se apresentasse melhor.  A crônica versava sobre a perda de uma poeta palestina morta em um bombardeio israelense na mais recente guerra por aquelas bandas. Partindo d

Diário – leituras – Sete Erros

Gerações de mulheres, vivendo em um lugar não especificado, mas presumivelmente no sul do Brasil. Elas vão vivendo suas vidas, sob as possibilidades de viverem sendo mulheres nesse lugar e sociedade em que habitam.  O livro começa com o mal estar de Maria Antonia, aos sete meses de uma gravidez, aparentemente indesejada. Quem vai narrando é alguém de sua confiança, uma médica, possivelmente uma residente.  A partir daí a autora nos leva por gerações de mulheres que conviveram, viveram, sobreviveram e resistiram como puderam ao machismo e ao patriarcalismo da sociedade em que viviam, e vivem.  Entre essas mulheres, uma marca que as uniu são os bordados. Uma arte que une as gerações que protagonizam as histórias. A própria autora vai tecendo seu livro como uma espécie de bordado em que nos enreda.  A violência sexual é uma presença. Aconteceu no passado (há uma cena que achei muito parecida com as violações em O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo), acontece contemporaneamente.  E há um

Cara Maria – X

Cara Maria, Quando a gente está sem assunto, a gente fala do quê? Do tempo. É o papo naquele primeiro encontro com o colega no elevador. É a sequência ao cumprimento do funcionário do condomínio. Ou do vizinho.  Aqui em Porto Alegre é batata (sem bem que, é batata por quê mesmo?)! No inverno a gente reclama do frio quando entram as frentes frias. No verão a gente reclama do calor quando uma massa de ar quente nos acossa. No intermeio a gente fala do sol. Ou da chuva. Ou ainda das nuvens.  Nesta semana podemos falar das chuvas. Chuva é coisa afim com a primavera em Porto Alegre, basta pensar em Acampamento Farroupilha ou Feira do Livro. Segundo andei lendo por aí, nesse final de semana passado choveu mais do que costuma chover em todos os meses de novembro, segundo a média histórica. Nesta semana que passou também houve uma tempestade em São Paulo. Uma tempestade tal que deixou a dita cidade que não para sem energia elétrica por dois, três dias, dependendo da região. Paulistas e paulist

Cara Maria – IX

Cara Maria, Depois de um breve intervalo, volto a te escrever. Nas mensagens anteriores a palavra ódio esteve presente. Fosse como meu sentimento pessoal, fosse como a expressão de um sentimento generalizado. Nas redes sociais. No mundo.  Mas antes de falar mais sobre isso, voltemos à natureza.  Acho que foi o jornalista e humorista José Simão que alguma vez falou em turnê do fim do mundo. Fico pensando se o fim do mundo já não é a nossa realidade.  A sequência de catástrofes, presumivelmente derivadas da crise climática, parecem mesmo em turnê. Tempestades, inundações, tornados, ciclones. Há eventos de todo tipo. E assim vamos tendo aulas de geografia, por conta dos municípios atingidos. Caráa, no litoral norte gaúcho, Taió em Santa Catarina… Além do transbordamento do Rio Taquari que causou destruição em várias cidades ao longo dele, o Taquari. Esta semana tivemos inundação em Barra do Rio Azul, no norte do Rio Grande do Sul, outra cidade que eu desconhecia. E tornados no Paraguai e

Sessão de Autógrafos – Nunca fomos santos – Santa Sede Safra 2023

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Na sexta-feira, 27 de outubro de 2023, foi o lançamento, com sessão de autógrafos, do livro Nunca fomos santos, coletânea de crônicas da Safra 2023 da Oficina Literária Santa Sede.  O evento, como sempre tem ocorrido, foi no Bar Apolinário, na Cidade Baixa.  Este ano uma pessoa que começou a oficina para a composição deste livro desistiu do projeto. O que fez com que o organizador convidasse cronistas de outras oficinas para escrever as crônicas necessárias para completar o livro. Eu estive entre esses convidados.  Quando cheguei ao Apolinário, naquela noite, por volta das 19 horas, já estavam pela frente do bar outros autores convidados: a Carol, o Gian e a Vivi. Em seguida ainda chegaria o André, acompanhado da esposa.  Depois de um bate-papo inicial, fui adquirir um livro com o Rubem e a Vanessa, a fim de pegar os autógrafos. Acredito que peguei autógrafos de todos os oficineiros. Os autores desta safra são Aline Maciel, Andréa Aquino Ferreira, Aurélio Salton, Cris Netto, Gisele Oli

A palavra escrita e seus poderes terapêuticos

Domingo passado, o jornal Folha de São Paulo publicou reportagem sobre os poderes terapêuticos da palavra escrita . No parágrafo de abertura está escrito que “uma pesquisa do psicólogo americano James Pennebaker demostrou que a palavra escrita tem poderes terapêuticos: quem escreve durante alguns dias sobre eventos traumáticos da vida tende a sentir benefícios muito claros em sua saúde física e mental.” Acredito. Tanto que escrevo. Comecei a escrever publicamente comentando em blogues, no início deste século. Depois abri meus próprios blogues.  Falo em publicar, mas, segundo a reportagem não é necessário que o que escrevemos seja publicado. Basta que seja escrito. Como no clássico e secular diário. Talvez seja comum associá-los a adolescentes, mas esse tipo de registro já foi usado, e nesses casos publicado, por, pelo menos, dois presidentes do Brasil, Getúlio Vargas e Fernando Henrique Cardoso.  Pensando nessa reportagem, me parece que os textos escritos funcionam mesmo como as pensei

20 de outubro de 2023

Recentemente Ruy Castro publicou uma crônica  pesarosa, saudosa, rememorando os amigos que morreram em decorrência da pandemia de covid-19, durante o (des)governo do inominável. Essa crônica foi publicada com data de 18 de outubro passado. Ele comenta que ter morrido em um momento como aquele, da pandemia e do desgoverno, depois de passarem boa parte do século XX lutando por progresso, democracia e justiça social, foi como uma desilusão com a própria vida, como se tivessem vivido e morrido em vão. Muito triste. Tendo chegado a uma idade provecta como ele mesmo diz, é como se Ruy estivesse fazendo um pequeno balanço. Tendo passado pelo fechamento da ditadura militar brasileira, tendo estado em Portugal durante a Revolução dos Cravos, Ruy declara ainda que viu iniciarem e terminarem muitas guerras durante a sua vida.  Como ele diz, “que nenhum desses atos extremos resolveu os problemas que os causaram, e que a vitória ou derrota de qualquer dos lados não trouxe seus mortos de volta. Não

Diário – filmes antigos – Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari)

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Talvez, aos poucos, eu esteja vencendo minhas próprias resistências e voltando a assistir filmes.  Sexta-feira, 8 de setembro, acompanhei meu filho para assistir Contos da Lua Vaga, filme japonês de 1953, na Sala Redenção, no Campus Central da UFRGS. A exibição se deu dentro de um Ciclo de Cinema Japonês que começou dia 4 passado indo até o dia 22 de setembro. Algumas das exibições foram comentadas por críticos de cinema.  Contos da Lua Vaga inicia mostrando duas famílias. Dois irmãos e suas respectivas esposas. Genjuro (Masayuki Mori), casado com Miyagi (Kinuyo Tanaka), quer enriquecer vendendo as peças de cerâmica artesanal que ele produz junto com a esposa. Tôbei (Eitarô Ozawa), casado com Ohama (Mitsuko Mito), sonha em se tornar um guerreiro samurai famoso. O Japão passa por uma guerra civil, que assola a região em que eles vivem.  Eles conseguem escapar do saque à aldeia em que habitam e vão a uma cidade mais ou menos afastada. Lá Tôbei irá delirar com seu desejo de se tornar samu