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Mostrando postagens de agosto, 2021

Diário da Peste (XLII) - A primavera 2021 vem chegando

A primavera vem chegando.  Os sabiás, aliviados do frio, iludidos pelas luzes da cidade, já levantam seu canto às duas da madrugada.  Linda os chamaria de passarinho da pitangueira. Ou passarinho da pitanga. Ou bichinho da pitangueira. Tanto faz.  Os ipês amarelos já florescem. Os ipês roxos já florescem.  Os jacarandás da Praça da Alfândega provavelmente já florescem. Os hibiscos já florescem. Se bem que os hibiscos parecem florescer não importa qual seja a estação.  Vivemos aqueles dias de meia estação, de amanheceres frios, meios-dias quentes, entardeceres trazendo o frio novamente.  E talvez seja um pequeno privilégio viver em uma cidade onde se pode sentir o marcar de cada uma das quatro estações.  Mesmo que se tenha vontade de fugir dos extremos. Seja do frio, seja do calor.  Cada estação com seus percalços e suas bênçãos.  Talvez o inverno ainda dê algum novo suspiro. Quem sabe? Vem se aproximando a primavera. O equinócio. Os dias com mais horas de sol.  Tomara, venha o calor e

Diário – leituras – Enquanto Caio

“Enquanto Caio” é o mais recente livro de Marcelo Rocha, professor universitário, doutor em Teoria Literária e escritor. A novela, publicada pela Editora Metamorfose, se estrutura ao redor de um dia, durante o qual acompanhamos o fluxo de pensamento do personagem, Marcelo, como o autor, um professor universitário sexagenário a caminho da aposentadoria, casado com uma mulher quase vinte anos mais nova, também professora, Júlia, e pai de uma menina que não deve ter mais de onze anos, Mariana. Tem também um gato, o Lupi. Durante esse dia há três coisas acontecendo; Marcelo precisa escrever um ensaio sobre teoria literária para um suplemento cultural de um indefinido jornal; é seu aniversário de  sessenta e sete anos; e é o dia do aniversário de Caio Fernando Abreu, referido como "Caio F." no livro, que também faria sessenta e sete anos. Marcelo se estabelece então como um duplo ("dopplegänger") de Caio Fernando. Isso nos permite concluir que é doze de setembro de 2015,

Diário da Peste (XLI) - Dias de chuva no final de agosto de 2021

Sem inspiração para compor uma narrativa ficcional, me ponho a escrever sobre assuntos aleatórios.  Estamos no final de agosto, e no final do inverno, e chove. Uma chuvinha chatinha, longa, com poucos intervalos de estiagem. Começou segunda-feira à noite, e continua hoje, quarta. Parece não ter hora de acabar.  Esse tipo de narrativa não nasceu com Ed, mas o fato de eu estar acompanhando seu Diário do Confinamento tem me influenciado.  Aliás, ele disse que o título do "capítulo" 40 do Diário da Peste, "A primavera trará o fim da peste" era "muito peremptório". É um título meio grandiloquente, concordo, mas acho que é o que acontecerá. Inclusive tenho esperanças. Aliás, o comentário de Avelina à crônica foi justamente de esperança.  Sigo lendo Brasil, o Romance, de Errol Lincoln Uys. Errol Lincoln Uys é um sul-africano. Esse livro foi publicado em 1986 pela Editora Best Seller. Me lembro deste livro e desta editora nos anos 1980. Lembro que o Pastor Richard

Diário – leituras – Memória de minhas putas tristes

Gabriel Garcia Márquez tinha quase 80 anos quando publicou esta novela sobre um ancião solteirão que, ao completar 90 anos, resolve se dar de presente uma noite de amor louco com uma virgem, e para isso contacta, e contrata, uma antiga cafetina conhecida sua.  A cafetina, chamada Rosa Cabarcas, após alguma relutância pelo pedido inusitado e repentino, providencia então uma menina virgem de 14 anos. Quando o encontro acontece a menina, que trabalha em um ateliê de costura, está tão cansada que é encontrada dormindo. E o aniversariante fica com pena de acordá-la. O ancião, sem saber o nome real da menina, a chama de Delgadina, e é por esse nome que ela será referida ao longo do livro.  A partir desse início, vamos acompanhar o que esse homem revela de si. As origens familiares, a carreira como jornalista cronista, enfim, sua vida até ali.  Com a maestria com que Gabriel Garcia Márquez sabe contar histórias.  Esta obra é inspirada pelo livro A Casa das Belas Adormecidas, do escritor japon

Diário da Peste (XL) - A primavera trará o fim da peste

Mônica Bérgamo é uma jornalista que tem uma coluna diária na Folha de São Paulo. Poderia se enquadrar no jornalismo de notinhas. Mistura notas políticas com dicas culturais. Em alguns momentos faz as vezes de coluna social.  Comecei a ler a Folha de São Paulo na década de 1990, aos domingos.  Naquela época era comum publicações entregarem “brindes” aos leitores. Eu comecei a comprar as edições de domingo do jornal em banca para formar a Enciclopédia Delta Larousse. Em tempos pré-internet, uma enciclopédia era um sonho de consumo.  Não sei se foi no meio disso que recebi um daqueles disquinhos que eram usados para acesso discado à internet.  Fato é que com o acesso ao UOL, tive acesso ao jornal. E o tenho lido desde então. Criei um hábito.  Nesse meio tempo assinei e desassinei jornais de Porto Alegre também.  Voltando à Mônica Bérgamo, desde o início da pandemia a coluna dela tem reproduzido fotografias de, digamos, celebridades, na versão de internet. Normalmente copiando o que essas

Diário da Peste (XXXIX) - Live: Sarau Santa Sede Masterclass Horas Íntimas e Vinicius de Moraes

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E nesta terça-feira, 17 de agosto passado, houve o sarau, em formato de live, para um aperitivo do que será o livro da Masterclass Santa Sede de 2021. Homenageando o Poetinha, Vinicius de Moraes, e se inspirando nele.  Não me preparei muito bem, e nem sou grande fã de lives. Mas há algumas que me permito.  De qualquer maneira, no horário marcado, isto é, 19h30min, eu estava com o cachorro engarrafado sobre a mesa, e o tablet no canal da Santa Sede no Instagram.  E por cerca de uma hora passaram pela tela poetas cronistas e cronistas poetas.  Sob a direção do mestre de cerimônias Rubem Penz, foi possível assistir vídeos de gente conhecida como o André, a Ana Luiza e, claro, o Felipe. Felipe quase sempre está presente na masterclass. E outros e outras que espero conhecer pessoalmente. E passaram poemas e crônicas. Talvez poemas crônicos, ou crônicas poéticas.  E ao final de uma hora, como costuma acontecer, apareceu a Vanessa Penz.  Aguardemos o livro. Tomara que possamos nos encontrar s

Reflexões de um velho ranzinza – A coerção tecnológica nossa de cada dia

Com 61 anos, e aguardando a aposentadoria, a vida não tem sido fácil.  Mas às vezes a gente tenta relaxar. Tipo, uma vez por mês, na época do salário, ir tomar uma cerva.  Como hoje. Sexta-feira, fim de tarde, mesa na calçada neste bar no centro.  Encontro um sobrinho (sobrinho emprestado, mas nos damos bem). Vi o guri nascer. Agora tá com quase quarenta.  Trabalha em uma autarquia de informática. Diz que é desenvolvedor de software. Está trabalhando em casa. Ele fala que a empresa está em um experimento de contingência. Quem fez faculdade usa essas palavras complicadas.  “Trabalhar em casa deve estar sendo uma barbada.” Eu digo.  “Nem tanto, tio. Tem os seus inconvenientes.” “Ah, para! Eu tenho que chegar na hora de manhã cedo, faça chuva ou faça sol. E encarar a cara do patrão, que quase sempre tá lá quando chego. Escritoriozinho pequeno é assim.” “Ah sim. Nesse projeto, isso é muito mais tranquilo. Mas ainda tem os inconvenientes.” Ele vai falando e eu vou bebendo devagarinho. “Tipo

Diário – leituras – Deuses Americanos

Eis um livro interessante, como talvez dissessem os entendidos, com camadas sobrepostas na história.  Além disso, somos informados nas introduções que houve mais de uma versão do livro, e esta tradução foi baseada na versão favorita do autor.  O livro abre falando do protagonista, Shadow. Se diz pouco dele, a não ser que é grande e tem cara de “não se meta comigo”. Além disso ele está deixando a prisão, após cumprir uma sentença de três anos. Shadow significa principalmente “sombra” em inglês.  E a partir daí os eventos vão se sucedendo na história de Shadow. Ele será contratado por um homem misterioso e será envolvido em uma guerra que deverá acontecer.  Não conto mais do enredo para que qualquer candidato a leitor não perca o prazer de ler esta história. Para completar, em um momento da história há um desaparecimento, o que pode acrescentar uma narrativa policial a tudo. É um daqueles livros que é difícil largar, o que faz com que a leitura seja rápida, apesar de suas muitas páginas.

O fotógrafo e o guardinha na esquina

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  Quem conhece um pouco da história recente do Brasil, sabe da fatídica reunião do Conselho de Segurança Nacional de 13 de dezembro de 1968. Lá se vão mais de cinquenta anos. Ela está descrita principalmente no livro 1968: O ano que não terminou, de Zuenir Ventura. Também deve estar nos livros de Elio Gaspari, A Ditadura Envergonhada e A Ditadura Escancarada.  Tendo o então general-presidente Artur da Costa e Silva reunido o tal Conselho para deliberar sobre a promulgação do Ato Institucional nº 5, que passaria a ser conhecido como AI5. A ditadura passaria de envergonhada para escancarada, tal como Gaspari expõe nos títulos de seus livros. O Ato teve apoio quase unânime dos presentes, com a exceção do vice-presidente, o Dr. Pedro Aleixo.  Indagado por Costa e Silva sobre a razão de não endossar o Ato, teria respondido, “Presidente, o problema de uma lei assim não é o senhor, nem os que com o senhor governam o país. O problema é o guarda da esquina.” Pois bem.  Eu gosto de fotografia. M

Docinho

Teus lábios doces Têm sabor de pudim Meu quindim 20/06/2021.

Diário da Peste (XXXVIII) - Ijuí, a gata (2007-14/08/2021)

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Hoje o Deus dos Gatos, levou a gata Ijuí.  Sim, porque se Ele é o Criador de todos os seres, e se gatos são seres sencientes, Deus deve se apresentar aos gatos na forma de Gato, assim como aos cristãos, encarnou em forma de homem.  As notícias ruins vinham se acumulando. Faz poucas semanas ela havia sido diagnosticada com câncer nos pulmões. Nosso humor tétrico afirmou que o bicho não devia ter fumado tanto ao longo da vida.  Com o diagnóstico veio a dificuldade de respirar.  E depois a dificuldade de se alimentar. Depois a provável dor, pois a gata não queria ser tocada.  Por fim a dificuldade de mesmo permanecer sobre suas patas.  Ijuí teve seu encontro com o Deus dos Gatos na tarde deste sábado, por volta de 14h.  Não sei quando nasceu. Foi adotada em julho de 2007 . E logo nos primeiros dias estava fazendo fuzarca .  Passaram os anos, e ela envelheceu e se acalmou .  E esses são os três registros que fiz em blogues.  Eu sinto a perda de outro bicho e meu filho passa por momentos de

Diário da Peste (XXXVII) - Um dia sem Paulo José, outro sem Tarcísio Meira

E demos o azar de perder dois atores queridos em dois dias seguidos.  Muita tristeza e muito azar.  Mas talvez nos dê uma dimensão das perdas que nos estão sendo impostas.  Consegue imaginar aquelas famílias que vão perdendo seus membros em curtos intervalos de dias? Já falei de seu Vavá, antigo síndico do prédio em que eu morava. Foi contaminado, a doença se agravou, e veio a falecer. Em seguida faleceu sua esposa do mesmo mal. Imagina a dor do filho que sobreviveu.  Sim, a situação não é igual. Paulo José não faleceu em decorrência de covid-19.  Tarcísio Meira sim.  Tarcísio Meira faleceu por agravamento de covid-19, embora tenha recebido a vacinação completa contra a doença.  Infelizmente as vacinas não nos tornam imunes a todos, e não protegem todos da mesma maneira.  Tarcísio Meira foi por muito tempo o padrão do galã romântico da televisão brasileira.  Os tantos textos laudatórios publicados por conta de seu passamento, falam que ele esteve em mais de cinquenta telenovelas. Em mu

Derramei-me

Deixa eu tentar me orientar. Me organizar. Não sei bem o que aconteceu. Sei que eu estava descendo, para levar o meu lixo pra lixeira do condomínio. Aproveitando para esticar as pernas e dar uma olhada na vizinhança de um ângulo diferente do que sempre vejo pela janela do meu apartamento. São dois lances de escada. Eu desci um e estava no início do outro quando chegou a tontura. Depois senti uma coisa estranha, como se a cabeça meio flutuasse, meio se dividisse. E então como se a cabeça se partisse em dois pedaços, um para cada lado. E então uma dor de cabeça horrível, como se explodisse. E devo ter desmaiado. E agora tento me achar. Mas…. Por que consigo me enxergar ali, no chão do corredor de entrada do prédio? Por que estou deitada ali de olhos fechados? Por que algumas vizinhas estão ao meu redor, inclusive uma, muito amiga, chorando? E por que outra está ligando para a emergência? Aliás, por que parece que estou aqui, flutuando, fora de mim?  11/08/2021.

Diário da Peste (XXXVI) - Vou sentir falta de Paulo José

Falta pouco mais de um mês para que tenhamos oficiosamente um ano e meio de peste. Um ano e meio de vidas afetadas pela pandemia.  Curiosamente estou escrevendo outra crônica extraordinária, porque as publico na terça-feira à noite. E novamente estou escrevendo para publicar na quinta-feira à noite.  Assim fui olhar o que escrevi na quinta-feira passada. E fora o aspecto que o dia 4 de agosto será um dia para sempre especial para mim, foi possível notar a rotina que está estabelecida mesmo em meio à pandemia.  Pois quarta-feira foi dia de trabalho em home office, como havia sido na semana anterior. Sem nada de extraordinário acontecendo no trabalho.  E quarta também foi dia de terapia, como na semana anterior. Sem que a consulta pudesse se tornar visceral, como algumas vezes acontece.  E na peste, o Diário do Confinamento de Edgar Aristimunho chegou à sua 510ª entrada (quinhentésima décima?). Falou de T.S. Marcon, evocando o outro T.S., aquele dos homens ocos.  E novamente Maria Avelin

Diário de Peste (XXXV) - Live: Sarau Santa Sede Safra 2021

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Não sei se é um aspecto de hipocondria, mas eu costumo prestar atenção em notícias de novas epidemias que surgem, sejam lugares próximos ou distantes.  Por exemplo, o ressurgimento do cólera em meados deste século aqui no Brasil; ou a SARS, Sars-covid-1, na China (que felizmente foi contida no extremo oriente); ou a H1N1, que nos assustou em 2009.  Ficava preocupado com novas moléstias, mas nunca poderia imaginar a dimensão que a covid-19 tomou no mundo. De fato, parou o mundo.  E também não poderia imaginar que durasse tanto.  Eu não imaginava que pelo segundo ano seguido o Sarau da Oficina Santa Sede fosse ter o formato de live. Um telessarau. Mas foi o que aconteceu. Nesta segunda-feira, 9 de agosto de 2021, foram apresentados os novos cronista da oficina literária, com a temática Outros Presentes. São nove escritores, isto é, oito escritoras e um escritor. Infelizmente não fixei os nomes, mas logo estarão disponíveis no livro.  É possível que o lançamento do livro seja em um encont

Reflexões de um velho ranzinza – Gente que atrapalha no parque

Sou um velho com 61 anos, que aguarda ansiosamente a aposentadoria. São mais de 45 anos entre desemprego e empregos mal pagos. 45 anos para conseguir um apartamento apertado em um prédio ruim na periferia, uma lata velha do século passado como "carro", e perspectiva nenhuma de bem-estar na tal aposentadoria. Um sábado desses peguei a bichera, quer dizer, meu palio 98, e fui a um parque na zona norte da cidade. Acho bom passear por lá. Foi feito porque a prefeitura mandou. Se não, não saía o bairro novo que criaram em volta dele. Sem trânsito, de onde moro até ali deve dar, no máximo, uns quinze minutos. Consegui uma vaga e sentei em um dos bancos ali. Queria pegar um sol. E depois eu ia caminhar. Tinha um velho fazendo ginástica. Cabeça branca. Camiseta de física, calção, meia e tênis, todos pretos. É alongando que se diz? Ele estava usando o cordão da calçada para se esticar no espaço de uma das poucas vagas que ainda sobravam no estacionamento. Nisso chegou um carro

Diário da Peste (XXXIV) - 4 de agosto de 2021, um dia como quase qualquer outro

Tentando escrever à moda de Edgar Aristimunho, em seu profíquo Diário do Confinamento. No início da manhã, leio Marcelo Coelho , cuja coluna é uma crônica de dezenraizamento. Nela Coelho, um homem na casa dos 50 anos, já não reconhece o país me que vive. Ele termina a crônica comentando que, afinal, uma geração vai substituindo a outra. O meu trabalho em home office foi sem sobressaltos, e, portanto, sem muito o que comentar. Fim de expediente, início de terapia. Teleterapia. Que hoje nem foi tão visceral assim. Após a consulta permaneci sereno. Fim de terapia, passo direto para a transmissão de O É da Coisa, com Reinaldo Azevedo. Programa da Rádio Band News, também transmitido por redes sociais. Tio Rei. O louco Brasil me fez voltar a ouví-lo, e ele fica me parecendo até alguém ponderado. Nos anos 1990 eu acompanhava uma revista que ele publicava e a achava equilibrada. Ele diz que nunca foi tucano, mas que parecia, parecia. Então vieram os anos petistas e vi ele se torn

Diário – leituras – A Fórmula Mágica de Joel Greenblatt para bater o Mercado de Ações

O nome original do livro é The Little Book That Still Beats the Market, ou algo como “O Livrinho que ainda bate (vence) o Mercado”. Como parte das leituras que tenho feito sobre investimentos, esse livro oferece um método para investir no mercado de ações, para quem ainda não tem (um método) e gostaria de tentar.  O autor trabalhou no mercado de ações nos Estados Unidos e prosperou com essa abordagem.  Ele começa explicando em termos didático o mercado de ações, e, no final oferece a tal fórmula mágica. Um método quantitativo para escolher e comprar ações.  Ela está no capítulo 14, à página 125 desta edição. Não vou repetir aqui porque é um pouco complicada. Em todo caso, existe um saite < http://www.magicformulainvesting.com/ > em que é possível tentar usar. O problema para nós, brasileiros, é que o saite é em inglês e lida com as bolsas dos Estados Unidos.  É um livro fácil de ler e o método não é muito difícil se você souber o mínimo sobre mercado de ações.  Aqui no Brasil, um

Diário da Peste (XXXII) - Ainda um sujeito de sorte

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A manhã do dia 20 de julho iniciou fria. Por volta de oito da manhã, a temperatura era de cinco graus.  Por volta das oito e meia comecei meu expediente em home office. Em uma manhã assim eu me senti agradecido por não precisar sair cedo de casa.  Cumpri minha jornada no turno da manhã até um pouco depois do meio-dia.  Troquei a roupa do home office, e fui fazer minha caminhada. A temperatura tinha subido para agradáveis treze graus. O sol aquecia a cidade.  Após percorrer a distância que o aplicativo propõe para uma vida saudável, me dirigi à farmácia em um shopping na zona norte, onde deviam estar aplicando a segunda dose da vacina.  Feita a medição de temperatura de praxe, entrei na farmácia e perguntei a respeito da vacina. "Não é aqui. É ali no estacionamento." Vamos lá. Fui pra lá. Tinha planos de tomar a vacina, sacar dinheiro, almoçar e passar no supermercado. A caixa do gato precisava de areia. O fato de o posto de vacinação da farmácia não ser na farmácia, já mudou