Cara Maria – X


Cara Maria,


Quando a gente está sem assunto, a gente fala do quê? Do tempo. É o papo naquele primeiro encontro com o colega no elevador. É a sequência ao cumprimento do funcionário do condomínio. Ou do vizinho. 

Aqui em Porto Alegre é batata (sem bem que, é batata por quê mesmo?)! No inverno a gente reclama do frio quando entram as frentes frias. No verão a gente reclama do calor quando uma massa de ar quente nos acossa. No intermeio a gente fala do sol. Ou da chuva. Ou ainda das nuvens. 

Nesta semana podemos falar das chuvas. Chuva é coisa afim com a primavera em Porto Alegre, basta pensar em Acampamento Farroupilha ou Feira do Livro. Segundo andei lendo por aí, nesse final de semana passado choveu mais do que costuma chover em todos os meses de novembro, segundo a média histórica.

Nesta semana que passou também houve uma tempestade em São Paulo. Uma tempestade tal que deixou a dita cidade que não para sem energia elétrica por dois, três dias, dependendo da região. Paulistas e paulistanos chegaram a questionar a privatização da companhia distribuidora de energia. Veja só. 

E há previsão para esta semana da República que uma onda de calor deve gerar temperaturas recordes no país, da Amazônia a São Paulo. 

Se o clima nos parece louco, é porque talvez ele esteja mesmo louco. Podemos chamar de crise climática. Podemos chamar catástrofe climática. Me parece que só não dá para negar que algo está acontecendo com o clima. 

Por fim, uma notícia menos triste da guerra da bacia leste do Mediterrâneo: chegaram hoje (escrevo na segunda-feira, 13, à noite) os mais recentes brasileiros resgatados da região. Brasileiros de origem palestina, vindos da Faixa de Gaza. Belo trabalho do governo brasileiro. Trouxe brasileiros de Israel, da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Torço para que todas essas pessoas, sejam de origem hebraica ou palestina, tenham vidas longas e possam morrer em paz por aqui, cercados de filhos, netos e até bisnetos. 

Como diz Caetano e não me canso de repetir, “gente é pra brilhar e não morrer de fome”. E eu  complementaria: nem morrer baleado, esfaqueado, queimado, bombardeado… Enfim. Acho que entendes. 

Paro por aqui. Até a próxima mensagem. 


13, 14/11/2023. 

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