Novas Voltas em Torno do Umbigo

É nesta quinta-feira, dia 31, o lançamento da coletânea de crônicas curtas em homenagem ao jornalista e escritor Millôr Fernandes, no Bar Apolinário, ali na José do Patrocínio, 527, a partir das 19h30min.  Apareça lá. Todos são bem-vindos. Deverei estar autografando.

Quinta-feira passada, dia 24, estive no Bar Apolinário para o lançamento e sessão de autógrafos da edição, ou safra, 2019, da Oficina Santa Sede - Crônicas de Botequim. Se trata da décima edição da Santa Sede, desde 2010, escrevendo crônicas e lançando livros em bares.  O bar estava bem cheio no horário que cheguei. Por sinal, cheguei no momento em que saía o amigo Tom Saldanha. Todas as mesas ocupadas, bem como o balcão.  A fila na mesa de autógrafos andava lentamente, então.  No semibreu que costuma ser o Bar Apolinário, peguei um chope e fiquei aguardando a fila diminuir, o que acabou ocorrendo mais um chope e uma ou duas cervejas depois.  A sempre prestimosa Vanessa Penz estava encarregada da, digamos, banquinha que vendia os livros. R$ 35,00 cada volume. Os escritores desta safra são Ananyr Porto Fajardo, Antonio Carraro, César Diogo, Dio Santanna, Jussara Wittmann, Marcia H. de M. Ribeiro, Roselena Colombo, Silvio Sodré, e Tamara Cé. Sempre com a apresentação e organiz

Amanhã, 24 de outubro, a partir das19h30min, lançamento da Safra Sede 2019 das Crônicas de Botequim.  Quinta-feira que vem, 31 de outubro, a partir das 19h30min, lançamento da publicação do masterclass, "Por Cima é Millôr". Eu participo neste e deverei estar autografando.  Ambos no Bar Apolinário, ali na Cidade Baixa: José do Patrocínio, 527.

“Tia Júlia, então, pôs-se a brincar com tio Lucho sobre seus cinquenta anos, idade a partir da qual os homens viravam velhos safados”. Citação do livro “Tia Júlia e o Escrevinhador”, de Mario Vargas Llosa, que estou lendo, em velha edição do Círculo do Livro. O livro foi publicado originalmente em 1977. Mario Vargas Llosa tinha cerca de 41 anos então.

Acho que deveria ser proibido que pessoas talentosas ao atuar, como Fernanda Torres (melhor atriz no Festival de Cannes em 1986, entre outras premiações), também exibissem muito talento ao escrever. Pois é... Eu já acompanhava os textos de Fernanda Torres em jornais e revistas. E lembro que na época em que foi lançado o livro "Fim", de sua autoria, um capítulo havia sido publicado como um aperitivo na revista Piauí . Era 2013 e a lembrança permaneceu. Agora, recentemente, acabei tendo a oportunidade de ler o livro completo. "Fim" conta a história de cinco amigos. Seus finais como indica o livro, mas também seus tempos de juventude e glória, suas idiossincrasias, como homens de classe média que viveram na segunda metade do século XX, na cidade do Rio de Janeiro.  Eles são Álvaro, o recluso; Sílvio, o loucão; Ribeiro, o esportista; Neto, o reservado; e Ciro, o galã. Todos esses títulos são atribuições minhas, a partir dos perfis que li no livro. Mas nessas v

Ontem foi teu aniversário Me dei conta da proximidade sexta passada Era dia dezoito Dia vinte seria teu aniversário Um domingo Mas não estás aqui Te foste Me fazendo me sentir só Sozinho Alone Domingo usei um relógio vermelho O relógio que eu usava quando partiste E que por muitos dias não pude usar Te foste e fiquei aqui Feliz aniversário, mana! 21/10/2019, referente a 20 de outubro de 2019. 

Recentemente terminei ler "Elogio da Madrasta", de Mario Vargas Llosa, que é uma novela erótica, narrando a relação de Lucrécia, com seu marido Rigoberto, e seu enteado Alfonso.  É difícil falar desse livro, uma história curta, sem desnudar toda a trama. Melhor que quem estiver interessado, leia a obra.  Dos quatro livros que li do autor, "A Festa do Bode", "Conversa no Catedral", "Travessuras da menina má" e este, este foi o que achei mais fraco.  LLOSA, Mario Vargas. Elogio da madrasta . Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. 30/09/2019.

Fui assistir "Coringa" ("Joker", Estados Unidos, 2019) neste domingo, 13 de outubro. Acho que mais do que ação ou suspense, trata-se de um drama, onde é contada a forma como Arhtur Fleck, candidato a comediante, vem a se tornar o Coringa, um criminoso psicopata.  É uma história tensa, densa e difícil de resenhar, pois cada aspecto da evolução da personagem pode soar como um "spoiler". Mas me chamou a atenção o aspecto do tormento psicológico, que envolve o espectador. Nunca se pode ter certeza se o que acontece na tela é fato ou delírio.  A trilha sonora também tem forte papel no filme. Eu destacaria a canção "White Room", do Cream.  Assim sendo, eu indicaria que é um filme digno de ser visto, mas talvez pesado. Que nos deixa pensando, um tanto incomodados.  14/10/2019

No post em que comentei o falecimento de Harold Bloom , eu falei que o conhecia apenas pelas resenhas sobre suas obras lançadas no Brasil, e que não havia lido nada dele mesmo.  Engano. Revisando a bibliografia dele que foi publicada aqui no Brasil, lembrei que consultei a obra "Shakespeare: A Invenção do Humano" para um trabalho acadêmico.  Enfim, nada de extraordinário, mas foi bom lembrar que não tive contato com a obra dele apenas por resenhas de terceiros.  16/10/2019.

E com dois posts seguidos com notas sobre falecimentos, este blogue tem seu momento de parecer uma página necrológica de jornal. Acontece.  Também passa.  Esperemos. 15/10/2019.

Faleceu o crítico literário Harold Bloom . Faz bastante tempo que leio a respeito dele na imprensa, e desta maneira ele se tornou conhecido para mim.  Embora eu tivesse vontade, nunca li nada escrito por ele (quantas obras lemos a respeito, e temos vontade de ler, e deixamos para depois? "Vida breve!" ).  Se tornou um caso não tão frequente de crítico que se torna autor conhecido. Curiosamente ele escreveu a esse respeito. O necrológio da Folha de São Paulo a sobre ele é derramado.  Que descanse em paz!  Na Folha de São Paulo:  - Morre aos 89 o crítico literário Harold Bloom - https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/10/morre-aos-89-o-critico-literario-harold-bloom.shtml - Harold Bloom unia senso de humor, memória e doses de afronta - https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/10/harold-bloom-unia-memoria-humor-e-doses-de-afronta.shtml   15/10/2019.

R. I. P. 

Fui ver "Bacurau" (Brasil/França, 2019) sábado passado, 28/09/2019.  É um filme difícil de classificar. Mistura drama, suspense e mesmo alguma ficção científica, mas certamente as grandes referências são os spaghetti-westerns, da década de 1960, e os filmes de cangaceiros brasileiros da década anterior.  Mostra bastante violência, além das cenas de nudez e insinuação de atos sexuais, então, "tirem as crianças da sala".  Bacurau pode ser descrito como um vilarejo, ou um distrito do município de Serra Verde, no oeste de Pernambuco. Ali aparentemente os habitantes vivem em paz, em certa utopia comunitária. Há também certa disputa pelo recursos água na região. A introdução do filme informa que os acontecimentos estão em um futuro próximo.  A paz da comunidade é quebrada quando começam a acontecer coisas estranhas como a vila não ser encontrada nas imagens de satélite. Depois o sinal de telefonia celular falha. Depois habitantes do local encontram uma chacina nu