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Mostrando postagens de junho, 2023

Hebdomadário boêmio masterclássico stanislawiano – capítulo XVI

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A nova masterclass da Oficina Literária Santa Sede, a edição de 2023, começou dia 9 de março. Relatei isso antes. A edição deste ano homenageia Stanislaw Ponte Preta, alter ego, por assim dizer, do jornalista Sergio Porto. No dia 21 de junho continuaram as leituras das crônicas que irão compor um livro e um saite (ou blogue). 21 de junho foi o início do inverno. Solstício. Solstício, palavra esta que acabou associada com uma série de outras paroxítonas acentuadas, tais como precipício, propício, prepúcio. Talvez ofício.  Era início de inverno, mas ainda parecia outono. Foi um dia nublado e de chuva fraca. Temperaturas amenas. Durante a noite continuava a chuva fraca e contínua.  Quando cheguei ao Apolinário naquela noite estavam à mesa, além do Rubem, o Magnus, o Gian, o Edgar, e o Altino. A mesa ainda receberia a visita da Dio.  Aquela foi uma noite sem futebol. Estávamos na sequência desse advento que obstrui campeonatos mundo afora, a “Data FIFA”. O prato de bateria continuava sobre

E sobre junho de 2013?

Junho já vai acabando.  O inverno começou em 21 de junho neste 2023. Mas nada que assuste.  Ou talvez algo que assuste. Tipo um ciclone no litoral norte gaúcho, que causou inundações e mortes. No próprio litoral norte e na região metropolitana de Porto Alegre. Um pequeno fim de mundo. Alagamentos, árvores caídas, falta de energia elétrica. Felizmente a maioria de nós sobreviveu e ações tem sido tomadas, tanto por parte do poder público, quanto da parte da solidariedade da cidadania.  Neste final de semana, sábado, 24; domingo, 25, temperaturas atipicamente elevadas. Praticamente um segundo veranico de junho (o primeiro foi bem no início do mês).  Neste junho de 2023, a imprensa muito comentou sobre os dez anos das manifestações de junho de 2013, e o que isso significou para o Brasil.  Não sei o que isso possa ter significado para os cerca de duzentos milhões de brasileiros. Para mim, politicamente, foi o início de um declínio ladeira abaixo.  Eu, de fato, tenho uma certa preguiça e um

Diário – leituras – Tia Zulmira e Eu

Acabo de ler o livro Tia Zulmira e Eu, uma compilação de crônicas de Stanislaw Ponte Preta, alter ego do jornalista Sérgio Porto.  São crônicas divertidas, escritas provavelmente ao longo dos anos 1950 e 1960. Repetindo: divertidas, as crônicas têm as marcas do seu tempo, a marca mais clara é o machismo. De notar que ainda nos anos 1980, provável data desta edição, o machismo ainda não incomodava a ponto de suprimir textos.  A crônica de que mais gostei foi “Conto policial”, sobre um escritor que morre quando sua casa é invadida.  Li o livro porque estou participando mais uma vez da Masterclass da Oficina Santa Sede, e o homenageado é justamente Stanislaw Ponte Preta. 2023 marca o centenário de Sérgio Porto.  PONTE PRETA, Stanislaw. Tia Zulmira e Eu. São Paulo, Círculo do Livro, S.D. Com ilustrações de Alcy Linares. 06/05/2023, 26/06/2023. 

Diário – leituras – Versão dos fartos: Canela

No início deste mês de maio terminei de ler o livro Versão dos fartos: Canela, uma coletânea de autoras e autores escrevendo crônicas em homenagem a Moacyr Scliar. Para tanto imitaram um sistema pelo qual o escritor gaúcho lia manchetes de jornais e escrevia histórias inspiradas nessas manchetes. Este livro foi produzido paralelamente ao livro Versão dos Fartos com autores de Porto Alegre. Ele é decorrente de uma versão da Oficina Literária Santa Sede, na cidade de Canela, na Serra Gaúcha. São oito autoras e autores, com o reforço de mais 4 convidadas e convidados, que produziram um livro com 52 crônicas.  Destes autores, na minha cabeça se destacou José Warken, meu xará. Ele deu a suas crônicas um gostinho mais local. Foi o que me ficou.  E a curadoria de Fernando Gomes, que também escreve no livro, garantiu um bom nível literário.  Inevitável fazer algum paralelo entre este volume e seu equivalente porto-alegrense.  Por exemplo, apesar de menor, este livro tem crônicas mais associada

Diário – teatro – TOC: Uma comédia obsessiva compulsiva

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E a vida é assim, você pensa em algo, aí dá uma olhada para o lado, e quando se dá conta já se passaram quase dois meses.  Ou seja, faz quase dois meses que voltei a assistir a uma peça de teatro. Isso claro, depois do período da peste. Antes da peste a peça mais recente a que eu havia assistido fora “Parabéns, Senhor Presidente”, no Theatro São Pedro, em dezembro de 2019 .  Então, em 7 de maio passado (já faz quase dois meses! Que absurdo!) fui ao Teatro do Bourbon Country, junto com meu filho, para assistir à peça “TOC: Uma comédia obsessiva compulsiva”.  Com texto de Artur José Pinto e direção de Lutti Pereira, a peça reúne Daniel Lion, Juliana Barros, Leticia Kleemann e Vinícius Petry, e tem percorrido o circuito de teatros da Grande Porto Alegre, com curtíssimas temporadas em cada um desses teatros.  A peça reúne uma moça com mania de limpeza, outra adepta de teorias da conspiração, um homem que não consegue mentir nem pisar sobre as divisões do piso. Esses três aguardam o terapeu

Hebdomadário boêmio masterclássico stanislawiano – capítulo XV

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A nova masterclass da Oficina Literária Santa Sede, a edição de 2023, começou dia 9 de março. Relatei isso antes. A edição deste ano homenageia Stanislaw Ponte Preta, alter ego, por assim dizer, do jornalista Sergio Porto. No dia 14 de junho continuaram as leituras das crônicas que irão compor um livro e um saite (ou blogue). Como eu não estava lá, não sei precisar a ordem de chegada. Certo é que, pelas fotos que recebi, lá no Apolinário, àquela noite estavam à mesa, além do Rubem, o Magnus, o Gian, o Altino, a Silvia,  a Carol e o Ronaldo. Também estava lá, prestigiando a masterclass, a Zulmara. Aquela foi uma noite sem futebol. Estamos próximos desse novo advento que obstrui campeonatos mundo afora. Estamos próximos de uma “Data FIFA”. O prato de bateria continuava sobre a mesa. Se quiser, procure por “tu dum tss” nos buscadores da internet (pode ser que a resposta venha como “ba dum tss”).  Mais não posso relatar, pois, como eu disse, eu não estava lá. Acredito que novas leituras fo

Reflexões de um não-dia no outono de 2023

O dia começou na madrugada de sexta-feira, 16 de junho. O ciclone no litoral teve consequências em Porto Alegre, com fortes chuvas e vento. Faltou luz. Desligou o CPAP. A qualidade do meu sono se deteriorou.  Acordei tarde, e a energia elétrica ainda não havia voltado. Fiquei preocupado em economizar energia no celular e no tablet. Nem tentei usar o laptop.  Por conta do caos na cidade, decorrente da tempestade (e percebo que cidade rima com tempestade), o compromisso que eu tinha com a advogada trabalhista teve que ser cancelado.  Almoçaria em casa. Como aboli o uso do fogão a gás, e todos meus apetrechos de cozinha são elétricos, meu desjejum foi uma maçã, leite frio e pão.  Por volta do meio-dia continuava chovendo.  Tentei ler, mas os livros me entediaram.  Costumo caminhar. Exercício de saúde. Mas com a chuva, não me arrisquei.  No início da tarde continuava chovendo.  Houve momentos em que a luz ia e vinha, intermitentemente.  No início da tarde a luz retornou, relativamente está

Feliz aniversário, Avelina!

Era uma noite fria e chuvosa do outono porto-alegrense.  Talvez nem tão fria, e de chuva nem tão intensa 14 de junho, Avelina Gastal celebra seu aniversário. Reunidos familiares e amigos.  Noite nem tão fria Mas, ali, naquele salão de eventos, De corações aquecidos. Noite de tocha para aquecer o ambiente, Noite de música ao vivo, Noite de relembrar e celebrar. Noite de ouvir depoimentos (gravados) e discursar. Noite de momento de perplexidade: Eu não saberia porque estava ali Ou saberia. Fui convidado.  Mas ficaria perplexo sobre como cheguei até ali. Fôssemos todos crentes, seria fácil,  Fôssemos todos crentes, diríamos: “Deus nos reuniu!” Não éramos. Por caminhos complexos ali estávamos. Eu perplexo, Mas contente. Comovido. Um pouco.  Feliz aniversário, Avelina!  19, 20/06/2023.

Coluna social para Avelina

Avelina Gastal recebeu familiares e amigos na última quarta-feira, dia 14, para celebrar seu mais recente aniversário. A festa teve lugar no salão de eventos Love It, na Mariland próximo da esquina com a 24 de Outubro.  O cardápio constou de risoto, e massa penne gratinada. Houve ainda grande variedade de doces e salgados. Refrigerantes à vontade. Alcoófilos poderiam contar com variada carta de cervejas, vinhos e espumantes.  Inha, como lhe chamam os íntimos, esteve elegantérrima, e distribuiu simpatia aos convidados, dando atenção a cada pessoa, em cada mesa. Desde as amigas do tempo da faculdade, passando pelas colegas dos tempos da Assembleia Legislativa, onde atuou em diversas diretorias, chegando aos membros da guilda de escritores da cena cultural porto-alegrense.  O evento teve música ao vivo, e foi registrado por fotógrafa profissional. Provavelmente as fotos do evento serão distribuídas pelas redes sociais.  Houve um ponto alto em que foram mostrados diversos depoimentos de pe

Cinco talvez seja suficiente

Sexta-feira passada, 9 de junho, após o feriado de Corpus Christi, me dirigi ao Postão do IAPI para receber a quinta dose da vacina contra a covid-19, a terceira dose de reforço, a dose bivalente, ou seja, com duas cepas do vírus sars-cov-2.  No dia seguinte, como rescaldo, tive novamente aquela sensação de ter um prego cravado onde a vacina foi aplicada. Que foi diminuindo nos dias seguintes, até praticamente não existir no momento em que escrevo.  Sexta-feira teve uma tarde bastante quente, quase trinta graus (na escala Celsius). Último dia do que poderia ser chamado um veranico de junho. Houve chuva no final de semana, e no momento em que escrevo, segunda-feira à noite, a temperatura é de oito graus.  A minha estratégia era que, indo ao posto de vacinação em um dia que ficou entre o feriado da quinta-feira e o final de semana, eu encontraria esse posto de vacinação vazio. Mas não estava tão vazio assim. Mas não houve tanta demora assim. Fiquei por lá por pouco mais de meia hora. Men

Hebdomadário boêmio masterclássico stanislawiano – capítulo XIV

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A nova masterclass da Oficina Literária Santa Sede, a edição de 2023, começou dia 9 de março. Relatei isso antes. A edição deste ano homenageia Stanislaw Ponte Preta, alter ego, por assim dizer, do jornalista Sergio Porto. No dia 7 de junho continuaram as leituras das crônicas que irão compor um livro e um saite (ou blogue). Quando cheguei ao Apolinário naquela noite estavam à mesa, além do Rubem, o André, o Gian, o Kauer, o Felipe, o Edgar, e a Vivi. Em seguida chegaria o Tiago. Depois a Silvia. Depois o Magnus. Carol. Depois ainda o Altino. Por fim o Ronaldo. Uma rara noite de todos a postos. Provável consequência de ser a noite destinada a que os cronistas fossem fotografados para o livro.  O futebol voltaria às telas do Apolinário naquela noite. O S.C. Internacional jogaria com o Nacional do Uruguai, pela fase de chaves da Copa Libertadores da América (o jogo terminou empatado em 1 a 1). Continuamos com um prato de bateria sobre a mesa. Sim, se quiser, procure por “tu dum tss” nos

Hebdomadário boêmio masterclássico stanislawiano – capítulo XIII

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A nova masterclass da Oficina Literária Santa Sede, a edição de 2023, começou dia 9 de março.  Relatei isso antes. A edição deste ano homenageia Stanislaw Ponte Preta, alter ego, por assim dizer, do jornalista Sergio Porto. No dia 31 de maio continuaram as leituras das crônicas que irão compor um livro e um saite (ou blogue). Quando cheguei ao Apolinário naquela noite estavam à mesa, além do Rubem, o Altino, o Gian, o Edgar, e a Vivi. Depois, bem depois, chegaria a Silvia. O futebol voltaria às telas do Apolinário naquela noite, em novos jogos pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O Grêmio venceria o Cruzeiro em Belo Horizonte, por 0 x 1, e se classificaria. O Inter venceu o América Mineiro, em Porto Alegre, por 3 x 1, levando a decisão para os pênaltis, onde acabou derrotado e desclassificado. Mas esse jogo, do Inter, terminaria bem após a nossa oficina literária. Continuamos com um prato de bateria sobre a mesa. Procure por “tu dum tss” nos buscadores da internet (pode ser que a