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Mostrando postagens de dezembro, 2022

2022 ainda não tinha terminado

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Dia 27 de dezembro passado publiquei a crônica fazendo o balanço de 2022 .  Eu pensava que o ano se encaminhava para o final e não haveria nada de muito relevante até 2023.  Me enganei. O dia 29 me traria duas novidades relevantes.  Por volta do meio-dia encontrei o blogueiro Emilio Pacheco . Eu o havia citado naquela crônica de balanço de 2022. Por conta disso, entrei em contato para ver como adquiri o livro dele que havia sido lançado em novembro passado, Kleiton & Kledir, a biografia. Ele se prontificou a se encontrar comigo para me entregar o livro. Almoçamos em um restaurante dentro de um shopping no centro da cidade. Conversamos sobre livros e a vida. Foi divertido.  . Nas fotos, o Emilio, eu e o livro . No início da tarde saiu a notícia do falecimento de Pelé. De alguma maneira já vínhamos sendo preparados para a saída do palco do Rei, a partir das notícias do agravamento da doença que o acometia. Mesmo assim foi um choque.  Pelé era do tamanho do mundo! Há muito a falar sob

O Balanço de 2022

Última semana do ano é sempre tempo de fazer balanços. Avaliações. Talvez reflexões.  Neste blogue não vai ser diferente. Vou relembrar este ano de 2022 que vai terminando. E tentar refletir sobre alguma coisa.  O que mais me marca neste final de 2022 foi a minha incapacidade manter um texto ficcional às quintas-feiras. Longo, curto, personagem recorrente ou não. Faltou inspiração e transpiração para tanto. Não sei se mais alguém notou. Ninguém me reclamou, que eu lembre.  Às terças-feiras, as crônicas continuaram comparecendo. Umas poucas vezes, mais de uma crônica em um dia. Quando aconteceu isso, de mais de uma crônica ser publicada no mesmo dia, certamente era muito assunto mobilizando o blogueiro.  Diria que este foi um ano moacyr-scliriano.  Tive o privilégio de ter participado de uma coletânea de crônicas que homenageava o Moacyr Scliar cronista. Esta coletânea gerou um livro chamado Versão dos Fartos, organizada pelo Rubem Penz, lançado em novembro.  Dentro do funcionamento da

Dezembro é foda! As crianças têm a responsabilidade de sustentar a magia do Natal!

“Então, é Natal / E o que você fez?” E estamos novamente naquela época do ano, em que ouvimos a versão da Simone para a canção de John Lennon. Nas lojas de departamentos, nos shoppings, nos supermercados.  Pode ser que o som ambiente esteja tocando também Jingle Bell Rock, que eu sempre achei que era de Frank Sinatra, mas, na verdade, pesquisei, é de Bobby Helms.  Neste ano da graça de 2022 me senti especialmente tocado por duas crônicas, digamos, de Natal.  A primeira foi de Manuela Cantuária, publicada na internet tão cedo como 28 de novembro . Essa crônica tem um título autoexplicativo, “As crianças têm uma única responsabilidade: sustentar a magia do Natal”, onde ela comenta que não há mais crianças nas celebrações da família dela. As crianças que havia, se tornaram adultos, mas não, ainda (ela inclusive se pergunta por esse “ainda”), pais e mães. A crônica termina com um tom otimista, uma atitude natural para uma pessoa nos seus trinta e poucos anos.  A outra foi uma crônica da Ta

Para não dizer que não falei da Copa de 2022 (II) - Argentina tricampeã

E a Argentina se tornou tricampeã mundial de futebol, em partida contra a França, na final da Copa do Mundo de Futebol do Qatar, em Doha.  Foi um jogo eletrizante, em que, na minha opinião, a Argentina foi superior a maior parte do tempo. E só pelas contingências do esporte bretão, a França foi capaz de correr atrás e buscar dois empates para levar a decisão para os pênaltis.  Brilharam Messi e DiMaria para a Argentina, brilhou Mbappé para a França.  Como escreveu alguém em um grande veículo de comunicação, sorte da Copa que Messi a ganhou. Diria que o argentino mereceu. Merece.  Como eu disse, assisti ao jogo com amigos enquanto almoçava em um restaurante na Cidade Baixa. O almoço teve que se alongar. Aquela partida parece que não terminaria. Noventa minutos de jogo normal, trinta minutos de prorrogação, outros tantos minutos para que oito pênaltis fossem cobrados.  Infelizmente terminou. Depois dos 3 a 3 até a prorrogação, 4 a 2 para a Argentina nos pênaltis.  Salve a Argentina! Uma

Despedidas e mais despedidas

Na segunda-feira, 12 de dezembro de 2022, houve a festa de despedida do José Coelho. Em breve ele se desligaria da firma, onde trabalhou por cerca de 33 anos. Aposentadoria. Umas duas semanas antes, dia 30 de novembro, o Guerreiro também se despediu. Enviou um emeio. No caso do Guerreiro, ele estava trocando de emprego.  E assim seguiu.  Na quinta-feira, 15 de dezembro, recebemos o emeio de despedida de José Coelho. Com os habituais agradecimentos e lembranças de bons momentos; em geral de bons momentos.  A mensagem de José Coelho terminou citando a canção Despedida, de Roberto e Erasmo Carlos. Ao que uma colega resmungou que a citação indicava a idade de quem estava se aposentando. A colega também jogou o surgimento da canção para os anos 1940. De fato é da primeira metade dos anos 1970. Nascido em 1941, Roberto Carlos teria que ser um prodígio para compor a canção quando tinha uns oito anos. Enfim, as pessoas se confundem.  E assim é a vida. “Todos os dias é um vai e vem; a vida se r

Puxador de tampa de cafeteira

Quando cheguei ao escritório para minha escala presencial no sistema híbrido de trabalho (parte trabalhando de casa, parte trabalhando no escritório), o puxador da tampa da cafeteira italiana estava sobre a minha mesa. A própria cafeteira italiana está sobre uma mesinha auxiliar, ao lado da minha. A máquina de fazer café não é usada há muito tempo, me parece. Antes da pandemia a usávamos bastante. Uma cafeteira elétrica italiana, com um filtro de aço inoxidável.  Normalmente comprávamos o café no Café do Mercado, aqui no Mercado Público de Porto Alegre. Era preciso pedir moagem francesa, um pouco mais grossa, para evitar que o pó do café passasse para a bebida. É isso aí: cafeteira italiana, moagem francesa. Parece incoerente, mas é assim que é. Ou que era.  Normalmente comprávamos o café extra-forte. Mas eventualmente comprávamos as variedades "gourmets". Um pouco mais caras, mas com outros e mais suaves aromas. Mogiana, Montanhas de Minas, Montanhas do Espírito Santo. Coisa

Fenecendo

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Caríssima, Me parece que a orquídea que me deste em 31 de outubro de 2019 está morrendo.  Não sei o motivo. Será que as orquídeas têm um tempo de vida pré-determinado? Eu continuo regando como sempre fiz. E ela recebe luz indireta na área de serviço. Será que é por conta do calor absurdo dos últimos dias? Lembras quando me deste? Uma noite de lançamento do livro de uma das tantas coletâneas que participei.  Tempos já de dias americanizados. E naquele dia muita gente comemorava Halloween.  Tempos que tu estavas magoada comigo. Com toda razão. Decepção de uma vida.  Noite em que fiquei aguardando nosso filho, mas ele não apareceu. Ele estava em preparativos para o intercâmbio dele. Era a expectativa de uma vida. Era esperança de mudar de vida. A esperança dele também virou decepção. Mas só meses depois.  Noite em que bebi demais. Era uma época de redescobertas e as bebedeiras eram frequentes. Mas naquela noite quase desmaiei. Quase. Enfim, estou triste. Não queria que a orquídea morresse

Diário – leituras – Mulheres ic(R)ônicas

Eis que quatorze mulheres cronistas se reuniram para homenagear mulheres que elas achavam icônicas, como diz o título que mistura icônicas com crônicas.  Cada crônica é iniciada com uma epígrafe, uma citação da mulher homenageada no texto. Tive dificuldade de fazer identificações a partir dessas citações. Foi por isso que comecei por uma das últimas crônicas do livro. Lá estava Empire State of Mind, e a homenagem de Noara Lisboa para Alicia Keys.  Há cantoras, escultoras, escritoras, políticas, várias mulheres que serviram de inspiração para as cronistas. Inclusive, mais de uma vez, mães e avós.  Algumas crônicas são quase verbetes de enciclopédia. Outras vão pelo caminho da quase ficção.  Entre tantas boas crônicas ficou na minha memória Essa coroa é papo firme, de Greta Guimarães. Este texto traz certa tensão de um conto, de uma situação que poderia acabar mal, mas se desfaz em riso abafado.  Há outras? Sim, há outras. Dezenas. O quase conto de Greta Guimarães é só um exemplo. PENZ,

Para não dizer que não falei da Copa de 2022

Quer dizer, até falei da Copa , casualmente, faz alguns dias.  A verdade é que, no meu caso, quanto mais velho eu fico, menos emocional tem sido a minha reação às desclassificações da seleção brasileira nas Copas do Mundo de Futebol.  Na Copa de 2018, comentei algo sobre a derrota para a Bélgica .  Esse ano dá para dizer algo sobre a derrota para a Croácia. Croácia que, vamos relembrar, é a atual vice-campeã.  Pela minha avaliação do jogo, no primeiro tempo a Croácia aplicou meio que um ferrolho, e o Brasil não conseguiu jogar como vinha jogando anteriormente. Isto é, do jeito que venceu Sérvia e Suíça. No segundo tempo o Brasil melhorou e criou várias chances de gol. Na maioria delas parou no goleiro croata, Livakovic (até imagino que em seu projeto 22 Goleiros , o Ed Aristimunho vá falar nele, quando falar desta Copa de 2022). No final do primeiro tempo da prorrogação, o Brasil conseguiu furar a muralha croata.  No final da segunda etapa da prorrogação, tomou um gol em contra-ataque

Crônicas de Mosaico – XII

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Coisas da boemia: antes de chegar no Apolinário tive oportunidade de “fazer um aquecimento” em outro estabelecimento. No caso o Boteco Andradas, no centro da cidade. O que fez com que eu chegasse quimicamente alterado, de uma maneira leve, à oficina. Por conta disso, meu primeiro pedido foi uma água com gás. Quando cheguei ao Apolinário, lá estavam posicionados para a oficina, o Rubem e o Marcel. Se bem que ambos deveriam estar ali desde as 18 h (nosso horário é às 20 h).  O Gian não pôde ir. Continuava se recuperando de um resfriado forte que o vem afligindo já faz algum tempo.  Luca estava cansada e não compareceu.  Carol era esperada para mais tarde, como é costume. Como não houve encontro na semana anterior por falta de quórum , eu levei dois textos. Um baseado na foto feita por Arian, de um mímico. O outro baseado na foto de Wander Rocha, sobre uma mulher negra fundida com raízes. Dupla exposição ou fusão de imagens. Meu texto sobre o mímico relembrou dois mímicos, o francês Marce

Diário – leituras – Coletâneas de crônicas de Moacyr Scliar

Adquiri estes livros como preparação para o projeto de coletânea de crônicas homenageando o escritor Moacyr Scliar promovido pela Oficina Literária Santa Sede. O projeto, que já gerou o livro que foi chamado de Versão dos fartos, se completou no início de novembro de 2022. Houve o lançamento do livro, com sessão de autógrafos.  Resolvi fazer este registro porque os livros já cumpriram sua função. Inclusive um deles deve ser mandado adiante, para que outras pessoas o leiam. Pelo menos, eu gostaria que ele continuasse sendo lido.  Falecido em 2011, em decorrência de um AVC, Moacyr Scliar era um escritor prolífico. Médico sanitarista, nascido e radicado em Porto Alegre, começou a escrever cedo. Contos, novelas, ensaios. E crônicas.  Essas coletâneas juntam produção espalhada ao longo de anos. O método de Scliar para essas crônicas era pegar uma manchete de jornal publicada qualquer, e criar uma história fictícia a partir dela.  Como são crônicas, são, em geral, curtas e leves. Mas nem sem

Crônicas de Mosaico – XI

Esta é uma espécie de anticrônica.  Na semana passada, no domingo, dia 27 de novembro, comecei a ter sensações estranhas no corpo. Sensações que precedem resfriados.  Dito e feito. Na terça-feira eu estava com dores musculares pelo corpo todo. Eis o resfriado instalado.  Avisei o grupo da oficina que não compareceria ao encontro da noite de quarta-feira, 30 de novembro. Não tanto pela minha indisposição, mas mais para evitar passar o vírus adiante, fosse que vírus fosse (não fui submetido a testes, mas Porto Alegre também passa por novo incremento de contágios por covid-19). Logo o Gian avisou que também estava resfriado, e também não compareceria. Luca avisou que estava exaurida. Também não compareceria.  Pelo que pude entender, Rubem e Marcel também não estariam no Apolinário.  Carol ficaria restrita à sua aula de técnica vocal.  Não haveria encontro na quarta-feira, dia 30 novembro.  Mas (o jornalista Hiltor Morbach costuma dizer que sempre há um mas em tudo) parece que o Afonso e o