Diário – filmes antigos – Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari)
Talvez, aos poucos, eu esteja vencendo minhas próprias resistências e voltando a assistir filmes.
Sexta-feira, 8 de setembro, acompanhei meu filho para assistir Contos da Lua Vaga, filme japonês de 1953, na Sala Redenção, no Campus Central da UFRGS. A exibição se deu dentro de um Ciclo de Cinema Japonês que começou dia 4 passado indo até o dia 22 de setembro. Algumas das exibições foram comentadas por críticos de cinema.
Contos da Lua Vaga inicia mostrando duas famílias. Dois irmãos e suas respectivas esposas. Genjuro (Masayuki Mori), casado com Miyagi (Kinuyo Tanaka), quer enriquecer vendendo as peças de cerâmica artesanal que ele produz junto com a esposa. Tôbei (Eitarô Ozawa), casado com Ohama (Mitsuko Mito), sonha em se tornar um guerreiro samurai famoso. O Japão passa por uma guerra civil, que assola a região em que eles vivem.
Eles conseguem escapar do saque à aldeia em que habitam e vão a uma cidade mais ou menos afastada. Lá Tôbei irá delirar com seu desejo de se tornar samurai e Genjuro ficará encantado por Lady Wakasa, uma descendente de um antigo senhor da guerra da região.
Confesso que achei o início do filme monótono. Além disso me parecia um teatro filmado. Filmado e mal ensaiado.
Contudo no decorrer do tempo, o filme pega ritmo, e no que me parece seu terço final se torna um drama muito humano, até comovente. Ou seja, comecei o filme entediado, e acabei comovido. Ou seja, acabei por achar o filme bom.
Meu filho comentou que pode se tratar de um filme pacifista. Lançado apenas oito anos após a derrota do Império Japonês, na Segunda Guerra, o filme fala de guerra e de pessoas que pensam que podem lucrar com ela, como as próprias elites japonesas na primeira metade do século XX. Quem sabe?
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11/09/2023, 21/10/2023.
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