Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2022

Sessão de autógrafos: Mulheres icônicas

Imagem
A Santa Sede não para.  Quinta-feira passada, 25 de agosto, foi dia de lançamento do livro Mulheres icônicas, uma coletânea de crônicas escritas por mulheres homenageando outras mulheres, as mulheres icônicas do título. Organização do Rubem Penz e da Eugênia Câmara. Aconteceu novamente no Apolinário. Eu cheguei após as oito e meia da noite, depois de jantar. O evento estava programado para começar às sete e meia da noite. Contudo, segundo alguém me disse, às sete já havia livros sendo autografados.  Entrei no Apolinário, e fui direto à “banca” para adquirir o livro. O Rubem e a Vanessa vendiam os volumes. A Vanessa vestia um casaco brilhante, confirmando a máxima de Caetano, que “gente é pra brilhar”. Ali o susto foi não haver maquininha de cartão. Pagamento só em dinheiro ou pix. No meu caso foi dinheiro. Felizmente havia troco. Curioso porque em outros lançamentos a maquininha de cartão estava presente. Desta vez deve ter quebrado, ou sido esquecida.  Das quatorze autoras (Martha Zen

Zelão (1946-2022)

O Ed Aristimunho já disse que sou o cronista que lê obituários. Sou mesmo. Não sei se isso é normal (qual a percentagem de pessoas que costuma ler obituários em jornal, entre a população em geral?), mas sigo fazendo. Às vezes sou pego por alguma surpresa. Neste domingo, 28 de agosto, foi publicado o obituário de José Luiz Nammur, o Zelão .  Chegou a estudar direito, se apaixonou pela música, se tornou violonista. Mas como todo mundo tem que se virar, virou marqueteiro.  Em uma trajetória que me lembrou até a do Rubem Penz, meu xará fez parceria na composição de canções. E também criou jingles publicitários.  O que me surpreendeu? É dele o jingle que embalou parte da minha infância, com as propagandas do Caldo Maggi, “o caldo nobre da galinha azul”.  Mesmo que minha mãe só usasse o concorrente Knorr.  Coisas da infância, que ficam na memória. Pessoas que se vão.  Zelão morreu dia 19 de agosto, aos 75 anos, de insuficiência cardíaca e respiratória.  Gostava de amigos, violão e cerveja. C

Sarau da Masterclass Santa Sede 2022 - homenagem a Moacyr Scliar

Imagem
Foi divertido o sarau da Masterclass Santa Sede 2022, em homenagem a Moacyr Scliar. Foram lidas crônicas curtas que aparecerão no livro, a ser publicado no último trimestre do ano. Foi divertido como costumam ser divertidos os saraus da Santa Sede.  Aconteceu na quarta-feira, 17 de agosto de 2022.  Estivemos lá, lendo nossos textos, eu, o Altino, a Eugênia, a Carol, a Greta, a Soraia, a Fernanda e a Ananyr. O Altino foi a figura mais saliente, porque leu a crônica dele, e também a do Afonso e do Felipe. Luca fez participação especial, mas não lembro se leu texto da Noara ou da Katia. Teve isso. Infelizmente não puderam participar por motivos variados, os já citados Afonso, Felipe, Noara, Katia e o Marcel (espero que eu não esteja esquecendo de ninguém, mas se me esqueci me perdoem e citem no comentário aqui abaixo. Sempre dá para fazer um pós-escrito). O mestre de cerimônias, obviamente, foi o Rubem, com produção da Vanessa.  Foi no novo Apolinário, que apesar da promessa de abertura p

Uma pequena nota sobre o sarau da Safra 2022 da Santa Sede

Imagem
O sarau da Safra 2022 da Santa Sede foi na segunda-feira, 15 de agosto. Com apresentação do Rubem, esse foi um sarau virtual.  Infelizmente eu sofri de problemas técnicos. Por diversas vezes a transmissão travou. Quando a transmissão trava podemos tentar escolher o culpado: o hardware do aparelho receptor; a operadora de internet; a rede social onde ocorria a transmissão. Fato é que meu acompanhamento ficou prejudicado. Uma pena.  Entre uma travada e outra pude ver cronistas poetas, cronistas memorialistas.  Veremos. O livro também deve ser lançado no último trimestre do ano.  . . 21/08/2022. 

Os óbitos da semana (14 a 21 de agosto de 2022) – Armindo Ranzolin e Claudia Jimenez

Espero que não esteja ficando mais frequente, mas me dá a impressão que estou dedicando mais tempo a escrever sobre pessoas recém falecidas.  As pessoas muito presentes na comunicação social se tornam importantes para nós. São pessoas a quem nunca fomos formalmente apresentados, mas que passam a fazer parte de nossas vidas e nossas lembranças.  Na quarta-feira, 17 de agosto, faleceu o jornalista Armindo Antônio Ranzolin. Como dito, jornalista e locutor, deve ter passado por todos os principais veículos de comunicação do Rio Grande do Sul.  Lembro de um episódio lendário sobre as eleições de 1982. Então na Companhia Jornalística Caldas Júnior (naquela época, principalmente jornal Correio do Povo e Rádio Guaíba) a equipe liderada por Ranzolin teria dado um banho na concorrência, tanto na apuração quanto na audiência. Como a memória é falha, e o assunto dado a controvérsias, acho melhor consultar os profissionais que atuavam à época, para ver se confirmam ou não. Ranzolin também era narra

Hebdomadário boêmio masterclássico moacyriano – capítulo VI

Quarta-feira passada, 10 de agosto de 2022, foi o último encontro para apresentar textos na Santa Sede Masterclass 2022 – homenagem a Moacyr Scliar.  Quando cheguei ao Apolinário, apenas o Rubem estava ali, se alimentando com um escondidinho, após a turma das 18 h.  Sentei. Pedi chope. Falamos amenidades.  Pouco depois chegou o Altino.  Aí já não lembro mais se o Rubem apresentou sua biografia antes ou depois da chegada da Carol. Porque, sim, esta noite a Carol veio.  E também veio com a biografia que deve ser publicada na coletânea.  Seguimos bebendo e conversando.  A horas tantas, apareceu a Nathalia Protazio, para me entregar o livro que eu havia comprado dela. Mais um livro da Editora Venas Abiertas, naquele formatinho 10 x 15 cm. Como o da Dalva Soares . Seguimos. Pouco após as 22 h, o Rubem se despediu e partiu.  Ficamos os três, Altino, Carol e eu.  Quando o bar fechou, nós também, partimos às nossas casas.  Houve ainda um pequeno percalço. Quase que a Carol acaba indo para a mi

Olivia Newton-John (1948-2022)

Às vezes temos algumas semanas mais tristes que outras. Perdemos Jô Soares na sexta-feira.  E na segunda-feira seguinte perdemos Olivia Newton-John. Um câncer, contra o qual ela vinha lutando desde os anos 1990, a levou. Pelo que andei lendo, Olivia tinha uma carreira ascendente como cantora quando estrelou o filme Grease (que por aqui recebeu o complemento, “Nos tempos da brilhantina”).  Quando foi aquilo? 1978? 1979? Por aí. Foi a época de estouro da discoteca, e do filme Os Embalos de Sábado à noite (“Saturday Night Fever”). Época da primeira encarnação de John Travolta, e da segunda dos Bee Gees. Um filme que todo mundo que tinha idade viu. Muita gente comprou o disco da trilha sonora. E todo mundo queria dançar como Tony Manero, o personagem de Travolta.  Bom, mas eu não tinha idade para ver aquele filme na época (acabei vendo em alguma reprise televisiva muito tempo depois, e, nesse momento, não houve encanto). Eu ficava na expectativa de algum outro filme com John Travolta. O fi

Diário – leituras – A Guerra do Fim do Mundo

A Guerra do Fim do Mundo é uma recriação literária da instalação da cidadela de Canudos, no interior da Bahia, e das expedições militares enviadas para destruí-la. Baseado no livro reportagem Os Sertões, de Euclides da Cunha, e, pelo jeito, em ampla pesquisa, Vargas Llosa recria o ambiente dos inícios da república brasileira. Enfoca os embates da política regional baiana e da política nacional. E com seus personagens, históricos e ficcionais, nos dá uma boa ideia daqueles tempos.  Além da política há relatos da religiosidade popular, do desamparo dos sertanejos, do cangaço, da brutalidade das forças policiais e militares. Em especial da soberba (segundo o livro) que acompanhou a expedição do Coronel Moreira César.  Se a história de Canudos é conhecida, o leitor vai poder acompanhar diversos personagens na trama que Vargas Llosa tece. Em especial o anarquista irlandês Galileu Gall. Também um jornalista míope e que sofre de constante rinite. Epaminondas Gonçalves, proprietário de jornal

Hebdomadário boêmio masterclássico moacyriano – capítulo V

Quarta-feira passada, 3 de agosto de 2022, foi o penúltimo encontro para apresentar textos na Santa Sede Masterclass 2022 – homenagem a Moacyr Scliar. Presentes alunos e ex-alunos de masterclass. Em especial, foi bom o retorno da Noara, depois de diversos encontros participando da turma do happy hour, que é virtual (ou por teleconferência). Aliás, belo e singular nome esse, Noara. Presentes ainda o Altino, o Afonso e o Felipe. Entre os ex-participantes, o destaque é para o Tom.  Felipe foi o único que apresentou textos. Uma crônica sobre como uma mulher que escreveu sobre como matar seu marido, foi condenada por… matar seu marido. E uma crônica saborosíssima sobre um diálogo imaginário entre Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade. Eu fiquei imaginando uma animação, feita a partir dessa crônica. Com os comentários e observações dos participantes à mesa, a parte formal do encontro terminou rapidamente.  Ficou a conversa. O Rubem falando como deverá ser o sarau da masterclass, no pró

Jô Soares, 1938-2022

Na sexta-feira, 5 de agosto de 2022, ao acessar o noticiário na internet, dei de cara com o anúncio do falecimento do humorista Jô Soares. E isso me deixou de bode, isto é, de luto, todo aquele dia.  O Jô que fez parte da minha infância – desde Faça humor, não faça guerra, passando por O Planeta dos Homens, e chegando ao Viva o Gordo – faleceu na madrugada de daquela sexta, aos 84 anos.  Além dos programas humorísticos, também lançou no Brasil os programas de entrevistas de final de noite. Ideia copiada das redes de TV dos Estados Unidos. Seu programa de estreia foi o Jô Soares Onze e Meia, no SBT. Depois voltou para a TV Globo e o programa passou a se chamar Programa do Jô. Até terminar em meados da década passada.  Foram inúmeras entrevistas, que pude acompanhar. E outras que vi em reprise. Inclusive a do Rubem Penz, a respeito da coletânea de crônicas em homenagem ao Antonio Maria .  Que descanses em paz, Jô! Obrigado por toda a alegria que você trouxe.  08/08/2022.

Quatro estações no período de frio, 2022

Uma frente fria trouxe chuva e encerrou o veranico que nos esquentou no final de julho. Aliás essa frente fria vai encerrando o próprio mês de julho. E o inverno vai chegando à sua metade.  Na média julho foi um mês quente, com uma primaverica em seu início, e um veranico em seu fim. Veranico mesmo, tipo 26 graus. Devia dar para se bronzear se alguém fosse à praia. Embora eu pense que não seria confortável entrar no mar.  Acho que foram mais dias de sol, que dias nublados ou de chuva. Foi essa minha impressão. Não fiz uma medição meticulosa. Hoje fez sol. Passarinhos cantam e voam. Hoje vi uma rosa cor-de-rosa em uma roseira. E não ouvi de ninguém sobre grandes dificuldades para tomar banho. Talvez eu tenha frequentado redes sociais demenos.  Maio e junho foram mais frios. Ou, pelo menos, foi essa minha impressão.  De forma que tivemos invernico no outono, e primaverica e veranico no inverno. Todas as estações no período que associamos ao frio. Outono, inverno. Veranico, primaverica, i

Lançamento do livro Sem julgamentos do Dharma Pub

Imagem
Três anos depois, voltei ao Dharma Pub . Ontem, 30 de julho de 2022, naquele estabelecimento foi feito o lançamento e a sessão de autógrafos do livro Sem julgamentos, uma coletânea de quadrinhos, resultante de um workshop ministrado pelo Carlos Jenisch, no hoje longínquo ano de 2019, no MARGS, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul. O livro se tornou possível porque recebeu o incentivo de um edital da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre.  Sem ISBN ou editora identificada, Sem julgamentos também é um pouco algo entre o marginal (como os antigos zines mimeografados), o artesanal e o transgressor. A ilustração da capa é da Mireli Oliveira.  Os autores dessa coletânea são Ana Luísa Menezes, Ana Paula Parisotto, Christian Neis, Cristiano Straccioni Quintana, Diego Nunes Engelke, Isaque Bennett, Leonardo Silvestrin, Mireli Oliveira, Sofia Romais e Vitorio Janini. A organização foi por conta do Carlos Jenisch. Como dito no parágrafo anterior, o professor do workshop.  Como o lançame

Picadura em 1, 2, 3, 4…

Na primeira vez , eu fiquei comovido e me senti um sujeito de sorte, ecoando a canção de Belchior. A comoção não era à toa. Na época mais de 400 mil pessoas haviam perecido pela peste no Brasil.  Na segunda vez , eu já não estava comovido, mas aliviado por, então, cumprir o que estava estabelecido como a dosagem padrão para proteção contra a peste.  Na terceira vez talvez tenha me entediado um pouco. Mas é sempre bom saber que há meios de se sentir mais protegido contra a peste.  Foram picadas no outono, no inverno e no verão. Todas elas em dias ensolarados.  No sábado, 30 de julho de 2022, outro agradável dia de sol, me dirigi novamente a um posto de vacinação, para receber a segunda dose de reforço contra a peste. Na prática a quarta dose.  A prefeitura abriu um posto de vacinação em um shopping próximo de casa, o que tornou a vacinação tão fácil como foram a primeira e a segunda dose. Mais fácil que foi a primeira dose de reforço, vulga terceira dose.  Quando cheguei de volta em ca