68ª Feira do Livro de Porto Alegre – I


O ano vai passando, e, de repente, você é surpreendido por algum evento que chegou sem você perceber. 

Foi o que me aconteceu no final do mês passado. O Marcelo Spalding anunciava a banca da Editora Metamorfose na Feira do Livro, em um grupo do aplicativo de mensagens, e convidava a todos a visitarem-na.

E eu fiquei pensando com os meus botões, “como assim, a Feira do Livro está começando?”

Para quem não a conhece, a Feira do Livro de Porto Alegre, é, bem, uma feira de livros, que acontece na Praça da Alfândega, no Centro Histórico da cidade, entre o final de outubro e a primeira quinzena de novembro. Este ano acontece a 68ª edição.

Estive na Feira sábado passado, 5 de novembro. 

Estive na barraca da Editora Metamorfose. Falei com o Marcelo e a Bruna. E comprei alguns livros da Editora. Coletâneas de contos, De volta aos anos 60; De volta para os anos 80; Vulcana – contos eróticos, de Adriana Mondadori; Energias renováveis, velharias clássicas – crônicas de Alexandre Beluco; o novo livro da Bruna Tessuto, Delas; A cor do céu depois que chove, narrativa longa de Amanda Santos; ainda ganhei de brinde o livro TikTextos, de minicontos e poesias curtas, inspirado no aplicativo chinês de vídeo. 

Na banca da Libretos, peguei um livrinho da Valesca de Assis, Vão pensar que estamos fugindo!; e um livro de fotografias de Cadão Chaves, A força do tempo. 

Procurei por livros anunciados na imprensa corporativa. Surrender, a autobiografia do Bono, do U2; os dois volumes já lançados em português brasileiro da biografia de Mussolini, escrita pelo italiano Antonio Scurati, M. o filho do século, e M. o homem da providência; o livro Os Anos, da francesa Annie Ernaux, Prêmio Nobel de Literatura de 2022. Não achei nenhum. 

Também não achei a banca da Livraria Francesa, que costumava participar da Feira de Porto Alegre, apesar de localizada em São Paulo. Não sei se não se fez presente, ou se preciso procurar melhor. 

Não encontrei a Área Internacional da Feira. A livraria Calle Corrientes, especializada em livros em espanhol, em especial argentinos, estava entre as barracas no corredor da Rua Sete de Setembro. 

Na Praça de Autógrafos duas filas imensas. Fui ver os autores. A fila maior era de pessoas em busca do autógrafo da Martha Medeiros, provavelmente a cronista que mais vende no Brasil. 

Na outra fila grande, Fabricio Carpinejar. 

Entre Martha e Fabrício, outros autores e autoras sozinhos ou quase, com poucos leitores, ou nenhum leitor, buscando autógrafos. 

Talvez não seja que as pessoas não leiam. Talvez as pessoas só leiam autores, digamos, consagrados, e, em geral, os mesmos. 

Quem sabe? 

Após a pandemia, esta é a primeira edição da Feira que se anuncia como totalmente presencial.

A 68ª Feira do Livro de Porto Alegre continua até o dia 15 de novembro próximo.


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Nas fotos, o letreiro da Feira, a área central da Praça da Alfândega, onde fica a Praça de Autógrafos; os escritores Martha Medeiros, e Fabricio Carpinejar. 

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06, 10/11/2022.

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