Diário – leituras – Memória de minhas putas tristes
Gabriel Garcia Márquez tinha quase 80 anos quando publicou esta novela sobre um ancião solteirão que, ao completar 90 anos, resolve se dar de presente uma noite de amor louco com uma virgem, e para isso contacta, e contrata, uma antiga cafetina conhecida sua.
A cafetina, chamada Rosa Cabarcas, após alguma relutância pelo pedido inusitado e repentino, providencia então uma menina virgem de 14 anos. Quando o encontro acontece a menina, que trabalha em um ateliê de costura, está tão cansada que é encontrada dormindo. E o aniversariante fica com pena de acordá-la. O ancião, sem saber o nome real da menina, a chama de Delgadina, e é por esse nome que ela será referida ao longo do livro.
A partir desse início, vamos acompanhar o que esse homem revela de si. As origens familiares, a carreira como jornalista cronista, enfim, sua vida até ali.
Com a maestria com que Gabriel Garcia Márquez sabe contar histórias.
Esta obra é inspirada pelo livro A Casa das Belas Adormecidas, do escritor japonês Yasunari Kawabata, de 1961.
Infelizmente o próprio Garcia Márquez não chegou aos 90, tendo falecido aos 87 na Cidade do México em 2014, como é sabido.
Curiosamente, o segundo livro dele que leio, e o segundo que o protagonista é um ancião. O outro foi O Amor nos tempos do Cólera.
Gostei muito.
MÁRQUEZ, Gabriel Garcia. Memória de minhas putas tristes. Rio de Janeiro: Record, 2016.
29/07/2021.
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