Diário – leituras – Pequenos grandes nós


Neste pequeno grande livro de histórias infanto-juvenis, a autora resolveu retratar seis crianças, vivendo em seis décadas diferentes. 

De alguma maneira, em todas as histórias, o tema do que costumamos chamar de perda da inocência (você lembra quando se deu conta que o Papai Noel não era um velhinho que vinha voando em um trenó puxado por renas voadoras?).

A autora estudou. A história de Rosa, nos anos 1960, é marcada pelo Golpe. A história de Tom, nos anos 1970, me levou para o tempo das ditaduras do Cone Sul, em especial a uruguaia (1973-1985). A de Amanda, nos anos 1980, me levou para o Brasil inflacionário daquela década. As histórias de Cecília e Miguel, entre os anos 1990 e a primeira década do século XXI, me soaram como um interlúdio. E o livro termina com Robson, um menino diferente (uso o adjetivo diferente para evitar spoiler), que aparece nos anos 2010. 

Adulto que sou, li como adulto. Fiquei me perguntando se este livro poderia ser usado em escolas, e me parece que sim, em especial nas séries finais do ensino fundamental. 

Me pergunto o que um leitor no final da infância ou no início da adolescência pensaria do livro. 


MOREIRA, Taís. Pequenos grandes nós. Porto Alegre: Metamorfose, 2019. 


02/03/2022. 

Comentários

  1. Que legal poder ver nossas histórias chegaram a mais leitores. Obrigada pelas belas palavras sobre Pequenos Grandes Nós.

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