Diário – leituras – Coletâneas de crônicas de Moacyr Scliar



Adquiri estes livros como preparação para o projeto de coletânea de crônicas homenageando o escritor Moacyr Scliar promovido pela Oficina Literária Santa Sede. O projeto, que já gerou o livro que foi chamado de Versão dos fartos, se completou no início de novembro de 2022. Houve o lançamento do livro, com sessão de autógrafos. 

Resolvi fazer este registro porque os livros já cumpriram sua função. Inclusive um deles deve ser mandado adiante, para que outras pessoas o leiam. Pelo menos, eu gostaria que ele continuasse sendo lido. 

Falecido em 2011, em decorrência de um AVC, Moacyr Scliar era um escritor prolífico. Médico sanitarista, nascido e radicado em Porto Alegre, começou a escrever cedo. Contos, novelas, ensaios. E crônicas. 

Essas coletâneas juntam produção espalhada ao longo de anos. O método de Scliar para essas crônicas era pegar uma manchete de jornal publicada qualquer, e criar uma história fictícia a partir dela. 

Como são crônicas, são, em geral, curtas e leves. Mas nem sempre. 

E em uma produção assim, algumas são melhores que outras. 

Das mais de cem crônicas nestes dois livros, a que mais marcou é uma trágica, A glória da bala perdida, baseada em manchete publicada em 7 de novembro de 1996. Ele escreve com certa leveza sobre a violência que nos cerca, antropomorfizando uma bala, isto é, munição para arma de fogo. E a personagem, a bala, encontra sua redenção ao ferir uma pessoa. Spoiler? Pode ser, mas os livros contêm mais de cem crônicas, como eu já disse. 

Quem ler os livros terá uma amostra do talento e versatilidade de Moacyr Scliar.


SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002. 


SCLIAR, Moacyr. Histórias que os jornais não contam. Porto Alegre: L&PM, 2022. 



24/11/2022.

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