A orquídea morreu



E parece que a orquídea morreu mesmo

Apesar de eu continuar a regá-la, e apesar de minhas orações em favor dela. 

O que me fez pensar em tantas pessoas que partiram nos últimos dias, e sobre como elas nos influenciaram e influenciam. Ou não. E não necessariamente na ordem em que se foram. 

Por exemplo, Roberto Dinamite. O eterno atacante do Vasco nos deixou no dia 8 desse mês, precocemente, aos 68, em decorrência de um câncer. Como não torço para o Vasco, minha principal lembrança de Dinamite foi nos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1978, na Argentina. Aquela que o Brasil ficou em terceiro lugar, sem ter perdido nenhuma partida. Ele foi convocado para a Copa seguinte, de 1982, mas não jogou. Ficou na reserva de Serginho. Eu achava Dinamite um atacante melhor. Assim como achava que o goleiro não poderia ser Valdir Peres, mas essa é outra história. 

Outra que nos deixou foi Gina Lollobrigida. A atriz, de fato uma multi-artista, se foi dia 16, aos 95. Bom, 95 é uma idade rica. Não muitos seres humanos chegam a tanto. Lollo não foi tão marcante na minha vida. Possivelmente foi mais importante na vida de minha irmã. No caso, o auge da carreira de Gina como atriz foi entre os anos 1950 e 1960. Época de infância e juventude de minha irmã. Se essa possibilidade que levanto é verdadeira, agora ambas podem se comunicar no “outro lado”.

Jeff Beck, um dos maiores guitarristas da história do Rock, se foi aos 78. Conheci pouco de sua obra. Também me parece um caso de artista que teve o auge do sucesso entre o final dos anos 1960 e 1970. 

Jeff Beck nos remete para David Crosby. Crosby nos deixou dia 18, aos 81. Lenda dos anos 1960. Todo mundo deve ter ouvido alguma vez na vida “Turn! Turn! Turn!”, interpretada pelos The Byrds. Nem que tenha sido na trilha sonora de Forrest Gump. Lenda, como comentou um amigo, e repito. Além do The Byrds, formou um grupo com Stephen Stills e Graham Nash, grupo muito bem chamado de “Crosby, Stills & Nash”. Em determinado momento, Neil Young se juntou ao grupo e passaram a se chamar “Crosby, Stills, Nash & Young”. Repetindo outra vez, lenda. 

A orquídea se foi. Ficará na minha memória. Meu sucesso efêmero, meu pequeno fracasso. 

Estes artistas, da bola, da interpretação, da música, se foram. Acho que suas obras ficarão. 

“Arte longeva, vida breve”.


21,23,24/01/2023.

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