Leituras na Piauí – junho de 2022 – Shakespeare na Fronteira


Já faz algum tempo que não comento algo a respeito da revista Piauí aqui no blogue. O texto mais recente é de agosto de 2020, quando comentei a respeito de poesias publicadas nas edições de abril e maio daquele ano. 

Agora (agora?), em junho passado, a revista abriu suas páginas, dentro do tema de “questões literárias”, para apresentar o trabalho de José Francisco Botelho, tradutor de Shakespeare, nascido em Bagé, no sul do estado. 

A longa reportagem de Jerônimo Teixeira comenta como o primeiro contato de Botelho com Shakespeare foi com uma adaptação portuguesa para os quadrinhos. Fala também de como Botelho está trabalhando para que toda obra de Shakespeare seja novamente traduzida ao português. Sua competição/colaboração com o professor Lawrence Flores Pereira, que também traduz Shakespeare. Conta ainda que a poesia campeira gaúcha influencia o trabalho do tradutor.

Também aborda questões de método: usar de prosa ou de poesia? No caso de poesia, qual a métrica mais adequada? Versos decassílabos ou dodecassílabos?

Comenta tradutores anteriores, como Tristão da Cunha e Onestaldo de Pennafort, Carlos Alberto Nunes e Bárbara Heliodora. 

Além de tradutor, Botelho também é escritor. Escreveu Cavalos de Cronos e outras obras. Participou de coletâneas. E aí a reportagem cita escritores da cena local, como Gustavo Czekster. 

E a reportagem é ilustrada por uma foto de Botelho trabalhando, isto é, traduzindo, em uma mesa na Lancheria do Parque, no Bomfim. 

Muito boa! 


16/10/2022.

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