A primeira caixa de gordura a gente não esquece


Já faz tempo a publicidade utiliza a expressão “a primeira” ou “o primeiro”. Já se vão muitos anos, desde que se falou no primeiro sutiã. 

Bom, faz alguns dias, um som diferente de água, e, depois, a visão de um fio d'água saindo por cima da abertura da caixa de gordura, indicava que ela, a caixa de gordura, estava entupida. 

Pela primeira vez, eu teria que limpar uma caixa de gordura. 

Na visita ao supermercado comprei luvas de látex, sacos de lixo e toalhas de papel para a tarefa. 

Minha primeira iniciativa era limpar a caixa no feriado, 20 de setembro. Contudo apareceu um compromisso de última hora, e o trabalho foi adiado. 

No sábado seguinte, 24 de setembro, tomei a iniciativa. 

Comecei abrindo espaço. Tirando todo tipo de objetos que entulhavam a área de serviço. 

Depois coloquei as luvas, uma máscara, e separei os sacos de lixo. 

Então, como eu tinha constatado a presença de baratas quando vi o vazamento, apliquei inseticida ali. 

Quando abri a tampa, a água na caixa de gordura ela estava quase pela boca. Grandes grumos de sujeira e gordura boiavam na água, junto com outros (grumos) menores. 

Juntei tudo que pude. Começando pelos grumos maiores, e depois pescando os menores. Quando havia menos resíduos sólidos boiando, liguei a água para ver se a água estava escoando. Ainda não. 

Resolvi tatear dentro da caixa, e, por fim, achei o cano que devia escoar a água. E percebi que ali a sujeira realmente formou uma “tampa”. 

Removida essa “tampa”, a água fluiu, e o nível da água diminuiu bastante. 

Um saco de lixo ficou cheio. Foi reforçado por outro saco. 

Missão cumprida. Em menos de vinte minutos. 

Não deverei esquecer minha primeira limpeza de caixa de gordura. Mas bem que eu preferia esquecer. 


02, 16/10/2022.

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