Uma quase saga para assistir a um show de Kevin Johansen



Conheci a obra de Kevin Johansen quando assistia a uma coletânea de videoclipes de Jorge Drexler em um aplicativo de vídeos na internet. Entre tantas canções de Drexler, a lista apresentou uma canção de Johansen. No caso era Desde que te perdí. 

(Do próprio Drexler devo ter me tornado fã, por conta do filme Diários da Motocicleta, com a canção Al otro lado del río, e, talvez por conta do clipe da canção Milonga del moro judío, que devo ter visto no blogue do Jean Scharlau, na época de ouro dos blogues, na primeira década do século XXI. Por onde andará Jean Scharlau?)

Fato que me afeiçoei às canções de Johansen. E isso é uma coisa tipicamente dos tempos que vivemos, por conta do "streaming". Não consigo imaginar que eu pudesse encontrar discos do cantautor argentino em lojas de disco de Porto Alegre, como fazíamos até poucos anos atrás. 

No início de 2020 eu soube que Johansen se apresentaria em maio daquele ano em Buenos Aires. Decidi que iria vê-lo. Comprei um pacote de viagem. E aí veio a peste. E o projeto foi cancelado. 

Dois anos depois, com vacinas e o desvanecimento da peste, eu soube que o argentino se apresentaria em Montevidéu. Como gosto da capital uruguaia, pensei que seria uma boa ideia ir assistir a esse show lá.

Primeiro tentei comprar os ingressos pelo saite da revendedora. Contudo, feito o cadastro no referido saite, na hora do pagamento, em vez de me apresentar o formulário para preenchimento de dados do cartão de crédito, fui direcionado para a rede bancária uruguaia para completar a transação. Como não tenho conta em bancos uruguaios, não pude fazer a compra. 

Então, o Bruno, um colega de trabalho me sugeriu a Abitab, uma rede uruguaia de prestação de serviços financeiros, e que também vende ingressos para shows e teatro, que tem lojas por todo o território uruguaio. 

Alugamos carro, reservamos hotel, e lá me fui para Santana do Livramento, cidade gaúcha colada à uruguaia Rivera, com meu filho, para ver se conseguíamos os ingressos. 

Ao chegarmos no hotel reservado, o quarto teve um problema nos encanamentos, e não havia outra vaga. Tivemos que ir para outro hotel, para onde a gerência do hotel que havíamos reservado nos encaminhou. O quarto nesse outro hotel parecia um antigo depósito transformado em quarto, mas tudo bem, só passaríamos uma noite ali. 

Na primeira loja da Abitab que tentamos comprar os ingressos, a atendente não conseguiu acessar o saite que vendia os ingressos. 

No dia seguinte, um domingo, tentamos em outra loja. Ali também a atendente não conseguiu. Sugeriu que tentássemos no dia seguinte, segunda-feira, quando provavelmente o fornecedor dos ingressos estaria disponível. O problema é que na segunda-feira eu deveria estar trabalhando. Voltamos a Porto Alegre frustrados em nossa missão. 

Naquela semana em uma conversa após o trabalho relatei a viagem frustrada. Outro colega de trabalho, o Mandler, disse que ele tinha uma conhecida que vivia em Montevidéu. Ela vinha com frequência a Porto Alegre e poderia comprar os ingressos. Abriu-se nova esperança. 

De fato, dias depois a Dona Íris comprou os ingressos. Viva! 

O show era em 9 de outubro. Na metade de setembro eu estava com os ingressos na mão. Obrigado, Mandler! Obrigado, Dona Íris! 

Pedi licença do trabalho para o dia 10 de outubro. 

Reservei hotel em Montevidéu. Comprei passagens de ônibus. 

Na noite de 7 de outubro, embarcamos para Montevidéu. 

Passamos três dias na simpática, hospitaleira, sofisticada e cara capital uruguaia.

Na noite de domingo, dia 9, assistimos ao show de Kevin Johansen no Auditório Adela Reta. 

Missão cumprida!

Na noite de segunda-feira, dia 10, embarcamos no ônibus, de volta a Porto Alegre.


12, 15/10/2022. 

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