Crônicas de Mosaico – V


Depois de um feriado, a oficina foi retomada nesta quarta-feira, 19 de outubro. 

Quando cheguei ao Apolinário lá estavam o Rubem e o Gian. Também estava o Marcel que participa da oficina às 18 horas, e costumeiramente permanece com a turma das 20. Além deles tínhamos visitas: Jorge Bledow e Tiago Maria. 

Depois chegariam a Carol e a Zulmara. Junto com a Zulmara veio sua irmã, Magda, outra visita.

Rubem, eu e Gian trouxemos textos. Carol trouxe dois textos, compensando ausências passadas. Zulmara não trouxe. 

A foto desta semana era de uma trabalhadora, com aspecto indígena, com um cesto às costas à moda de mochila, mas atado à testa. Também portava um facão. Segundo lembrava o Rubem, a foto teria sido tirada pela Iara Tonidandel na Amazônia. 

Coincidentemente essa foto inspirou textos em formato de poesia, tanto da parte do Rubem, como da minha. Poema crônico ou crônica poesia?

Um dos textos da Carol foi sobre a reprodução de um retrato três por quatro da semana passada, na imagem atribuída a João Cruz. O outro sobre a trabalhadora que citei acima. 

Tanto a Carol quanto o Gian criam ricos contextos para as imagens. 

Carol fala de ancestralidade no retrato do homem negro, e fala do mundo do trabalho na foto da mulher trabalhadora.

Gian cria uma espectadora para esta última foto. Quase um conto. 

Quando comentei que ele, Gian, talvez, pudesse trocar a palavra “produtores” por “extrativistas”, ele gentilmente me mandou à merda. Daquele jeito que só o Gian sabe fazer. 

Ah, a merda, essa palavra polissêmica!

Talvez seja o que vá ser lembrado da noite. A noite que o Gian mandou me mandou à merda por conta de uma sugestão. 

Lá pelas tantas chegou a Vanessa. 

Outras tantas e Zulmara e Magda foram embora. 

Depois o Rubem e a Vanessa partiram. 

Marcel, me pareceu, fez que ia, mas acabou ficando. 

O bar já estava fechado, quando pedimos a saideira. 

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20, 24/10/2022.

Comentários

  1. Um "vai à merda" com carinho, né, Zé? 🙂

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  2. Sim, Comendador! Ficará para sempre como a noite que um colega mandou o outro à merda... com carinho! Hahahahaha

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  3. Uai, se existe Ao Mestre com Carinho, porque não À Merda com Carinho? Virará clássico também... =)

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