4 de janeiro de 2022
Hoje é 4 de janeiro de 2022. Um dia quase igual aos outros.
Levantei a tempo para o trabalho.
Cumpri minha jornada regulamentar como faço nos chamados dias úteis.
Trabalhei o turno da manhã
Fiz o intervalo para o almoço.
Também no intervalo fiz minha caminhada. Talvez uma caminhada de três quilômetros.
Como costumo fazer, fiz fotografias registrando o que quer que tenha me chamado a atenção durante a caminhada.
De volta ao trabalho, cumpri o turno da tarde.
À noite vi alguns vídeos.
Olhei rapidamente redes sociais.
Li algum blogue (quem mais ainda lê bloques?).
Jantei.
E descarreguei as fotos no computador.
Então certa melancolia tomou conta de mim. Certa saudade.
Em um dia quente de verão há 36 anos estávamos casando.
Tantas coisas para recordar.
Eu em um terno emprestado. Tu com um vestido alugado.
Uma igrejinha de madeira, também emprestada, assim como o pianista, o Edgar.
Celebrando o casamento o pastor Natanael (Nathanael?).
Uma festa feita sem álcool, crentes evangélicos que éramos. Para tristeza de nossos pais, o meu e o teu, chegados num trago.
E pensar que hoje bebo. Bastante. Nos últimos dias de 2021, esgotei duas garrafas de uísque. (Não. Não foi de uma vez. Foram consumidas ao longo de semanas.)
Será que a festa teria sido mais alegre com álcool? Não sei. Não importa.
Naqueles dias, tua irmã celebrou um casamento regado a álcool, e todos pareciam felizes.
Nós celebramos o nosso. E eu estava feliz. E tu também parecias feliz.
Teu irmão, tão prestativo, te levou à igreja. Com atraso, como era tradição. Depois nos levou à rodoviária, onde embarcamos para nossa lua de mel. Laguna.
Em uma noite como hoje, provavelmente estaríamos jantando juntos em algum restaurante, comemorando alguma boda.
Mas estou sozinho neste apartamento.
Tu deves estar aí. Talvez dormindo. Esgotada do teu trabalho que te exige força física.
Assim estamos nós agora.
Minha cabeça vive pensando em datas. Vejo pensar em datas como uma bênção. Mas quem me lê talvez pense como uma maldição.
Sinto saudades dos bons momentos de nós jovens.
Sinto pena que só possa ter saudades (não posso voltar no tempo).
E também sinto falta dos bons momentos da tua companhia. Só dos bons momentos.
04, 05/01/2021.
Linda crônica. Triste.
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