R.I.P. Paulo Pompeia
O obituário da Folha de São Paulo informou que Paulo Augusto Cruz, também conhecido como Paulo Pompeia, faleceu dia 30 de junho passado.
Você não sabe quem era Paulo Pompeia? Nem eu! Mas o obituário disse. Ele foi um artista que começou a trabalhar como palhaço ainda na infância. Foi ator teatral e também trabalhou em diversas emissoras de televisão. Foi presidente do sindicato dos artistas em São Paulo.
Repete-se com ele a máxima que quando um homem morre, morre um universo (ou algo assim).
Mas o que me chamou a atenção mesmo é que Paulo Pompeia é o menino negro que estampou por muito tempo a caixa de um produto que era vendido como “cigarros de chocolate”. E a manchete do obituário enfatiza isso. Seu retrato esteve nas caixas desses “cigarros” desde 1959.
Bons tempos aqueles da minha infância e juventude onde se vendia às crianças um simulacro de um produto que era vendido como charmoso, mas cujo maior efeito eram os danos à saúde.
Bons tempos aqueles em que a gente, recém entrado na adolescência, aprendia (ou não) a fumar para dizer que era adulto.
Bons tempos aqueles em que fosse no escritório, no bar ou no clube sua roupa ficaria totalmente impregnada da fumaça dos cigarros.
Pois é.
E eu nem consumi tantos cigarrinhos de chocolate assim. Uma porque o preço não era muito acessível. E outra porque o fabricante do produto nem produzia um chocolate muito saboroso.
Paulo Augusto Cruz, o Paulo Pompeia, tinha 72 anos, e faleceu em decorrência de uma cardiopatia. Que descanse em paz.
04/07/2021.
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