Diário da Peste (XVII) - Aplausos
Apesar de continuar este weblog, com vários textos, fazia algum tempo que eu não intitulava uma entrada como “Diário da Peste”, como fiz entre abril e agosto de 2020.
Eis uma nova entrada de “diário da peste”. Talvez influência do Diário do Confinamento, de Edgar Aristimunho, que registrou o dia 358 na sexta-feira, 12 de março de 2021.
Fato é que ontem, esta sexta-feira, 12 de março de 2021, no início da noite, houve aplausos na rua em que moro. Os aplausos duraram bem mais que alguns segundos. Talvez alguns minutos. Ficou a dúvida na minha cabeça sobre o que significariam esses aplausos.
Tempos depois, entrei nas redes sociais, e vi a convocação para os aplausos. Os dias passam, e já se passou um ano do primeiro brasileiro contaminado por covid-19, bem como da primeira morte em decorrência da peste.
Talvez seja mesmo o momento de aplaudir os brasileiros que levam a peste a sério, que se isolam tanto quanto podem. E principalmente aplaudir os profissionais de saúde que tem dado a vida, muitas vezes literalmente, para tentar livrar muitos de seus concidadãos da morte.
Enfim, fiquei feliz que vizinhos tenham ficado minutos aplaudindo a partir de suas janelas, como chegamos a fazer no início da peste, e como fizeram italianos e espanhóis.
Em especial em uma vizinhança que há muita comemoração quando o Internacional perde um título, e alguma comemoração quando o Grêmio perde um título.
13/03/2021.
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