Zelão (1946-2022)



O Ed Aristimunho já disse que sou o cronista que lê obituários. Sou mesmo. Não sei se isso é normal (qual a percentagem de pessoas que costuma ler obituários em jornal, entre a população em geral?), mas sigo fazendo. Às vezes sou pego por alguma surpresa.

Neste domingo, 28 de agosto, foi publicado o obituário de José Luiz Nammur, o Zelão

Chegou a estudar direito, se apaixonou pela música, se tornou violonista. Mas como todo mundo tem que se virar, virou marqueteiro. 

Em uma trajetória que me lembrou até a do Rubem Penz, meu xará fez parceria na composição de canções. E também criou jingles publicitários. 

O que me surpreendeu? É dele o jingle que embalou parte da minha infância, com as propagandas do Caldo Maggi, “o caldo nobre da galinha azul”. 

Mesmo que minha mãe só usasse o concorrente Knorr. 

Coisas da infância, que ficam na memória. Pessoas que se vão. 

Zelão morreu dia 19 de agosto, aos 75 anos, de insuficiência cardíaca e respiratória. 

Gostava de amigos, violão e cerveja. Como muitos de nós.


28, 29/08/2022.

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