Hebdomadário boêmio masterclássico moacyriano – capítulo V


Quarta-feira passada, 3 de agosto de 2022, foi o penúltimo encontro para apresentar textos na Santa Sede Masterclass 2022 – homenagem a Moacyr Scliar. Presentes alunos e ex-alunos de masterclass. Em especial, foi bom o retorno da Noara, depois de diversos encontros participando da turma do happy hour, que é virtual (ou por teleconferência). Aliás, belo e singular nome esse, Noara. Presentes ainda o Altino, o Afonso e o Felipe. Entre os ex-participantes, o destaque é para o Tom. 

Felipe foi o único que apresentou textos. Uma crônica sobre como uma mulher que escreveu sobre como matar seu marido, foi condenada por… matar seu marido. E uma crônica saborosíssima sobre um diálogo imaginário entre Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade. Eu fiquei imaginando uma animação, feita a partir dessa crônica.

Com os comentários e observações dos participantes à mesa, a parte formal do encontro terminou rapidamente. 

Ficou a conversa. O Rubem falando como deverá ser o sarau da masterclass, no próximo dia 17. Anunciou ainda o lançamento do livro Mulheres crônicas (acho que é esse o título). Nesse caso, o título é um pouco autoexplicativo, uma coletânea em que mulheres escrevem crônicas. Rubem ainda comentou sobre uma sessão de autógrafos para os autores das turmas de 2020, safra e masterclass. Esses foram os autores impedidos de ter uma sessão de autógrafos por conta do primeiro ano da peste, em que não tínhamos vacinas. 

Depois falamos de nossos filhos, da influência de culturas do extremo oriente no cotidiano deles (e nosso). Alguém aí sabe o que é K-pop e J-pop?

E falamos também sobre nossos eternos problemas financeiros. E de como uma empresa bancária ou financeira pode agir de má fé, e nos obrigar a lutar na justiça contra falcatrua em que caímos sem querer. 

Quando a maioria das pessoas foi embora, ficaram o Felipe e o Tom conversando em frente ao bar. 

Me juntei a eles. 

E aí é basicamente nos entregarmos às histórias do Tom.

Ele está mais magro, e explicou que isso era devido a alguns problemas de saúde enfrentados. Em especial no aparelho digestivo.

Naquela noite o Tom estava muito bem abastecido de charutos. Portava um estoque para várias noites de conversa. E foi assim que pitei mais um. 

Não perdi a oportunidade de perguntar sobre os planos dele para abrir uma loja em que venderá parte da sua coleção de câmeras fotográficas vintages. Inclusive a questão sobre adquirir e revelar filmes (sim, películas. Sim ainda existe quem use essa tecnologia surgida no século XIX e amplamente popularizada no século XX). 

Daí a pouco o Felipe precisou ir embora (não convém chegar em casa de madrugada regularmente).

E daí a pouco o boteco Apolinário estava em preparativos para fechar. 

Eu e Tom rachamos o aplicativo de volta para casa. Onde ainda pude ouvir de suas outras imensas (para mim) coleções. LPs, CDs, DVDs. 

Se faltou alguma coisa, naquela noite? Sim. A Carol. 


08/08/2022.

Comentários

  1. Relato agradável e fidedigno. Obrigada pelo elogio ao meu nome. Adorei! Pena que o Apolinário demorou tanto a reabrir. Abraço!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas de Abbas Kiarostami na Piauí de Junho/2018

Sessão de Autógrafos - A Voz dos Novos Tempos

Feliz aniversário, Avelina!