Olivia Newton-John (1948-2022)


Às vezes temos algumas semanas mais tristes que outras.

Perdemos Jô Soares na sexta-feira. 

E na segunda-feira seguinte perdemos Olivia Newton-John. Um câncer, contra o qual ela vinha lutando desde os anos 1990, a levou.

Pelo que andei lendo, Olivia tinha uma carreira ascendente como cantora quando estrelou o filme Grease (que por aqui recebeu o complemento, “Nos tempos da brilhantina”). 

Quando foi aquilo? 1978? 1979? Por aí.

Foi a época de estouro da discoteca, e do filme Os Embalos de Sábado à noite (“Saturday Night Fever”). Época da primeira encarnação de John Travolta, e da segunda dos Bee Gees. Um filme que todo mundo que tinha idade viu. Muita gente comprou o disco da trilha sonora. E todo mundo queria dançar como Tony Manero, o personagem de Travolta. 

Bom, mas eu não tinha idade para ver aquele filme na época (acabei vendo em alguma reprise televisiva muito tempo depois, e, nesse momento, não houve encanto). Eu ficava na expectativa de algum outro filme com John Travolta.

O filme que veio, e em que pude assistir no cinema, foi Grease. E a parceira de Travolta nesse filme foi Olivia Newton-John. 

E essa é a magia do cinema. Não importa se não somos estadunidenses (bom, Olivia também não era, embora falasse inglês), e não estivéssemos no final do ensino médio, nem pudéssemos dirigir, queríamos agir como os personagens do filme. Em lugar de carros, skates e bicicletas. Em lugar de bailes do high school, reuniõezinhas dançantes. 

Pouco tempo depois, acabei assistindo Xanadu também estrelado por ela. Aí por 1981. Um filme em que a personagem dela faz um cara superar a si mesmo. Existe mensagem melhor para alguém no início da adolescência?

E foi assim, com dois filmes, que Olivia Newton-John marcou minha puberdade. 


"Don't let your aim ever stray

And if all your hopes survive

Destiny will arrive

I'll bring all your dreams alive

For you"


Trecho de Magic, que Olivia canta, e faz parte da trilha sonora do filme Xanadu. 


15/08/2022.

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