Diário – leituras – Prelúdio de Sangue


Tudo começou em um balaio de ofertas na Feira do Livro de Porto Alegre de 2024. Não lembro de qual livraria. Certamente um sebo. Vi nesse balaio alguns volumes dessa saga, que conta de maneira romantizada, as vidas e as cortes da casa real inglesa, os Plantagenetas, a partir de meados do século XII, na chamada Baixa Idade Média. 

Contudo o livro se inicia com Eleonore de Aquitânia. A Aquitânia era um ducado que ficava no sudoeste de onde atualmente é a França. E o livro vai terminar com o rei Henrique II, da Inglaterra, o primeiro rei Plantageneta. 

O livro, de fato, essa série de livros, é baseada em fatos históricos acontecidos há quase novecentos anos. Mas acho que não devemos tomar o que é narrado ali como História, pois, afinal é vendido como ficção, romantização. 

Pensando em termos técnicos de literatura, o narrador, ou a narradora, é onisciente. Quem conta a história sabe o que acontece dentro da cabeça das personagens. 

A autora usa muito diálogos para contar a história. Por outro lado, quando tem que descrever relatos de batalhas, ela basicamente passa ao largo, fazendo essas descrições muito resumidas. 

O livro conta suas histórias de maneira fluente e é boa diversão. O paralelo que eu faço é que a autora conta histórias dos reis ingleses como quem narra uma telenovela melodramática. 


PLAIDY, Jean. Prelúdio de Sangue. Rio de Janeiro: BestBolso, 2007. Tradução de Luiz Carlos do Nascimento Silva.

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09, 29/10/2025.

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