Diário – teatro – Misery


No dia 27 de agosto passado, um domingo, estive no Theatro São Pedro para assistir à peça Misery. Trata-se de uma adaptação da obra de mesmo nome, escrita por Stephen King (o filme adaptado do livro recebeu o nome de Louca Obsessão no Brasil). A peça é estrelada por Mel Lisboa e Marcelo Airolde, com pequena participação de Alexandre Galindo como o xerife. 

É a história de Annie Wilkes (Mel Lisboa), uma mulher que se diz a fã número um do escritor Paul Sheldon (Marcelo Airolde). Ela acompanha Misery, personagem de uma série de livros escritos por Paul (nesse caso, me parece, em romances ambientados no século XIX, talvez homenagem, talvez ironia com Jane Austen e as irmãs Brontë. Misery sempre será uma canção dos Beatles para mim, inclusive ela tocava dentro da minha cabeça enquanto me dirigia ao teatro).  Como Annie o segue, ou persegue, ela tem a chance de socorrê-lo quando quando ele se acidenta em uma estrada durante uma nevasca. A princípio ela o leva para casa, e cuida dos ferimentos dele, enquanto a tempestade continua. À medida em que Sheldon vai se recuperando, o que foi um salvamento vai se tornando um sequestro. 

A interação tensa das personagens é levada bem pelos atores. Inclusive em muitos momentos temos alívios cômicos dentro de uma peça de suspense dramático. 

Pelo lado técnico, a peça conta com muitos recursos audiovisuais. É um pouco o cinema invadindo o teatro. Fico imaginando o que pensariam os autores da Grécia Antiga a respeito disso. 

O cenário me pareceu criativo e requereu bastante esforço físico da equipe técnica de apoio.

Eu gostei bastante. 

A peça esteve em turnê pelo país. Turnê esta que se encerrou em Porto Alegre com essas três apresentações no final de agosto. 

Talvez retorne em 2024. 

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04, 09/09/2023. 

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