Diário - cinema - Duna (2021)



E depois de quase dois anos, eis que volto a uma sessão de cinema, para a nova versão do filme Duna, ficção científica baseada nos livros de Frank Herbert, escritos na década de 1960. 

E a volta foi em grande estilo, na única sala imax de Porto Alegre, no Shopping Bourbon Wallig. 

Durante a compra dos ingressos, fui surpreendido com o pedido de comprovação de vacinação. Tive que fazer um acesso ao ConecteSUS, pois não ando com o comprovante. Demorou alguns minutos a mais, mas nada que fizesse perder o filme. 

A sala não estava muito cheia, então o distanciamento foi tranquilo. Não devia haver mais de 30 pessoas onde caberiam mais de 100. 

O filme me pareceu uma grande miscelânea de referências. 

Apesar de se dar em um futuro para mais de 8.000 anos, tendo a humanidade colonizado muitos planetas, este universo é regido à maneira feudal, com casas de nobres devendo fidelidade a um imperador. 

Nesse contexto, o duque Leto Atreides (Oscar Isaac) deve substituir o barão Vladimir Harkonnen, na exploração da "especiaria", um elemento misturado ao solo desértico do planeta Arrakis. Essa substituição se dá por conta da resistência que o povo fremen (habitante de Arrakis) opõe à exploração dos Harkonnen. E essa substituição não se dará por gosto dos Harkonnen. 

Junto a isso, uma intensa religiosidade, com, digamos, poderes mágicos se manifestando. 

O protagonista é Paul Atreides (Timothée Chalamet), filho do duque Leto, e de Lady Jessica (Rebecca Ferguson). Paul vai precisar cumprir, ou não, sua jornada de herói. 

Oscar Isaac faz um duque belo, charmoso e trágico. 

Além disso, temos Josh Brolin, como Gurney Halleck, uma espécie de braço direito do duque Leto. 

E Javier Bardem. Ele está tão bem disfarçado de Stilgar, que é difícil reconhecê-lo. 

O filme ainda tem ares de teatro filmado, com toques shakespearianos. 

E ainda senti um ar retrô, como se visse um filme dos anos 1960, tipo 2001, Uma Odisseia no Espaço. 

Foi uma boa diversão após tanto tempo longe das salas de projeção. 

E acho que ser velho é um pouco isso: lembrar que viu a versão do mesmo título feita em 1984, em um videocassete, talvez ali por 1987 ou 1988. Aquele filme foi dirigido por David Lynch, e tinha Kyle MacLachlan como Paul Atreides. Mesmo algo inferior, aquele filme tinha a vantagem de ser em apenas um episódio. 


03/11/2021.

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