Desde o ano passado que não houve artigo da revista Piauí que me tenha chamado a atenção. Contudo na edição 141, de junho de 2018 , fui surpreendido por uma seleção de poemas de Abbas Kiarostami. Nas minhas ideias, eu pensava que Abbas Kiarostami era somente um cineasta iraniano. E confesso que não assisti a nenhum de seus filmes. Agora a revista Piauí publicou um conjunto de poemas de Kiarostami, que achei muito bons. Os poemas de Kiarostami são influenciados na forma pelo "Haikai", ou "Haiku". Estritamente parece que Kiarostami não segue a forma estrita do haikai - três versos, dezessete sílabas, uma estrofe com cinco, uma com sete, outra com cinco -, mas se inspira na concisão, e na apresentação de poemas sem títulos. A tradução, ou recriação, para o português é de Pedro Fonseca, e a promessa é que saia um livro em agosto próximo, como o nome provisório de "Nuvens de Algodão". Abaixo alguns dos que mais chamaram a atenção: -----------
O tempo não dá trégua. A gente pisca e se passou um período muito mais longo do que a gente imaginava. O evento a respeito do qual eu quero fazer um breve relato aconteceu há quase três semanas. Eu estava pensando comigo mesmo que eram quase duas semanas. O tempo é inclemente, assustador. Mas talvez isso seja a fim com o que ocorreu dia 3 de agosto passado. Falo do lançamento, com sessão de autógrafos, do livro A Voz dos Novos Tempos, uma nova publicação da Editora Santa Sede, a partir de uma oficina literária derivada das oficinas literárias, digamos, mais comuns da Oficina Literária Santa Sede e suas crônicas de botequim. Neste caso, a ideia foi juntar um grupo de cronistas que tivessem sessenta ou mais anos de idade. Autoras e autores são Ananyr Porto Fajardo, Andréa Aquino Ferreira, Ângela Puccinelli, Eugênia Câmara, Graciella Tomé, Iara Tonidandel, Jane Maria Ulbrich, João Luiz de Mello, Jorge Luiz Bledow, Maria Helena Schirmer Mattos, Nelson Ribas, Raul Tartarotti, Silvio Silbe
Era uma noite fria e chuvosa do outono porto-alegrense. Talvez nem tão fria, e de chuva nem tão intensa 14 de junho, Avelina Gastal celebra seu aniversário. Reunidos familiares e amigos. Noite nem tão fria Mas, ali, naquele salão de eventos, De corações aquecidos. Noite de tocha para aquecer o ambiente, Noite de música ao vivo, Noite de relembrar e celebrar. Noite de ouvir depoimentos (gravados) e discursar. Noite de momento de perplexidade: Eu não saberia porque estava ali Ou saberia. Fui convidado. Mas ficaria perplexo sobre como cheguei até ali. Fôssemos todos crentes, seria fácil, Fôssemos todos crentes, diríamos: “Deus nos reuniu!” Não éramos. Por caminhos complexos ali estávamos. Eu perplexo, Mas contente. Comovido. Um pouco. Feliz aniversário, Avelina! 19, 20/06/2023.
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