Viver traz perdas. Quanto mais vivemos, mais perdas vamos tendo. É um clichê, é um truísmo. Até que nós mesmos chegamos ao fim. Tenho inventariado as pessoas que partem. Deixam-me . Há pouco mais de um ano, se foi a Barbara Sanco . Há poucos dias, se foi Jussara Fösch. Trabalhamos na mesma área em processamento de dados por mais de vinte anos. Nos últimos dez ou doze anos de trabalho, ficávamos praticamente um de frente para o outro. Muito chimarrão ela me ofereceu antes da pandemia condenar as cuias compartilhadas. Era uma convivência em geral boa. Tivemos nossos atritos, mas mais nos ajudávamos que brigávamos. De fato, essa é uma das principais lembranças, a colaboração nos projetos que precisávamos desenvolver. E conversas. Muitas conversas. Entre colegas sempre se conversa sobre salários, sobre o sistema de promoções da empresa, sobre apadrinhamentos (ou não). Sobre outros colegas (ou não). Em todo grupo social há o ditado que, se você não comparece a uma reunião, pode se tornar
Desde o ano passado que não houve artigo da revista Piauí que me tenha chamado a atenção. Contudo na edição 141, de junho de 2018 , fui surpreendido por uma seleção de poemas de Abbas Kiarostami. Nas minhas ideias, eu pensava que Abbas Kiarostami era somente um cineasta iraniano. E confesso que não assisti a nenhum de seus filmes. Agora a revista Piauí publicou um conjunto de poemas de Kiarostami, que achei muito bons. Os poemas de Kiarostami são influenciados na forma pelo "Haikai", ou "Haiku". Estritamente parece que Kiarostami não segue a forma estrita do haikai - três versos, dezessete sílabas, uma estrofe com cinco, uma com sete, outra com cinco -, mas se inspira na concisão, e na apresentação de poemas sem títulos. A tradução, ou recriação, para o português é de Pedro Fonseca, e a promessa é que saia um livro em agosto próximo, como o nome provisório de "Nuvens de Algodão". Abaixo alguns dos que mais chamaram a atenção: -----------
E a primavera sempre retorna. E então é outubro outra vez. E então o dia 16 chega e se mostra a você. E você se assusta. É 16 de outubro de 2024. É aniversário da Siloni. Seriam os primeiros sessenta anos neste ano. Siloni não está mais entre nós, exceto, talvez em alguns de nossos corações. O estranho foi a sensação de surpresa. De olhar para alguma tela, possivelmente algum celular, e lá estar a data: 16 de outubro. Talvez eu devesse apenas publicar por mais um ano o texto Outubro antigamente era assim , mas não dessa vez. Os sessenta anos de Siloni chegaram sem que eu percebesse. Pegaram-me de surpresa. E sessenta anos são, talvez, um sinal de plenitude. Pelo menos, talvez, segundo o horóscopo chinês. Segundo essa tradição, aos sessenta anos a pessoa já viveu o suficiente para passar pelos doze signos e pelos cinco elementos. Eu já falei sobre isso em um texto em que, de alguma maneira, felicitava alguém por completar… 61 anos! E como a Esfera Azul não para, sempre dá para relem
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