Diário da Peste (LXVIII) - Quando termina a pandemia?


Quando termina a pandemia? Quando achamos que a peste passou? 

Eis uma pergunta que cabe mais formalmente aos especialistas. 

Eu acho que o marco fundamental do fim da peste será quando as máscaras forem abolidas. Até porque, basicamente, esse é o único sinal restante que nos lembra que ainda estamos às voltas com o Sars-Cov-2. 

Restaurantes estão abertos. Cinemas recebem espectadores. Shows têm plateia (reduzida, mas ainda plateia. Não é mais apenas uma “live” em uma tela na Internet). 

O comércio funciona basicamente sem restrições. Lembra aqueles dias de shoppings fechados? 

No meu trabalho, um rodízio visando o fim do teletrabalho começou a ser estabelecido no final de novembro. O rodízio regrediu por conta da cepa apelidada de ômicron do vírus, altamente contagiosa, embora nem tão agressiva. 

Agora a emergência sanitária decorrente da ômicron também parece refluir, com diminuição de internações em enfermarias e UTIs. 

As pessoas levam suas vidas de maneira basicamente normal. O novo normal. 

Talvez em breve tenhamos o velho normal de volta. 

De minha parte, este é o fim do Diário da Peste. Certamente continuarei escrevendo sobre a peste, citando-a. Mas serão textos sem esse encadeamento em capítulos. De fato já escrevi vários textos que falam na peste sem o título Diário da Peste. 

Boa sorte para nós, para quem a vida continuou. Foram mais de 650 mil mortes entre os brasileiros. Milhões no mundo. O sofrimento gerado foi imenso. 

Boa sorte para nós, para quem a vida continuou.


28/02/2022.

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