Diário - cinema - 47 Ronins
Diário - cinema - 47 Ronins
Ronin é a palavra japonesa para o samurai que perdeu o seu senhor, o seu patrão.
O filme "47 Ronins" ("47 Ronin", Estados Unidos, 2013) narra a história de 47 ronins (como se poderia esperar) que desejam vingar a morte de seu senhor, morto após ser enfeitiçado, como parte de um plano de um adversário.
O filme é levemente baseado na história real de ronins que se envolveram num plano de vingança no que poderia ser considerado o período feudal japonês.
Este período feudal aconteceu após o contato com os portugueses, e da implantação do cristianismo no arquipélago no século XVI. No século seguinte, o país se fechou ao contato estrangeiro e proibiu o cristianismo. No período, que vai do século XVII ao XIX, o país foi dividido entre diversos senhores feudais.
Lorde Asano era um desses senhores feudais, e o senhor dos samurais, que se tornaram ronins com a sua morte.
O filme traz uma boa demonstração do código de honra dos samurais, o "bushidô", para nós, ocidentais. Este código de honra é esteticamente belo, e até comovente, mas uma tremenda restrição para a liberdade individual de qualquer pessoa.
O filme também gera alguns enganos para o espectador. Apesar do cartaz trazer em primeiro plano o ator Keanu Reeves, ele é de fato, um coadjuvante no filme. O papel principal é do ator japonês Hiroyuki Sanada, a personagem Oishi no filme. É ele que conduzirá os ronins em sua tentativa de vingança, para restaurar o bom nome de seu antigo senhor, e, como diz a personagem em determinado momento do filme "trazer de volta o equilíbrio entre o céu e a terra", equilíbrio este posto em xeque quando alguma injustiça não é punida.
Para trazer algum tempero ocidental ao filme, digamos assim, são acrescentados seres fantásticos à narrativa, e a filha do senhor feudal, Mika (a atriz Ko Shibasaki) que tem atitudes que talvez fossem difíceis para uma japonesa do século XX, quiçá do século XVII.
É um bom filme. Eu sempre acho este código de honra dos samurais bastante comovente (recentemente isso foi demonstrado nos filmes "Cartas de Iwo Jima", de Clint Eastwood, e "O Último Samurai", de Edward Zwick). E a recriação de época, com as restrições informadas no parágrafo anterior, parece bem verossímil.
16/02/2014.
Atenção: comentário "spoiler" abaixo. Se você não quer saber antes o que acontece no filme, não leia.
ResponderExcluirAchei um bom filme...a justiça foi feita..mas mesmo assim a morte do coadjuvante do ator keanu q naõ foi considerado um samurai..e sim mestiço naõ cabe no contexto como uma morte adequada ao momento...por ter participado da vingança ..mas a morte foi escolhida para ronins...que naõ foi o caso dele!só nesse aspecto q naõ concordo!sobre seres mágicos...também faz parte da cultura oriental que dá uma apimentada no filme!
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