Diário – cinema – Ainda Estou Aqui


Após quase um ano, retornei a uma sala de cinema para ver o filme Ainda Estou Aqui. E agora estou escrevendo a respeito quase um mês após ter visto o filme. E, sim, fui ver o filme após Fernanda Torres (uhuu!) ter sido laureada melhor atriz dramática no Globo de Ouro por sua atuação.

História conhecida, baseada no livro de mesmo nome escrito por Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história de Eunice Paiva, primeiramente como uma mãe de família burguesa feliz vivendo em um sobrado no Leblon; depois tendo que superar a perda do marido, o engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva. Rubens Paiva foi sequestrado por agentes da ditadura militar, foi torturado, assassinado e seu corpo foi desintegrado, motivo pelo qual, a princípio foi dado como “desaparecido”. Como não havia atestado de óbito, Eunice Paiva não pôde nem mesmo ter acesso à conta do marido no banco.

A láurea e a nomeação para concorrer ao Oscar de Melhor Atriz para Fernanda Torres não é à toa. Ela dá vida a uma Eunice sofrida mas determinada a continuar, e portanto, a superar. Eram difíceis as circunstâncias. 

Se eu tivesse que colocar algum defeito no filme, colocaria nos minutos iniciais, quando família Paiva vive uma vida que parece, ali, excessivamente feliz. Uma família de propaganda televisiva de margarina, embora, em geral, as famílias de propaganda de margarina tenham apenas dois filhos. 

Por outro lado, além da atuação muito convincente de Fernanda Torres, temos alguns minutos de cena em que Fernanda Montenegro nos nocauteia (ou, pelo menos, nocauteou a mim), sem dizer uma palavra. 

Gostei muito do filme. Saí emocionado. Comovido. 


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04, 05, 08/02/2025.

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