Diário da Peste (XIII) - Happy Hour Virtual III



E lá se vai a terceira happy hour virtual. Esse momento em que durante o trabalho remoto ("home office"), na verdade após o trabalho remoto, podemos rever através da tela do computador algumas das pessoas com as quais convivíamos de segunda a sexta. 

Dessa vez o software passou por atualização. Assim, não mais apenas quatro pessoas dividiam a, digamos, tela principal, enquanto os demais iam para pequenos círculos no canto superior direito da tela. Sim, é comum que sejamos mais de quatro nessas reuniões virtuais. Assim, com a atualização do software, a tela foi dividida em três, depois quatro, depois cinco, seis, sete... 

Talvez o grande babado dessa edição tenha sido o caso da colega que comprou um "mop", aqueles esfregões redondos com balde próprio adequado, e uma armação no balde para tirar o excesso de água do esfregão. Quer dizer, não exatamente este, pois o dispositivo também passou por atualização no design. E deve ter sido um desses novos modelos que ela comprou. Comprou e perdeu uma pecinha importante, algo relacionado ao spray. Entrou em contato com a assistência técnica, para ver se tinham reposição da peça, e eles pensaram em enviar um novo aparelho para ela. Só que ela teria que destruir o aparelho que já possuía, documentar em foto e enviar a foto para a assistência técnica a fim de receber o novo aparelho. Depois de se certificar da seriedade da proposta (quem não duvidaria, né?), ela fez o possível para destruir o artefato, registrou e enviou. Foi então que o pessoal da assistência técnica descobriu que eles não tinham um novo no estoque para enviar. Pode isso? No fim, ela teve que se contentar com um vale compras para usar, sabe-se lá quando. 

Acho que não se falou em política dessa vez, o que me parece bom. Ou se se falou, eu esqueci (não sei se efeito do álcool) e isso me parece razoável. 

Destaque para a pequena canja que nosso colega Tiaraju deu com seu acordeão russo (ou bielorrusso, o que dá quase no mesmo). Cito o nome dele porque ele já foi citado algumas vezes no meu blogue, e, bem, é um artista. Artistas precisam de destaque.

O mesmo Tiaraju lembrou da "live", o show de Milton Nascimento, que deveria acontecer no domingo seguinte. Foi a deixa para eu pontificar sobre Milton. Lembrando aquele "Chuck Norris fact" que diz que "quando Chuck Norris entra na água, ele não se molha, a água fica Chuck Norris", eu disse que todas as canções que Milton canta viram canções do Milton. Dei os dois exemplos que conheço, "Eu Amei te Ver", de Tiago Iorc, e "Não Existe Amor em SP", de Criolo. Quem quiser compare as canções por seus compositores, e as interpretações de Milton para as mesmas. 

Outra curiosidade desta edição do happy hour, foi a proximidade com o prazo final para a entrega da declaração de ajuste do imposto de renda, o que fez com que um colega que não compareceu à happy hour, ficasse interagindo por aplicativo de mensagem com alguns de nós, para tirar dúvidas. 

Novamente cada um com a sua bebida, fosse espumante, cerveja ou vinho, como foi o meu caso. 

Até quando teremos  happy hours virtuais? Quando voltaremos a ter happy hours em que possamos estar juntos sem a mediação eletrônica?


29/06/2020.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas de Abbas Kiarostami na Piauí de Junho/2018

Sessão de Autógrafos - A Voz dos Novos Tempos

Feliz aniversário, Avelina!