Retorno
Primeiro dia da primeira das duas semanas de trabalho presencial com rodízio de equipes.
Carrego comigo um buquê de flores.
Para não dizer que tudo está normal, no centro da cidade muitas pessoas continuam a portar máscaras protetivas em seus rostos e muitos estabelecimentos que existiam antes da peste fecharam definitivamente. Parece que são muitos os pontos comerciais para vender ou alugar. A peste se acrescentou à estagnação econômica.
Tenho a impressão que haja mais pessoas mendigando. Mais pessoas sem teto. Mas pode ser só impressão.
Com o rodízio a empresa não parece um completo deserto, mas ver tão pouca gente ainda me parece estranho.
Como também parece estranho ainda estarmos usando máscaras após tanto tempo. Estranho usarmos um soquinho para nos cumprimentarmos.
Na rotina, no ritmo do trabalho, a manhã passa rapidamente.
No intervalo do almoço, sou o último sair.
Antes de sair coloco o buquê sobre a mesa em que Klein trabalhava. Não importa que o buquê logo seja retirado.
Por conta da peste, Klein não retornará.
02, 03/12/2021.
Sensível, Zé. Pertinente, adequado, um texto de salão certamente.
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