Delírios da Noite
Deliro
Vejo o Papa Francisco caminhando pela Siqueira Campos
Com passos lentos e sua batina branca
Ele ampara e consola um sem-teto
Rejeito da sociedade, que vive sob uma marquise (dos fundos de um museu)
Do bendito quero me aproximar
Perguntar se lhe posso tocar,
Abraçar.
E tal qual surgiu
O Santo Padre some
E vejo a noite
Na minha frente o inquisidor Sérgio Moro
Vestes escuras, queixo proeminente, e olhar severo
Andando na João Pessoa, em direção ao Viaduto Loureiro da Silva
O homem que quer destruir a corrupção
Refundar a nação
Trazer punição
Mas nesta treva eterna
O enforcado sou eu
05/06/2018.
Comentários
Postar um comentário