Em uma semana Luis Fernando Verissimo, na outra Mino Carta
Lá se vão quatro anos desde que lamentei as mortes de Tarcísio Meira e Paulo José em um texto neste blogue. Estávamos então no segundo ano da peste, isto é, da pandemia de covid-19.
Pois agora por esses dias vamos nos despedindo de mais pessoas. Ou, pelo menos, eu vou me despedindo. Faz uma semana, comentei e lamentei o falecimento do escritor Luis Fernando Verissimo.
Dias depois veio a notícia da morte do jornalista Mino Carta.
Tornei-me intelectualmente próximo de Mino Carta entre o final do século passado e o início deste século XXI. Foi quando assinei por um tempo sua revista de notícias, a CartaCapital. Não lembro se quando eu assinei a revista sua periodicidade ainda era quinzenal, ou se já havia passado a ser semanal. Sei que eu estava a procura de um veículo informativo um pouco diferente do que eram as revistas Veja e Época à época. Assinei CartaCapital por alguns anos. Mino Carta era a, digamos, alma da revista. E foi por ela que acompanhei o noticiário nos anos FHC e nos primeiros mandatos de Lula.
Os obituários relembraram o papel de Mino Carta na imprensa brasileira. Criador das revistas Quatro Rodas e Veja na Editora Abril. Reformulador de um jornal do grupo O Estado de São Paulo. Fundador de um jornal, o Jornal da República, que faliu por falta de patrocinadores.
O tempo passou. Eu me desinteressei das revistas de notícias. A internet matou ou dizimou esses veículos de notícias. CartaCapital continua existindo, embora eu não saiba se ainda tem circulação impressa.
Fazia algum tempo que eu, mais ou menos, notava a falta de notícias a respeito de Mino Carta, Nonagenário, andava recolhido. Agora a morte o levou.
Definitivamente cobriu-se de glórias.
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Foto de Mino Carta copiada do saite da CartaCapital
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08, 09/09/2025.
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