Diário – leituras – Versão dos fartos
No início deste mês de março terminei de ler o livro Versão dos fartos, uma coletânea de várias autoras e autores, inclusive eu mesmo, escrevendo crônicas em homenagem a Moacyr Scliar. Para tanto imitaram um sistema pelo qual o escritor gaúcho lia manchetes de jornais e escrevia histórias inspiradas nessas manchetes.
Minha decisão de ler o livro decorre do fato de eu não ter podido acompanhar a produção de todos os textos durante a oficina literária que os criou. A oficina estava dividida em duas turmas, e só acompanhei a feitura dos textos de parte do pessoal que se encontrava às 20 h. A outra turma era das 18 h 30 min.
Esta oficina também marcou o reinício daas turmas presenciais da oficina. Ela havia sido virtual, por teleconferência, nos anos de 2020 e 2021.
São 126 crônicas que foram inspiradas em notícias dos mais diversos veículos noticiosos entre fevereiro e agosto de 2022.
É difícil querer resumir 126 crônicas. Vou destacar apenas algumas a título de exemplo.
A primeira delas é Ataque de barata em bar em Porto Alegre viraliza, de Jefferson Escobar, onde a partir da manchete que gerou o título, o autor relata um incidente desse, com 2022 ecoando a década de 1980.
A segunda se chama Bíblia dos pecadores que incentiva o adultério é encontrada na Nova Zelândia. A partir desta manchete Carol Anversa criou uma história sobre Imaculada e sua recente chegada ao céu.
A terceira é Maior chuva de meteoros da história recente vai cruzar o céu a Terra hoje. Aqui Fernanda Quadros conta a história de um casal em crise de relacionamento, às vesperas de uma épica chuva de meteoros. Uma história sutil com ar de conto.
Além dessas três há várias outras boas crônicas. A curadoria do organizador funciona.
Me valeu ter participado dessa coletânea e me valeu ter lido o livro.
PENZ, Rubem (org.). Versão dos fartos. Porto Alegre: Santa Sede, 2022.
17, 24/03/2023.
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