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Mostrando postagens de março, 2025

Diário – leituras – Ikigai: os segredos dos japoneses para uma vida longa e feliz

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  Adquiri esse livro mais com o desejo de uma vida feliz do que de uma vida longa.  Eu não tenho certeza se é uma obra de autoajuda. Os autores não dão fórmulas mágicas, mas mostram detalhes do estilo de vida de alguns japoneses, e não só de japoneses, para que os leitores possam buscar uma vida feliz, talvez longa, até porque em parte o fato da vida estar sendo feliz pode levá-la a ser, a vida, longa. Não posso dizer que o livro não cumpre o que promete. Até porque, estritamente, ele não promete nada mesmo, apenas mostra estilos de vida.  É um livro um pouco exótico, porque se trata de dois autores espanhóis apresentando um modo de viver dos japoneses, em especial de okinawanos. E, bem, o livro poderia se resumir às dez leis do ikigai, que estão no capítulo final, mas aí o livro não seria o livro, mas uma lista de dicas para o bem viver. Então há toda uma série de discussões e digressões para que o livro possa ser um livro. E no final nem me pareceu que fosse tão bom ass...

Diário – leituras – Dora, Dorinha

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Dora Dorinha é uma antologia de textos escritos por Dora Marize Bittencourt Almeida, mais conhecida como Dora Almeida; Dorinha para os íntimos. Se trata de uma mulher nascida em Dom Pedrito, próximo à fronteira com o Uruguai, e que resolveu se aplicar à arte da escrita depois de ter lecionado Matemática por cerca de quarenta anos.  Este livro é uma homenagem a Dora Almeida, editado por conta de seu recente falecimento, acontecido, se não me engano, no final de setembro de 2024. Se tratam de crônicas e contos que estavam espalhados por livros de coletâneas e mesmo online, e que agora foram compilados neste volume, com curadoria de Giancarlo Carvalho e Dóris Almeida. Dóris é professora e filha de Dora. Giancarlo foi colega de Dora em oficinas literárias e se tornou um admirador do trabalho dela.  Os textos nos trazem uma escritora talentosa. Se tivéssemos um mercado de literatura mais maduro, mais desenvolvido, os escritos de Dora Almeida bem poderiam ser divulgados como escrito...

Teve Carnaval no Carnaval de 2025

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E o Carnaval no Carnaval de 2025 nem foi por causa do Carnaval em si.  Acontece que uma produção brasileira, pela primeira vez, ganhou o Oscar de filme estrangeiro. E casualmente coincidiu que a data da Festa do Oscar ficou junto com o nosso Carnaval. Ainda Estou Aqui foi o primeiro filme brasileiro a vencer na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Ele também concorria nas categorias Melhor Filme e Melhor Atriz, com Fernanda Torres. Dificilmente uma produção ganharia como Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro na mesma premiação, embora não me pareça impossível, nem incoerente. E Fernanda Torres perdeu, mas só a indicação já consagrou-a. De qualquer maneira Torres já foi melhor atriz em Cannes, há quase quarenta anos; e já venceu o Globo de Ouro por melhor atuação dramática, justamente com Ainda Estou Aqui.  Eu, no meu melhor espírito carnavalesco, não acompanhei a premiação do Oscar. De fato, apesar de recentes aberturas como a vitória do sul-coreano Parasita na categoria d...