Diário - teatro - No Topo da Montanha


Diário - teatro - No Topo da Montanha

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Em uma noite, ao hospedar-se num hotel em Mênfis, Tennessee, o reverendo Martin Luther King (Lázaro Ramos) solicita ao serviço de quarto um café, para manter-se acordado, querendo estudar para suas preleções. Quem traz o café é a camareira Carrie May (Taís Araújo), que também chamada de "K. May". Provocada pelo reverendo, e ao contrário do que se poderia esperar de uma camareira, em lugar de entregar o que foi solicitado e ir embora, K. May permanece com Luther King, e eles entabulam um longo diálogo. Eis o mote da peça "No Topo da Montanha" que esteve em cartaz em Porto Alegre, no final de semana passado no Theatro São Pedro. O palco é transformado no quarto de hotel do reverendo King, e ali é encenada toda a peça.
De fato, os artistas desenvolvem todo tipo de situação nessa longa conversa. Há momentos para rir, e há momentos para chorar, como a própria May/Taís chora, e provoca nós nas gargantas dos espectadores. Sim, o espectador há de seguir a montanha-russa de emoções que decorrem do diálogo. Vida, morte, fé, religião, política, racismo, tudo isto é debatido no espaço dessa noite ficcional na conversa do notável hóspede com a desconhecida camareira.
A peça é criação da jovem dramaturga e atriz Katori Hall, e já ganhou prêmios na Inglaterra, e fez carreira na Broadway. Lázaro Ramos e Taís Araújo estão ótimos em seus papéis.
Foi a peça mais emocionante que vi em muito tempo.


06/06/2017.


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