Patrícia
Patrícia
Patrícia - oito letras, substantivo feminino, singular.
A princípio pode ser descrito como o feminino de "patrício", que era como eram chamados os nobres da Roma Antiga. Também essa palavra acabou associada à pátria, de forma que patrício pode ser associado a patriota. E parece que em Portugal é associada a conterrâneo: quando um português fala de um seu concidadão, está a falar de um "patrício".
Patrícia também é o nome de uma boa cerveja uruguaia, fabricada pela Companhia Salus, que atualmente faz parte do império Ambev. Pode ser encontrada com relativa facilidade em Porto Alegre (embora eu acredite que em Montevidéu seja mais fácil encontrar uma cerveja simplesmente chamada de "Pilsen", de rótulo amarelo e vermelho, que também não é ruim).
Tendo eu nascido na segunda metade da década de 1960, e começado a estudar na década de 1970, não me lembro de meninas chamadas Patrícia em sala de aula. Era um tempo de Anas, Márcias, Lilianas, Lauras, as indefectíveis Marias, mas Patrícias me passaram batidas. Talvez tenha sido coincidência. Ou a minha memória está precária.
Nos anos 1990, o nome Patrícia passou a ser associado à futilidade ou à nobreza, dependendo de que lado você possa estar no espectro econômico, acredito que por conta do filme "As Patricinhas de Beverly Hills" ("Clueless", Estados Unidos, 1995 - que por aqui, poderia também ser traduzido como "Sem Noção", mas, enfim...). Esse filme foi estrelado por Alicia Silvertone, que também atuou como a Batgirl, no filme “Batman e Robin”, de Joel Schumacher, aquele com o George Clooney como Batman. Desde então, a "jeunesse dorée" brasileira é associada a Patricinhas e Mauricinhos.
Casualmente eu conheci duas Patrícias, nos últimos tempos, e ambas nascidas no início dos anos 1970. Isto é, acredito que seja por aí. De qualquer maneira, ambas aparentam serem mais jovens e terem mais jovialidade que alguém nascido pela metade dos anos 1970. Uma, uma terceirizada que trabalhou com fisioterapia na firma. A outra uma globetrotter, aspirante a escritora.
Sobre essa última, não posso dizer muita coisa. Apenas que é casada com o parente de um político que tentou ser prefeito de Porto Alegre, nos anos 1980, e me parece que tem bastante potencial para a coisa, ser escritora, e que me fez perder rebolado.
Foi assim: o assunto na mesa em que estava em torno de chopp e cerveja, por conta da crônica apresentada por um outro escritor, explanando sobre a origem das bolachas de chopp. Eu resolvi falar sobre o "Putsch da Cervejaria", a tentativa de golpe liderada por Hitler na Baviera em 1923, e comentei, por conta de um canal na internet, que a cervejaria ainda estava lá. Foi aí que ela interveio com palavras singelas: "sim, eu já estive lá". Pimba! Acabou toda a minha argumentação. E eu achando que estava pontificando sobre o assunto. Foi assim que perdi o rebolado aquela noite.
04/03/2016.
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