Pity, um cachorrinho (+ 24/11/2020)


Pity nos deixou. O cachorrinho mais inteligente e educado com que convivi cotidianamente se foi.


Com data de nascimento não sabida, estimo que estivesse com alguma coisa como quatorze ou quinze anos.


Peludo, pelo longo, preto e branco, porte pequeno, lhasa-apso sem raça definida, Pity chegou resgatado pela Linda no bairro Anchieta.


Sempre ficamos nos perguntando como um cão tão manso, doce e educado estava abandonado naquele arrabalde da cidade. Será que alguém teve coragem de largar um cachorro como ele? Ou será que foi roubado com algum carro e largado lá?


Bom, ele nos deu muitas alegrias. Foi companhia fiel para todos da família.


E inclusive foi pai de uma ninhada. Seu filhote Max continua.


Em relação a ele, houve o registro em duas crônicas, e um poema. O poema Aflição de Cachorro e a crônica-conto Cabeçada de Cachorro foram registrados no blogue. A crônica memorialística Inventário de Cachorros foi publicada em Palavras de Quinta, livro coletânea, dos alunos da oficina literária que se reunia nas noites de quinta-feira com a escritora Ana Mello.


Dizem que os cães domésticos descendem dos lobos, e estão junto aos seres humanos desde antes de nossos antepassados terem se tornado agricultores.


Os lhasa-apsos, dos quais parece que o Pity era um exemplar, teriam tido origem no extremo oriente. No Tibete, como o nome indica. Seriam cães guardiães. Sagrados.


Acredito que deva haver algum paraíso. E esse paraíso não separará os seres por espécie.


Tendo partido pouco mais de uma semana depois da Siloni, espero que o Pity esteja bem lá. Com ela. Com os cães de minha companhia que o precederam. Com todos os meus queridos que se foram.


Ele se torna mais um fantasma que carrego na alma.








24/11/2020.



Comentários

  1. Ontem, José Alfredo, justo ontem, tive um momento em que pensei que encontraria a minha Lua no pátio. Acho que nossos cães, todos, olham por nós, também. E abanam seus rabinhos. Meus sentimentos

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  2. Meus sentimentos Alfredo, mais uma vez, em tão pouco tempo.
    Somente quem convive com esses bichinhos a longo prazo, sabe o quão especiais são. Cãozinho adotado então! Sem bem como é.
    A natureza sutilmente criou esse elo entre nossa espécie e a deles, não creio que por acaso.

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  3. Meu cassorinho Pitty Bitoquinha. O meu maior e melhor amigo. Sempre que eu chegava em casa, ele ia até a porta ver se era a mamãe. Ele voltava bem ligeirinho pra pegar um presente para dar pra mim. Sua faceirice era incomparável só de me ver chegando em casa. Ele me protegeu sempre. Aprendi a amar incondicionalmente. Pra mim, ele era como um Anjo que me protegia o tempo todo. A espressão naquela carinha,era dimais. Sua memória, permanecerá pra sempre em meu ❤.

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