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Mostrando postagens de novembro, 2019

Diário - leituras - Histórias Não Contadas nos Almoços de Domingo

"Histórias Não Contadas nos Almoços de Domingo" é o primeiro livro do jovem advogado e escritor Filipe Smidt Nunes. A obra tem 25 contos, e apresentação de Cíntia Moscovich.  São histórias bem diferentes, resultado, me parece de um escritor iniciante que vai experimentando, como dizem, à procura de sua voz.  Há histórias fantásticas, como a que abre o livro, "Quadro mágico", ou "Destrancado", ou "O Lugar Mais ao Sul do Mundo".  Contos com pegada de crônicas como as de Luís Fernando Veríssimo, em "Um Homem de Negócios", ou "Tapete Sujo".  Enfim, uma variedade de histórias sendo contadas.  O que mais gostei, ou o que mais me tocou foi um conto chamado "Mãe", sobre, bem, sobre uma mãe. O leitor que confira. Mãe se liga ao conto "Com muito amor e carinho", expondo certa veia militante do autor.  É um bom livro de estreia. A conferir como será o seguinte.  NUNES, Filipe Smidt. Histórias Não Conta

Tempo que passa, Gente que se vai

Por esses dias perdemos duas pessoas célebres.  Na sexta-feira, 22, faleceu o Rabino Henry Sobel, em decorrência de um câncer. Ele foi rabino por mais de 30 anos na Comunidade Israelita Paulista. Ficou famoso por, na época, 1975, praticamente denunciar o assassinato do jornalista Vladimir Herzog. Para lembrar: Herzog, se apresentou ao DOI-CODI do 2º Exército, em São Paulo, para prestar depoimento sobre a acusação de ligações com o Partido Comunista. Foi detido, torturado e morto. Depois os oficiais do DOI-CODI montaram uma cena e declararam que Herzog teria se suicidado. Sobel viu as marcas da tortura e, na prática, declarou que o jornalista havia morrido sob tortura. Sobel se tornou um grande ativista de direitos humanos.  No mesmo dia 22 faleceu o apresentador de TV Gugu Liberato. Acho que o impacto da morte dele foi maior para uma geração posterior à minha; a do meu filho, por exemplo. Eu o tinha como mais um apresentador de TV, em um tempo em que a TV ia, cada vez mais, perden

Eu e a 65ª Feira do Livro de Porto Alegre (II)

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Ainda sobre minhas compras na 65ª Feira do Livro, faltou dizer pelo menos mais duas coisas (espero que de fato sejam apenas mais duas coisas). Uma: apesar de eu não ter comparecido a nenhuma sessão de autógrafos, recebi um livro autografado. Nesse caso, quem autografou foi Bruna Tessuto, que participou da obra coletiva "Cidade Cinza", organizada por Gilberto Fonseca.  Outra: o livro de Adriana Stein, "Agualina e Maresia: aventuras marítimas" não apareceu na publicação anterior. Fácil explicar: o livro, dedicado a crianças que estão começando a gostar das letras, tem a consistência de uma revista, o que é bastante natural. Não tinha lombada para aparecer junto com os demais. Pretendo colocar foto dele. Era isso.  . . 21/11/2019.

Eu e a 65ª Feira do Livro de Porto Alegre

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O fato de eu trabalhar próximo à Praça da Alfândega facilita muito visitar a Feira do Livro. Todo ano a tenho visitado, mais de uma vez a cada edição.  Este ano não foi diferente. Além de cruzar a Feira vários dias, houve uns três ou quatro dias que realmente me detive a olhar as barracas. Disso resultou a compra de vários volumes, o que sempre demonstra certo desejo de imortalidade.  Revirei balaios em busca de boas ofertas e também livros que estavam sendo lançados este ano. O que foi novidade em relação a anos recentes, foi que não compareci a nenhuma sessão de autógrafos. Fiquei retido em casa em alguns dias, e em dois casos, nos livros "Hoje Não Vou Falar de Amor" (Rubem Penz) e "Outras Sem / Cem Palavras" (Cinara Ferreira e Fernanda Mellvee - organizadoras) , eu havia comparecido a sessões de autógrafos prévias. Faltei às sessões das amigas Adriana Stein, que lançou "Agualina e Maresia, Aventuras Marítimas"; e Adriana Mondadori, que lançou &qu

Diário - Sessão de Autógrafos - Por Cima é Millôr

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Dia 31 de outubro passado foi a minha vez de participar de uma sessão de autógrafos como autografante (autografador?). Foi para a coletânea de minicrônicas e aforismos "Por Cima é Millôr", promovida pela Oficina Santa Sede, em seu masterclass para este ano de 2019. Como o título indica, a coletânea quis homenagear o escritor e jornalista Millôr Fernandes (1923-2012).  Fiquei quase duas horas autografando e celebrando o lançamento do livro, no Bar Apolinário, junto com os demais quatorze co-autores. São eles, Ângela Puccinelli, Felipe Basso, Gabriela Guaragna, Gerson Kauer, Jane Ulbrich, João Willy, Magnus Daniel Pilger, Maria Avelina Fuhro Gastal, Patricia Faccioni, Renata Morsch, Rosane Schotgues Levenfus, Tatiana Druck e Tom Saldanha, e o editor Rubem Penz.  As fotos ficaram estáticas, como eu estive estático a maior parte da noite. Tanto que nem percebi a movimentação do pessoal para as fotos conjuntas celebratórias. Só me dei conta quando vi outras fotos nas redes so

Diário - sessão de autógrafos - Outras Sem/Cem Palavras

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No sábado, dia 26 de outubro, estive no Terezas Café, para o lançamento e sessão de autógrafos do livro "Outras Cem/Sem Palavras". Um novo volume para o livro com minicontos de 100 palavras, organizado por Cinara Ferreira e Fernanda Mellvee.  Foi o momento para adquirir mais um livro ("arte longa, vida breve"), e, no caso, recolher autógrafos, rever amigos (Ana Mello, Bárbara Sanco) e conhecidos (Roberto Prym-Schmitt), e tomar conhecimento de outras tantas pessoas, como Lota Moncada, muito comentada pela Bárbara, Robertson Frizero, que eu já havia lido, e Gustavo Czekster, cujos contos do primeiro volume eu havia gostado bastante. Além de rever amigos que estavam lá pelo mesmo motivo que eu, Mário Ulbrich, Marcius Alves, Maurício Schames, Letícia Schames, e outros (as), e saborear o chope e as cervejas artesanais vendidas na casa.  . . 07/11/2019.

Diário - show - Milton Nascimento: Clube da Esquina

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Dia 25 de outubro estive no Auditório Araújo Vianna, para assistir mais um show de Milton Nascimento em Porto Alegre. Pela minha conta, foi o quarto.  Este show foi dedicado a revisitar o repertório dos álbuns Clube da Esquina (1972) e Clube da Esquina 2 (1978). Além de músicas destes discos, esteve no setlist do show a clássica "Para Lennon e McCartney", de Fernando Brant, e dos irmãos Lô e Márcio Borges, lançada no disco "Milton", de 1970. "Clube da Esquina 2" foi o primeiro álbum do Milton que adquiri, lá por 1981, no caso uma dupla de fitas cassetes, encontradas em um balaio de ofertas de uma loja de departamentos aqui de Porto Alegre, de um tempo que se encontrava esse tipo de material em lojas não especializadas. Era um tempo especial, mas meus amigos, estavam ouvindo, do mesmo Milton, o álbum Sentinela (1980).  Milton era tão importante para nós adolescentes em 1982, que fundamos nosso próprio Clube da Esquina. Foi assim que batizamos uma cer

Adeus, Tia Irene

Dia 2 de outubro passado faleceu minha tia Irene. Tia por afinidade, casada com um irmão de minha mãe, o caçula, o tio Milton. Lembro dele a chamando muitas vezes por “Irení”.  Tia Irene era a última da geração de meus pais.  Meu pai só tinha um irmão, meu tio João. Do pouco que me lembro de minha infância, ele vivia como um mendigo na cidade de Rio Grande. Nossa família era de lá. Cada vez que meu pai viajava para lá, ajudava o irmão como podia. Era um pobre tentando ajudar um miserável. Foram algumas viagens ao sul do estado até que em uma dessas viagens meu tio não foi encontrado, nem meu pai soube mais notícias. Provavelmente meu tio morreu e foi sepultado como o indigente que ele era.  De forma que as relações familiares acabaram se estabelecendo pelo lado materno. Minha mãe tinha três irmãos. O mais velho, tio Vivaldo, cujo verdadeiro nome era Vivaldino, era o primogênito. Ele vivia em Rio Grande. Minha mãe vinha a seguir. Depois o Tio Dalvo, que também vivia em Ri