Diário - leituras - Amarelo e Marrom


Tomei a iniciativa de ler esse livro pelo comentário do colunista Sérgio Rodrigues . Indicação de literatura sobre o racismo nosso de cada dia? Achei interessante. Tanto mais, que a história se passa em parte em Porto Alegre. 

Depois de ler o livro, constato que a maior parte do livro é ambientado em Porto Alegre. Principalmente no bairro do Partenon, com descrições realistas, de suas ruas e estabelecimentos. 

A história é contada por Federico, irmão de Lourenço. Filhos de pai negro e mãe branca, Federico tem a pele clara, Lourenço a pele escura. Para dar mais matiz à história, o pai negro de ambos é um importante policial civil, encarregado das perícias. 

De pele mais clara, é Federico que acaba por se envolver com a militância negra. E por conta disso, é convidado a participar de uma comissão em Brasília, onde se busca uma maneira de validar as cotas para negros e indígenas. Durante as discussões da comissão, um incidente grave acaba por fazer com que Federico se sinta compelido a voltar a Porto Alegre. O livro acaba por expor um grande curto-circuito.

Nesse meio tempo, Federico recorda passagens de sua adolescência e infância, entre o Partenon e o Moinhos de Vento. 

Sim, é um bom livro para refletir sobre o racismo nosso de cada dia, nesse Brasil brasileiro. 


SCOTT, Paulo. Amarelo e Marrom. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2019. 


21/10/2019.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poemas de Abbas Kiarostami na Piauí de Junho/2018

Sessão de Autógrafos - A Voz dos Novos Tempos

Feliz aniversário, Avelina!