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Mostrando postagens de agosto, 2019

Happy Hour e Poetas Vivos

Estava numa noite dessas num bar nas escadarias do viaduto Otavio Rocha. Um bar com mesas no logradouro público.  "Happy hour" com os colegas. Estávamos às tantas resolvendo os problemas do mundo e do Brasil. Eles secando o Internacional que jogava contra o Nacional do Uruguai, eu torcendo pelo Inter (o Inter superou o time uruguaio e avançou então).  Então passa uma senhora pedindo dinheiro. Alega doença mental incapacitante. Leva alguns trocados. Passa-se mais algum tempo e vem um homem vendendo salgadinhos, balas e doces. Nenhum de nós se interessa, afinal estávamos num bar.  Mais um tempo e somos envolvidos por uma gritaria. Depois viemos a perceber que era uma espécie de jogral. Não lembro exatamente quantos eram, talvez meia dúzia entre entre homens e mulheres, todos bastante jovens. Negros. Era uma performance dos "Poetas Vivos". Não lembro o que declamaram. Só lembro o nome do coletivo. O grupo tem página em rede social   e foi alvo de reportagem do

Diário - Leituras - Morri para Viver

Acabei por ler o livro "Morri para Viver", de Andressa Urach, com a ajuda do jornalista Douglas Tavolaro. Foi uma leitura rápida.  A obra se coloca entre um livro de memórias, um livro de fofocas e um livro de testemunho. Entre os crentes evangélicos há um tipo de livro clássico, o chamado "testemunho", que no limite se origina na palavra grega "martureo", usada no Novo Testamento. O apóstolo Paulo, vivia fazendo isso, declarando como fora educado para ser um mestre judeu, se tornou um perseguidor de cristãos, e, por fim, encontrou Jesus e virou cristão.  Nesse tipo de livro, alguém que teve uma vida que poderia ser considerada "carregada de pecados", como um ladrão ou um traficante de drogas, relata o processo que o levou a encontrar Jesus e mudar de vida. Existe uma variante desse tipo de literatura que é a da pessoa que é proveniente de uma família cristã, não teve uma vida problemática, mas informa como esteve "em missão", s

Aquela noite

Foram a uma cervejaria. Comeram, beberam, dançaram. Ao chegar em casa, transaram. Foi uma noite feliz, mesmo não sendo Natal. Ainda mais que foi a derradeira.  02/08/2019.

Diário - leituras - A Barca e a Biblioteca

"A Barca e a Biblioteca" é um livro que mistura gêneros. Por conta da ocorrência de um crime, poderia ser rotulado como um romance policial. Mas, por conta da peculiaridade da história mais ou menos recente do Brasil, mistura elementos de denúncia política.  Numa cidade não nomeada, que eu associo à litorânea Rio Grande, um crime acontece no campus de uma universidade. Por conta da história das personagens, fatos da história do país são trazidos à luz. O livro denuncia torturas, assassinatos, vandalismos, todo tipo de crime perpetrado por agentes do estado.  Diria que é um bom romance. A leitura flui, e o autor consegue nos transportar para o seu mundo.  CORRÊA, Gilson. A Barca e a Biblioteca. Porto Alegre: Editora Metamorfose, 2017. 08/06/2018.

Rompendo minha própria tradição: Santa Sede em 2019

Segunda-feira, 5 de agosto, foi o sarau de lançamento da "safra" 2019 da publicação da coletânea de crônicas da Santa Sede. O tema deste ano foi "família". Desde que participei da safra 2016, tenho estado nos saraus da Santa Sede. Como participante em 2016, como espectador em 2017 e 2018. Em 2017 eu me considerava "veterano" da turma daquela turma, embora eu não esteja certo que os participantes tinham essa noção a meu respeito. E o tema daquele ano me era muito caro, "Tempo". Quis até participar de novo, mas não era possível/permitido.  Em 2018 havia a amiga Jane Ulbrich.  E sempre há o Rubem, o bar, a boemia.  Me atrapalhei, e não pude comparecer. Fiquei um pouquinho chateado.  Meu parceiro de "masterclass' este ano, Tom Saldanha, esteve presente.  Há de haver quem diga que três anos não chegam a formar uma tradição. Na minha cabeça estavam formando.  Mas faltei por uma boa razão. Razão do coração.  07/08/2019.

Diário - leituras - 20 relatos insólitos de Porto Alegre

"20 relatos insólitos de Porto Alegre", de Rafael Guimaraens reúne, bem, vinte relatos que ele considerou singulares entre as histórias da cidade de Porto Alegre. Uma cidade não muito antiga, diga-se de passagem, com menos de trezentos anos.  As histórias, recriações feitas por Guimaraens a partir de fatos reais, ficam entre o "novo jornalismo" ("new journalism", como alguns diriam), a reportagem e a ficção propriamente dita.  A primeira história contada, "Opereta em Cinco Atos", tem a forma de um conto para recriar a passagem de uma companhia de ópera italiana por Porto Alegre no início do século XX.  A segunda, "O Mistério da Velha Russa", também em forma de conto narra as desventuras dessa senhora idosa, "a velha russa" do título, na Porto Alegre dos anos 1970.  Já "Love Story no Café Central" usa o formato de uma peça teatral para recontar um pouco da trajetória do músico Arthur (Artur?) Elsner. Elsner,

Sessão de Autógrafos - Hoje Eu Não Vou Falar de Amor

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Dia 18 de julho de 2019, uma quinta-feira, houve o lançamento do mais recente livro de Rubem Penz, "Hoje Eu Não Vou Falar de Amor". Como se poderia esperar, um livro de crônicas, estilo que o autor é especialista.  Foi no Bar Apolinário, que esteve cheio naquela noite. O mesmo Bar Apolinário é onde Rubem ministra suas oficinas de escrita criativa de crônicas, a Santa Sede.  Além de pegar autógrafos, foi um momento para reencontro de alunos e ex-alunos das oficinas. Eu, por exemplo, falei com o Magnus, a Clarice, a Angela, o Willy, o Tom, o Gian. Deve ter ido gente que eu não vi, ou não lembro o nome, e, óbvio, gente que eu não conhecia (ainda não conheço, talvez venha a conhecer). Tudo faz parte. Os filhos do Rubem, o Ivan e a Clara, estavam incumbidos das fotos. A esposa, Vanessa, ficou distribuindo os livros para os autógrafos (houve quem tivesse pago antecipadamente, e quem comprou na hora).  Enfim, uma noite boêmia-literária, numa noite nem tão fria deste inverno