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Mostrando postagens de agosto, 2018

Desculpe a esculhambação

Este blogue é produzido em termos pessoais e amadores. Portanto, às vezes, fica um tanto desorganizado.  Agora, por exemplo, vejo que publiquei notas da reunião do Sarau Palavra Falada de 29 de junho antes do relato da reunião de abril do mesmo Sarau. Faz parte.  Como é o blogue é amador, dificilmente eu trabalho com "fechamentos" e "deadlines".  Enfim, desculpe a esculhambação, e vamos em frente. 28/08/2018.

Valdir Gonçalves, R.I.P.

Chegou-me a notícia do falecimento de Valdir Gonçalves, dia 21 passado.   Quando o conheci, ele era um membro há muito tempo da Igreja Batista Central de Porto Alegre. Diácono, era então um dos esteios da Igreja, junto com Olindo Scolmeister , também recentemente falecido, e Valderino Menchik. Homens maduros, estáveis, e patriarcas de famílias ainda relativamente numerosas.  Durante o período em que atuei junto à Igreja, e fui professor da escola dominical, ele mais parecia o mais retraído dos três. O mais reservado. Até por isso, nunca pude conversar muito com ele, e não posso dizer que o tenha conhecido muito bem.  Faz alguns anos, a família adquiriu imóvel na vizinha cidade de Eldorado do Sul, e passou a frequentar a congregação da igreja lá. Agora, faleceu. Ou como se pode dizer, foi promovido à Glória.  Ficam a viúva Irene, e os filhos. É um ano de grandes perdas, mas certamente a Igreja continuará, porque, afinal, é a obra de Deus que permanece.  27/08/2018

Sarau Palavra Falada - 25/04/2018 - Minicontos com Marcelo Spalding

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No dia 25 de abril passado estive no Café do MARGS para assistir ao Sarau Palavra Falada.  Nesta ocasião, o protagonismo foi do escritor, professor e empresário Marcelo Spalding, que esteve falando tanto teorica, quanto praticamente, sobre os minicontos, esta forma extremamente sucinta de fazer literatura.  Spalding é um especialista no assunto, pois desenvolveu trabalho acadêmico sobre o assunto. Pelo lado prático, ele fez uma apresentação de seu mais recente livros de minicontos, justamente chamado "Minicontos" , onde ele republica antigas histórias às quais junta novas e inéditas.  Durante cerca de uma hora, Spalding, Ana Mello, Lais Chaffe e Maurício Schames palestraram, e leram obras relativas ao gênero.  No final, Marcelo Spalding ainda teve tempo para uma "mini" sessão de autógrafos.  .  Marcelo Spalding e Ana Mello . Uma panorâmica... . Laís Chaffe, Marcelo Spalding, Mauricio Schames e Ana Mello . 09/07/2018.

Sarau Palavra Falada - 29/06/2018 - Coletâneas de Contos da Editora Metamorfose

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Em junho o Sarau Palavra Falada foi excepcionalmente na última sexta-feira do mês, em lugar da quarta, por conta da Copa do Mundo - Brasil x Sérvia.  Nesta edição foram abordadas duas coletâneas de contos. Uma voltada ao público adulto, organizada pela escritora Jacira Fagundes, chamada "Pra ver a banda passar cantando coisas de amor", cuja temática gira em torno da obra de Chico Buarque. Esta obra já foi publicada e está disponível no saite da Editora Metamorfose . A outra coletânea, organizada por Marcelo Spalding, dirigida aos leitores mais jovens, é chamada de "Contos de Mochila" . Dela participam diversos autores, inclusive o próprio Spalding, Jacira Fagundes e Ana Mello. "Contos de Mochila" deve estar disponível em breve.  Vários dos contistas estiveram presentes e leram trechos de suas obras. .  Ana Mello e Marcelo Spalding . Jacira Fagundes . Jacira Fagundes e Ana Mello . 09/07/2018.

Faleceu Otavio Frias Filho

Faleceu ontem Otávio Frias Filho, diretor de redação e dono do jornal Folha de São Paulo. Segundo as notícias, ele estava com 61 anos e padeceu por conta de um câncer no pâncreas.  Muitos panegíricos para ele, com formação em direito, tido como intelectual, escritor e jornalista. Muitos panegíricos, diga-se, no jornal do qual eera dono.  Fica esse incômodo.  Já li e devo ter gostado de uns tantos textos de Otavinho (como alguns o chamam por oposição ao pai, seu xará e o empresário que adquiriu o jornal na década de 1960). Posso reconhecer a qualidade intelectual de seus escritos, assim como  fazem as pessoas que publicaram os necrológios sobre ele. Devo concordar com a delicadeza e a fineza no trato essas que pessoas descrevem.  Fica contudo o incômodo de, afinal, estarem a louvar o ex-patrão e continuarem a trabalhar no jornal, que, agora, imagino, será dirigido pela irmã do falecido. Seriam tantos os louvores "post mortem", se não fosse essa peculiar posição de c

Me Dá Um Trocado, Tio (II)

Me dá um trocado, tio? Com cinco reais eu compro comida ali... Cara! Hoje eu tenho um trocado! Tá aqui, ó. Cinco reais. Hoje tu estás com os pés calçados. Pois é, tio. Me deram esses croc. Legal. Como é mesmo o teu nome? Quê? O teu nome? Djionatan! 08/06/2018

Diário - cinema - Vingadores: Guerra Infinita

"Vingadores: Guerra Infinita" ("Avengers: Infinite War", Estados Unidos, 2018) é a mais recente produção cinematográfica a juntar uma série de super-heróis para enfrentar o super-vilão Thanos. Thanos pretende reunir as Joias do Infinito (já mostradas em filmes anteriores da Marvel) para destruir metade da vida no universo, para que o universo permaneça viável. Os Vingadores querem evitar isso. É a maior reunião de super-heróis já realizada. Na minha conta, de filmes recentes, só faltaram o Gavião Arqueiro e o Homem-Formiga.  Talvez também esse possa ser o filme de Thanos (Josh Brolin), afinal parece que ele é o verdadeiro protagonista neste filme. E Thanos não é maldade em estado puro, um clichê do mal. Aparentemente, ele tem sentimentos, por trás de sua máscara de genocida. Se não fosse um alienígena, seria possivel dizer que ele é humano.  O filme é longo, mas, parabéns aos roteiristas e diretores, o espectador não cansa de assistir. Eu, pelo menos, não canse

Propaganda Santa Sede

Conta a lenda que os tempos áureos da crônica nos jornais brasileiros, quando o melhor padrão foi criado e estabelecido, entre os anos 1920 e 1960, que a boa crônica era feita à mesa dos bares, em momentos que os cronistas se davam à boemia.  Entre esses cronistas exemplares que emitiram opiniões sobre diversos assuntos, da política nacional ao trânsito da então Capital Federal (a cidade do Rio de Janeiro), havia os mais líricos, como Rubem Braga, ou os mais reflexivos, como Paulo Mendes Campos. Eu, cá com os meus botões acho que as tais crônicas eram redigidas nas redações mesmo, em velhas Olivettis e Remingtons. E depois do expediente nossos cronistas boêmios discutiam seus assuntos nas mesas dos bares, estrategicamente próximos das sedes dos jornais. Tentando retomar esse espírito criativo e boêmio, do período dourado da crônica, desde 2010, o escritor e cronista Rubem Penz vem fornacendo os segredos do ofício a dezenas de alunos, nesta cidade de Porto Alegre, na sua Oficina

Me Dá Um Trocado, Tio?

Um trocado, tio Preciso comer alguma coisa Tenho dois pila Me dá tua touca, tio? Tô com frio Não posso, só tenho essa Dá um trocado, tio? Tô com fome Já tenho dois pila Desculpe, não dá Saí sem trocado nenhum Sinto muito Nessa noite gelada,  como estás de pés descalços? É que ninguém me deu sapato, tio. Tem trocado? Tô com fome Tu estás tremendo Me desculpe, não tenho nada pra te dar 22/05/2018

Diário - filmes - Thor, Ragnarok

Faz alguns dias assisti a mais recente aventura de Thor (Chris Hemsworth), "o Deus do Trovão", da Marvel. Neste filme, dirigido por Taika Waititi, ele vai ter que enfrentar sua irmã mais velha, Hela, que ele nem sabia da existência. Hela se liberta da prisão onde Odin a havia prendido, e volta para conquistar Asgard, e posteriormente e provavelmente submeter o restante do Universo.  E no primeiro enfrentamento, Thor já é derrotado. Hela destrói o martelo Mjolnir, e Thor acaba no planeta Sakaar, onde é aprisionado e transformado em uma espécie de gladiador. Lá terá que enfrentar como adversário o Hulk.  O filme meio que reproduz uma jornada do herói, coisa que já havia acontecido no primeiro filme da série, mas desta vez em pegada um pouco mais humorística. Mas apesar do humor, os filmes vão ficando cada vez mais sombrios. Como eu imaginava este filme faz mais uma espécie de preparação para o próximo filme dos Vingadores - Guerra Infinita.  Enfim, divertido. Vale ver.

Poemas de Abbas Kiarostami na Piauí de Junho/2018

Desde o ano passado que não houve artigo da revista Piauí que me tenha chamado a atenção.  Contudo na  edição 141, de junho de 2018 , fui surpreendido por uma seleção de poemas de Abbas Kiarostami.  Nas minhas ideias, eu pensava que Abbas Kiarostami era somente um cineasta iraniano. E confesso que não assisti a nenhum de seus filmes.  Agora a revista Piauí publicou um conjunto de poemas de Kiarostami, que achei muito bons. Os poemas de Kiarostami são influenciados na forma pelo "Haikai", ou "Haiku". Estritamente parece que Kiarostami não segue a forma estrita do haikai - três versos, dezessete sílabas, uma estrofe com cinco, uma com sete, outra com cinco -, mas se inspira na concisão, e na apresentação de poemas sem títulos.  A tradução, ou recriação, para o português é de Pedro Fonseca, e a promessa é que saia um livro em agosto próximo, como o nome provisório de "Nuvens de Algodão".  Abaixo alguns dos que mais chamaram a atenção: -----------

Diário - leituras - Damas em Lavanda

Damas em Lavanda, "Ladies in Lavender" no original, é um conto de William John Locke, publicado no início do século XX. Conta a história de duas irmãs, que viviam no sul da Inglaterra, em uma aldeia na Cornualha. As duas senhoras já tinham mais de quatro décadas de vida, o que àquela época era considerado muito. Delas o autor diz que "elas viviam há muitos anos no topo de um penhasco, na costa da Cornualha, entre o mar e o céu, como duas princesas encantadas no fim do mundo, que cresceram e envelheceram esperando por um príncipe que nunca chegou" (página 8). Mas a vida dessas senhoras é alterada a partir de um dia de verão quando elas encontram um náufrago inconsciente na praia próxima da casa em que viviam. Com o tempo, elas descobrem que o jovem homem é um violinista. E, como foi dito, a convivência com o jovem vai mudar a vida de ambas.  O conto inspirou a produção de um filme que teve o mesmo nome do conto, e no Brasil foi chamado de "O Violinista que