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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Maria Lúcia Rodrigues - 20/10/1947 - 22/01/2018

R. I. P.

Sobre "Frida Kahlo, À Revolução"

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. . No táxi, de volta para casa: Ela: - Ela é uma grande artista. Conseguiu interpretar vários papéis no decorrer da peça. Ele: - Não. De fato, ela interpretou apenas uma personagem, a Frida Kahlo. Ela: - Sim, mas interpretou Frida Kahlo em diversas fases da vida dela. É como se fossem personagens distintos. Já em casa: Ele: - Eu gostei das diversas soluções que ela deu para retratar situações na peça. Aquela da perda do filho foi muito tocante. E a maneira de interagir com Diego Rivera. E a maneira para representar os quadros na exposição em Paris. Muito legais.  Ela: - Sim. Muito criativo. Falavam da apresentação a que recém tinham assistido da peça "Frida Kahlo, À Revolução", uma interpretação da artista plástica mexicana que viveu no século XX, e que conseguiu transcender suas dores pela arte (ou não), e acabou virando símbolo do feminismo, e ícone pop. Esta montagem tem Juçara Gaspar no papel principal, e participação de Luciano Al

Diário - cinema - Dunquerque

Diário - cinema - Dunquerque  "Dunquerque" ("Dunkirk", Reino Unido/Estados Unidos/França/Holanda, 2017) é um filme que tenta recriar parcialmente o evento que passou à história como "Retirada de Dunquerque". No caso, quando França e Inglaterra declararam guerra à Alemanha, em 1939, a Inglaterra formou uma força expedicionária que foi enviada à França para enfrentar o exército alemão.  Contudo o exército alemão conseguiu vencer as batalhas na frente ocidental, e a força expedicionária ficou encurralada na cidade balneária francesa de Dunquerque, a Dunkirk do filme. Diante disso, a Inglaterra fez um esforço para tentar evacuar parte das tropas de volta à Grã-Bretanha. A ideia era resgatar entre 30 e 40 mil soldados. Conseguiram evacuar mais de 330 mil.  O filme recria isso, estabelecendo o tempo dos homens na praia (uma semana), o tempo de uma embarcação civil envolvida no resgate (um dia) e o tempo de uma missão da força aérea britânica (uma

Morreu Carlos Heitor Cony

Dia 5 passado faleceu o escritor e jornalista Carlos Heitor Cony.  Eu devo ter começado a ler seus textos muito tardiamente, na Folha de Sâo Paulo, possivelmente no final dos anos 1990, ou início dos 2000. Isso levando em consideração que ele escrevia desde a década de 1950. Na faculdade acabei por conhecer o livro "O Ato e o Fato", com crônicas escritas durante a década de 1960, denunciando a então nascente ditadura militar brasileira. Li algumas das crônicas do livro. Me lembro em especial de uma em que Cony denunciava que as equipes que iam prender subversivos, eventualmente "apreendiam" também eletrodomésticos da casa desses subversivos. Coisas daquele tempo.  Mais recentemente li "Quase Memória", livro que mistura romance, com memorialística, e uma grande homenagem ao pai de Carlos Heitor, o também jornalista Ernesto Cony.  Carlos Heitor Cony chegou a provecta idade, 91 anos, e fazia tempos se tratava de um cãncer linfático. S

Um comentário sobre coisas fora de lugar no filme Mulher-Maravilha

Um comentário sobre coisas fora de lugar no filme Mulher-Maravilha Atenção: este comentário pode conter algum chamado "spoiler", que revele tramas do filme Mulher-Maravilha. Está certo. Eu reconheço que "Mulher-Maravilha" é uma ficção, uma fantasia, sobre uma super-heroína que sai de seu esconderijo para ajudar a humanidade. Contudo há coisa fora de lugar no filme. Algumas delas para dar o ar de mocinhos e bandidos, mas bem que poderiam ser diferentes. A coisa mais fora de lugar, certamente é caracterizar o exército alemão da Primeira Guerra Mundial, como se fosse o da Segunda Guerra. Não eram. É certo que no final da Primeira Guerra, os capacetes do exército alemão eram semelhantes àqueles usados na Segunda Guerra (no início eram os capacetes prussianos, aqueles com uma seta no topo), mas isso não faz com que a tropa tenha o mesmo comportamento. E certamente a criação de gases venenosos não era uma maldade das tropas do Kaiser, a não ser no sentido que t