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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Censo de Pessoas em Situação de Rua em São Paulo

Na coluna de Mônica Bérgamo na Folha de São Paulo, a notícia sobre um censo de moradores de rua na cidade São Paulo.  No momento seriam 24.344 pessoas em situação de rua naquela metrópole, um aumento de cerca de 60% em relação aos quase 16.000 que foram contados em pesquisa desse tipo em 2015.  Entre essa pessoas, 69,3% são pretos ou pardos, e 28% brancos. Há ainda 1,7% de indígenas, e 0,9% de amarelos. A maioria tem entre 31 e 49 anos (46,6%), mas também há crianças em situação de rua (3,9% - a notícia não informa se acompanham algum responsável ou estão por si sós).  E entre os motivos que os levaram a essa situação estão conflitos familiares, falecimento de parentes, perda de trabalho, drogas e problemas de saúde (como depressão). Como se poderia esperar, alguns são egressos do sistema prisional. Referência: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2020/01/populacao-de-rua-de-sao-paulo-cresce-60-em-quatro-anos.shtml 30/01/2020.

Diário - leituras - A Contadora de Fábulas

Li recentemente a novela "A Contadora de Fábulas", livro de estreia de Alexandre Ottmann. Nesta novela, uma moça, Vitória, toma para si, como trabalho voluntário, ler histórias para internos de clínicas geriátricas. É assim que ela vai lendo as tais fábulas do título para o senhor Rocco, um paciente em coma.  À medida que a história avança, vamos sabendo mais da história do senhor Rocco e de Vitória.  E, de fato, Ottmann inclui várias fábulas, várias pequenas histórias dentro do livro, que acabam sendo pequenas pérolas por si sós. Começando pela primeira "O Príncipe e a Camisa", ou a história de amor de "Quem Bate?", ou a "A Angústia dos Coelhos", ou ainda "Portas do Inferno e do Paraíso". Esta última foi lida publicamente pelo autor em um sarau de que participei.  Tive um certo estranhamento no capítulo XVI pela formalidade entre médicos em uma reunião de trabalho sobre um possível procedimento de emergência a ser realizado, mas

Por Cima é Millôr - um registro

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Eu costumo apresentar os livros de coletâneas em que participo, dizendo que, além de mim, o livro tem escritores bons.  Pois agora posso falar com mais propriedade, sobre esta ainda recente coletânea. Fomos quinze cronistas, divididos em duas turmas de sete pessoas. O décimo quinto era o organizador, Rubem Penz. Havia a turma da happy hour, iniciando às 18h30min, e a turma da noite, iniciando às 20h. A coisa não era rígida, eventualmente esses horários eram "cruzados", gente da turma do happy hour na turma noite e vice-versa.  Este livro, em homenagem ao escritor Millôr Fernandes, foi produzido de uma maneira que emulava a grande compilação "millôrica", "Millôr definitivo: A Bíblia do Caos", com cento e cinquenta crônicas curtas, em ordem alfabética, abarcando as vinte seis letras do alfabeto.  Com essa organização, e com a divisão das turmas, eu não conhecia todos os textos que acabaram publicados. Só acabei de lê-los há poucos dias.  E gostei ba

Diário - leituras - Minha Bela Putana

Nas leituras de notícias semanais, faz algum tempo li sobre o lançamento de uma biografia do jornalista e escritor Wander Piroli . Soube então que ele era considerado um dos grandes contistas do Brasil na segunda metade do século XX. Infelizmente, como tanta gente, foi relativamente esquecido. De qualquer maneira, me interessei e fui atrás.  Já li um pequeno livro infantil de Piroli, "O Matador". Embora eu já não seja criança, gostei do livreto, que doei a um pai com filho em tempos de alfabetização.  "Minha Bela Putana" se enquadra na literatura adulta de Piroli. Publicado na década de 1980, aborda a vida noturna de então, na grande Belo Horizonte. Bordéis, boates, automóveis e motéis. Apesar de ambiente supostamente boêmio, é um mundo sem glamour, triste até, entre não-amores, amores que não podem ser consumados, e pessoas solitárias e em busca de algum conforto e sentido para suas vidas. A linguagem é direta, mas, apesar do título, raramente obscena ou por

Dois Anos sem Maria Lúcia Rodrigues

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Saudades que não passam...

Encontro Breve e Fortuito com José Falero

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Quarta-feira, dia 8 de janeiro, foi dia de fazer happy hour com amigos.  O happy hour aconteceu em bar nas escadarias da Borges para a Duque. Entre algumas rodadas de chope, passando pela descoberta de um gim tônica enlatado, e pizzas cortadas em pedaços quadrados miúdos, estávamos nós, resolvendo os problemas do Brasil e do mundo (o mundo só continua tendo problemas porque ninguém nos encarrega de resolvê-los enquanto estamos em uma mesa de bar). Ok, em alguns momentos falávamos mal uns dos outros, e também bulíamos uns com os outros.  E estávamos nessa toada, quando por ali passou o escritor José Falero.  Eu o chamei, embora naquele exato momento, talvez por certo estado etílico, eu pudesse reconhecer o homem, mas não conseguia lembrar o nome do escritor.  Em todo caso, perguntei onde seria possível encontrar o livro dele. Expliquei que fiz essa pergunta na rede social da editora, mas a editora me deixou no ar.  José Falero, o autor do livro "Vila Sapo", em alta

Diário - cinema - Star Wars: Episódio IX - A Ascensão Skywalker

Assisti o episódio IX de Star Wars, "A Ascensão Skywalker" ("Star Wars: The Rise of Skywalker", Estados Unidos, 2019), domingo, dia 29 de dezembro.  Para mim, é um pouco mais do mesmo para quem vem assistindo esse "universo" desde 1977, quando o filme foi lançado apenas com o nome de "Guerra nas Estrelas", e depois foi convertido para o original "Star Wars". De lá para cá, foram 11 filmes. Não assisti às séries animadas, nem pude ver a nova série, "Mandalorian". É realmente todo um mar de histórias.  Este filme começa com a revelação que o lado negro da Força ainda está tramando para tomar conta da galáxia, assumindo o comando da "First Order".  A general Leia Organa (Carrie Fischer, falecida em 2016) é a líder da resistência. E Ray (Daisy Ridley) treina para se tornar uma melhor Jedi.  Então, seguindo roteiros comuns, neste filme temos "jornadas de heróis", bem como "caça ao tesouro". Um

Diário - filmes - Homem de Aço

Afinal assisti "Homem de Aço" ("Man of Steel", Estados Unidos/Reino Unido, 2013), o mais recente filme sobre o surgimento do Super-Homem, ou Superman, como diz o original e alguns brasileiros gostam de repetir.  É uma boa história sobre a criança, sobrevivente da destruição do planeta Krypton, que chega à Terra, e, por aqui, adquire superpoderes.  É estranho comentar um filme como esse, pois a história é conhecida, e parece que qualquer coisa que se diga sobre este filme vai ser um "spoiler".  Então vamos tentar dizer algumas coisas, enfatizando os atores.  Bom ver Kevin Costner como Jonathan Kent, isto é, o pai adotivo de Kal-El na Terra.  E Michael Shannon, como o general Zod, carrega boa parte do filme. É um vilão que diz coisas como "tudo que eu fiz foi para reviver Krypton", ou seja, um genocida com bons motivos para executar seu genocídio.  Amy Adams (Lois Lane) tem um quê de adorável, mas não sei se sua personagem não seria i