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Mostrando postagens de novembro, 2023

28/11/2023: sem publicação

O blogueiro metido a cronista está de folga.  Se tudo der certo, uma nova crônica deve ser publicada em 5 de dezembro de 2023.

Eu e a Feira do Livro de Porto Alegre – edição 2023

A 69ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre terminou quarta-feira passada, no Dia da República, 15 de novembro de 2023.  Faz bastante tempo que a Feira do Livro de Porto Alegre faz parte da minha vida.  Talvez esse amor pelo livro, e pela Feira, me tenha sido transmitido pelo exemplo de minha irmã. Posso lembrar que lá pelo final dos anos 1970, não lembro o ano exato, uma vez ela chegou em casa, em uma noite de domingo, trazendo consigo um livro de Jorge Amado. Era Tereza Batista, Cansada de Guerra. Ela havia ido ao cinema, possivelmente algum dos que ficavam na Praça da Alfândega e imediações, como Imperial, Cacique ou Scala, e, após a sessão, passou pela feira. Como se pode constatar, não esqueci.  Eu devo ter começado a frequentar  em 1981, ano em que comecei a trabalhar. Ajudava o fato que eu trabalhasse então como office-boy. Certamente entre pagar contas em banco e entregar documentos, eu devo iniciado minha carreira de rato de balaios de ofertas (aqueles balaios com livros mu

Cara Maria – XI

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Cara Maria, Talvez sejam estes os dias em que nos demos conta da catástrofe climática.  Ou não. É difícil para nós, seres humanos, aprendermos.  Me dá a impressão de que, apesar de se dizerem nossos representantes, os governantes têm dificuldades em tomar medidas para o bem estar da maioria. Talvez porque a minoria tenha muito dinheiro, e dinheiro é poder. Tenho a impressão de que, mais e mais, vivemos em uma plutocracia, em lugar da tal democracia. Mas tudo isso é só impressão. Como sabes, não sou cientista político.  Mas vejamos.  Praticamente todas as regiões do Brasil ao norte do Trópico de Capricórnio estão com temperaturas extremamente altas. Uma onde de calor avassaladora.  Tivemos a notícia de uma mãe que quebrou a janela de um ônibus , no Rio de Janeiro, quando seu filho passou mal dentro do veículo, porque o ar condicionado do coletivo pifou. O ar condicionado do ônibus provavelmente pifou porque a temperatura naquele momento era extrema. Se isso for fato, talvez seja um sina

Sessão de Autógrafos – Histórias Stanislawianas – Santa Sede Masterclass 2023

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Na terça-feira, 7 de novembro de 2023, foi o lançamento, com sessão de autógrafos, do livro Histórias Stanislawianas, coletânea de crônicas da Masterclass 2023 da Oficina Literária Santa Sede.  O evento, como sempre tem ocorrido, foi no Bar Apolinário, na Cidade Baixa.  Foi um momento para os autores se reencontrarem e celebrar o lançamento desta obra coletiva que foi tão divertida de ser criada. Estiveram presentes quase todos os autores: Altino Mayrink, André Hofmeister, Carol Anversa, Edgar Aristimunho, Gerson Kauer, Giancarlo Carvalho, José Elesbán Rodrigues (eu), Magnus Daniel Pilger, Ronaldo Lucena, Silvia Rolim, Tiago Maria, Viviane Chaves Intini e o organizador Rubem Penz. Só o Felipe Basso não pôde estar presente por questões particulares.  Como aconteceu nas reuniões durante a feitura do livro, foi outro momento de confraternização e diversão, onde comemos, bebemos e recebemos amigos e familiares.  Como talvez tivesse dito o Rubem, o Apolinário foi nosso.  Valeu celebrar a li

A Stalinista

Meu amigo me contou que esse incidente aconteceu com ele.  Participava de uma oficina literária que acontecia à noite, em um reservado de uma livraria-café. A técnica da noite era crônica.  O orientador da oficina já havia passado informações básicas sobre uso da crônica. Tamanho, a questão da coloquialidade no texto. Enfim, as tecnicalidades.  Meu amigo disse que tudo transcorria bem até o momento em que a oficineira que ele chamou de A Stalinista lesse sua crônica. Não a havia apelidado de Stalinista porque ela realmente venerasse Stálin. De fato ele não sabia a opinião dela a respeito do líder da antiga União Soviética. O apelido foi por conta da postura dogmática da pessoa. Comenta que poderia chamá-la de inquisidora, mas como Deus estava um tanto quanto de lado na sociedade atual, talvez uma dogmática sem metafísica se apresentasse melhor.  A crônica versava sobre a perda de uma poeta palestina morta em um bombardeio israelense na mais recente guerra por aquelas bandas. Partindo d

Diário – leituras – Sete Erros

Gerações de mulheres, vivendo em um lugar não especificado, mas presumivelmente no sul do Brasil. Elas vão vivendo suas vidas, sob as possibilidades de viverem sendo mulheres nesse lugar e sociedade em que habitam.  O livro começa com o mal estar de Maria Antonia, aos sete meses de uma gravidez, aparentemente indesejada. Quem vai narrando é alguém de sua confiança, uma médica, possivelmente uma residente.  A partir daí a autora nos leva por gerações de mulheres que conviveram, viveram, sobreviveram e resistiram como puderam ao machismo e ao patriarcalismo da sociedade em que viviam, e vivem.  Entre essas mulheres, uma marca que as uniu são os bordados. Uma arte que une as gerações que protagonizam as histórias. A própria autora vai tecendo seu livro como uma espécie de bordado em que nos enreda.  A violência sexual é uma presença. Aconteceu no passado (há uma cena que achei muito parecida com as violações em O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo), acontece contemporaneamente.  E há um

Cara Maria – X

Cara Maria, Quando a gente está sem assunto, a gente fala do quê? Do tempo. É o papo naquele primeiro encontro com o colega no elevador. É a sequência ao cumprimento do funcionário do condomínio. Ou do vizinho.  Aqui em Porto Alegre é batata (sem bem que, é batata por quê mesmo?)! No inverno a gente reclama do frio quando entram as frentes frias. No verão a gente reclama do calor quando uma massa de ar quente nos acossa. No intermeio a gente fala do sol. Ou da chuva. Ou ainda das nuvens.  Nesta semana podemos falar das chuvas. Chuva é coisa afim com a primavera em Porto Alegre, basta pensar em Acampamento Farroupilha ou Feira do Livro. Segundo andei lendo por aí, nesse final de semana passado choveu mais do que costuma chover em todos os meses de novembro, segundo a média histórica. Nesta semana que passou também houve uma tempestade em São Paulo. Uma tempestade tal que deixou a dita cidade que não para sem energia elétrica por dois, três dias, dependendo da região. Paulistas e paulist

Cara Maria – IX

Cara Maria, Depois de um breve intervalo, volto a te escrever. Nas mensagens anteriores a palavra ódio esteve presente. Fosse como meu sentimento pessoal, fosse como a expressão de um sentimento generalizado. Nas redes sociais. No mundo.  Mas antes de falar mais sobre isso, voltemos à natureza.  Acho que foi o jornalista e humorista José Simão que alguma vez falou em turnê do fim do mundo. Fico pensando se o fim do mundo já não é a nossa realidade.  A sequência de catástrofes, presumivelmente derivadas da crise climática, parecem mesmo em turnê. Tempestades, inundações, tornados, ciclones. Há eventos de todo tipo. E assim vamos tendo aulas de geografia, por conta dos municípios atingidos. Caráa, no litoral norte gaúcho, Taió em Santa Catarina… Além do transbordamento do Rio Taquari que causou destruição em várias cidades ao longo dele, o Taquari. Esta semana tivemos inundação em Barra do Rio Azul, no norte do Rio Grande do Sul, outra cidade que eu desconhecia. E tornados no Paraguai e

Sessão de Autógrafos – Nunca fomos santos – Santa Sede Safra 2023

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Na sexta-feira, 27 de outubro de 2023, foi o lançamento, com sessão de autógrafos, do livro Nunca fomos santos, coletânea de crônicas da Safra 2023 da Oficina Literária Santa Sede.  O evento, como sempre tem ocorrido, foi no Bar Apolinário, na Cidade Baixa.  Este ano uma pessoa que começou a oficina para a composição deste livro desistiu do projeto. O que fez com que o organizador convidasse cronistas de outras oficinas para escrever as crônicas necessárias para completar o livro. Eu estive entre esses convidados.  Quando cheguei ao Apolinário, naquela noite, por volta das 19 horas, já estavam pela frente do bar outros autores convidados: a Carol, o Gian e a Vivi. Em seguida ainda chegaria o André, acompanhado da esposa.  Depois de um bate-papo inicial, fui adquirir um livro com o Rubem e a Vanessa, a fim de pegar os autógrafos. Acredito que peguei autógrafos de todos os oficineiros. Os autores desta safra são Aline Maciel, Andréa Aquino Ferreira, Aurélio Salton, Cris Netto, Gisele Oli