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Mostrando postagens de julho, 2023

Sarau Santa Sede Safra 2023

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“Planejavas ir ao Sarau, amanhã? Saqueé, a Vanessa não poderá. Se fores, levarias a máquina fotográfica?” A consulta do Rubem me alcançou na noite de segunda-feira, 24 de julho.  Depois de desfazer minha confusão mental-referencial – eu confundia o dia do sarau, 25 de julho, com o dia do lançamento do livro Sessenta em frente, 3 de agosto – ficou combinado que sim, eu iria ao Sarau da Safra 2023 da Santa Sede, e levaria uma máquina fotográfica para registrar o evento. E como diria o então Capitão Nascimento, “missão dada, é missão cumprida.” Na terça, 25, lá estava eu para registrar o Sarau.  Com relação ao sarau anterior que eu havia ido, o nosso próprio para a Masterclass 2022, o Rubem resolveu mudar o leiaute. O palco foi trazido para a parte mais ao norte do Bar Apolinário, próximo ao caixa, e mais próximo da porta de entrada e saída. No sarau anterior o palco estava voltado para o sul, isto é, próximo à porta de acesso à cozinha.  Encontrei por lá o Altino, colega de mesa às quart

Um mês de inverno, 2023

1. Esta semana se completou o primeiro mês do inverno no hemisfério sul neste ano de 2023. Como costumo dizer, o inverno em Porto Alegre não é assim, aqueeele inverno de temperaturas abaixo de zero, e frio de congelar. Sempre vale lembrar que Curitiba, que está mais próxima do Equador, tem temperaturas médias mais baixas que Porto Alegre.  Dito tudo isso, parece que a crise climática está ficando mais evidente.  Desde o final do outono até o momento, tivemos três ciclones percorrendo o litoral do Rio Grande do Sul, e causando estragos no continente, incluindo a Grande Porto Alegre. O mais recente deles causou ventos de mais de 100 km/h na cidade de Rio Grande, no litoral sul.  Esse mais recente ciclone também trouxe uma frente fria para o Rio Grande do Sul. No início desta semana tivemos temperaturas abaixo de dez graus em Porto Alegre.  Como somos fortes, depois da frente fria, uma onda de calor trouxe temperaturas máximas próximas de trinta graus à cidade. Podemos chamar isso de um v

Hebdomadário boêmio masterclássico stanislawiano – capítulo XX

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A nova masterclass da Oficina Literária Santa Sede, a edição de 2023, começou dia 9 de março. Relatei isso antes. A edição deste ano homenageia Stanislaw Ponte Preta, alter ego, por assim dizer, do jornalista Sergio Porto. No dia 19 de julho continuaram as leituras das crônicas que irão compor um livro e um saite (ou blogue). Eu novamente não fui. Continuava resfriado e a meteorologia prometia uma noite ainda bem fria. Mas, pelas fotos enviadas ao grupo no aplicativo de mensagens, o quórum estava ótimo. Uma foto registra, além do Rubem, a Carol, o Altino, o Tiago, o Gian, o André, o Ronaldo, o Magnus, e a Vivi. A Dio visitou a oficina naquela noite.  Naquela noite a dupla grenal não jogou. O prato de bateria continuava sobre a mesa. Se quiser, procure por “tu dum tss” nos buscadores da internet (pode ser que a resposta venha como “ba dum tss”).  As leituras seguiram, ou a leitura seguiu. Não sei quantos textos foram lidos. A única coisa certa foi que vi uma foto de um texto atribuído a

Diário – cinema – Oppenheimer

Sexta-feira passada, 14 de julho, retornei a uma sala de cinema para assistir o filme Oppenheimer (Oppenheimer, Estados Unidos, 2023). Fazia mais de um ano que eu não entrava em um cinema. A vez anterior havia sido no último trimestre de 2021, provavelmente no final de outubro, para ver Duna .  É difícil falar do filme Oppenheimer porque ele aborda múltiplos aspectos.  Talvez eu deva começar dizendo que gostei do filme. Christopher Nolan, que é o diretor e roteirista, traça um retrato bastante humano de Julius Robert Oppenheimer, chamado de “pai da bomba atômica”. O físico que dirigiu a criação desta nova e apocalíptica arma, durante a Segunda Guerra Mundial, convencido que era necessário criar esse dispositivo antes que os nazistas o fizessem.  Além do retrato do ser humano por trás do cientista “pai da bomba”, Oppenheimer é também um filme bastante político. A primeira cena o coloca, Oppenheimer, diante de um comitê que analisa se sua credencial ao Comitê de Energia Atômica dos Estad

Conheces um médico humanista?

Caro amigo, Conheces um geriatra humanista? E que atenda pelo convênio médico da firma?  Meu conceito simples de médico humanista seria aquele capaz de ver diante de si um paciente que é uma pessoa doente, e como pessoa deve ser tratado. Em geral minha experiência é que os médicos costumam ver um portador de uma doença qualquer, e se focam na doença; precisam lutar contra a doença, em vez de ver o que é possível fazer pelo paciente doente.  Por exemplo, tive uma consulta com um cardiologista para avaliar coração e sistema circulatório. Durante a consulta o doutor me disse que eu precisava parar de beber para uma boa evolução cardiológica. Eu sei que o consumo de álcool faz mal, mas eu não estava em busca de conselhos para meus hábitos de consumo. Eu queria um médico que me avaliasse e avaliasse tratamentos, se fossem necessários. Me senti diante de um pastor de almas, ou, talvez, diante de um coach de saúde.  Meses atrás comecei a ter um sintoma esdrúxulo. Consistia de uma dor aguda at

Hebdomadário boêmio masterclássico stanislawiano – capítulo XIX

A nova masterclass da Oficina Literária Santa Sede, a edição de 2023, começou dia 9 de março. Relatei isso antes. A edição deste ano homenageia Stanislaw Ponte Preta, alter ego, por assim dizer, do jornalista Sergio Porto. A novidade da semana de 12 de julho foi que não houve encontro. As leituras das crônicas que irão compor um livro e um saite (ou blogue) teve que ser adiada. Embora faltem poucas. O livro e o saite parecem bem encaminhados.  Salvo engano, fui o primeiro a informar que não estaria presente dia 12. Peguei um resfriado como fazia muito tempo eu não pegava. Testei e não era covid-19, mas os sintomas foram bem piores do que quando estive afastado<https://novasvoltasemtornodoumbigo.blogspot.com/2023/04/e-peste-finalmente-me-alcancou.html> por conta dessa doença. Aliás, ainda são. Escrevo no domingo, 16 de julho, e continuo com rinite e tosse, oito dias após o surgimento do primeiro sintoma: uma dor de garganta, domingo passado, dia 9.   Terceira semana de inverno, no

Diário – leituras – O caminho budista: uma breve introdução

Adquiri esse livro na loja de lembrancinhas do Templo Budista da cidade de Três Coroas, aqui no Rio Grande do Sul. No alto de uma colina, esse templo é um belo lugar para visitar. O livro sedimenta algumas palestras do autor, com informações básicas sobre o budismo que ele incorporou em vida. Com formatinho de 10 por 15 centímetros, e menos de oitenta páginas, são informações básicas mesmo.  Acho que o livro me vale mais como lembrança da visita que como fonte de explicação para a doutrina.  RINPOCHE, Chagdud Tulku. O caminho budista: uma breve introdução. Três Coroas (RS): Makara, 2012. Tradução de Flavia Pellanda, Lama Sherab Drolma. 09/07/2023.

Diário – leituras – Dois amigos e eu chato

Faz uma semana que li o livro Dois amigos e um chato, uma compilação de crônicas de Stanislaw Ponte Preta, alter ego do jornalista Sérgio Porto. Me parece que se trata de um livro paradidático (destinado a alunos do final do ensino fundamental e do ensino médio. Inclusive o livro veio acompanhado de uma ficha de leitura), e teve suas crônicas retiradas dos antigos livros de Stanislaw/Sergio dos anos 1960.  São crônicas divertidas que têm as marcas do seu tempo, a mais clara é o machismo. De notar que ainda nos anos 1980, o machismo ainda não incomodava, tanto que essas crônicas eram indicadas como leituras para adolescentes.  A crônica de que mais gostei foi mesmo “Dois amigos e um chato”, a quinta no livro, sobre um chato que encontra uma carteira e fica impondo condições para devolvê-la a um amigo da pessoa que perdeu a carteira.  Li o livro porque estou participando mais uma vez da Masterclass da Oficina Santa Sede, e o homenageado é justamente Stanislaw Ponte Preta. 2023 marca o ce

Diário – leituras – Análise Técnica para leigos

Terminei (ou parei) de ler esse livro em 19 de junho de 2023. Havia comprado-o um mês antes para conferir o que ele diz sobre a análise técnica de ativos financeiros.  A análise técnica pode ser usada para todo tipo de mercado, mas me pareceu especialmente útil para o mercado de ações.  O livro explica desde os rudimentos da análise técnica chegando a conceitos mais complexos e sofisticados. Assim, há explicações para altas, baixas, rompimentos, resistências, canais de alta, canais de baixa e assim por diante.  Como a autora informa no início do livro, a análise técnica ajuda o investidor a aumentar ganhos e reduzir perdas. Acredito que de fato isso pode acontecer. Em contraste, a análise técnica me parece servir mais para o investidor que precisa se dedicar a analisar o mercado diariamente, por algumas horas por dia, coisa para profissionais ou quase. Quem é mais diletante e não quer dedicar tanto tempo assim, me parece que a análise chamada fundamentalista é mais tranquila, embora a

Diário – leituras – Opções de Ações: 32 estratégias para alavancar os ganhos ou proteger a carteira

Recentemente terminei de ler este livro, que como o título diz, ensina estratégias para ganhar ou preservar dinheiro no mercado de ações com as chamadas opções ou derivativos.  De fato, o autor apresenta suas 32 estratégias, mais ou menos indicando como, como ele diz, montá-las. Avalia as possibilidades de ganho e os riscos com cada uma delas.  Contudo não achei o livro muito didático. Não sei se muita gente se arriscaria nesse mercado, apenas com o que ele expõe. Eu, pelo menos, não me senti suficientemente embasado. Nesse aspecto, me senti frustrado com o livro. Não sei como os demais leitores interessados lidariam com ele. Os comentários na loja online onde o livro eletrônico é vendido, são, em geral, favoráveis, mas ressalvam que pode ser um livro para quem já tem algum conhecimento no assunto.  MAUAD, Rogério Paulucci. Opções de Ações: 32 estratégias para alavancar os ganhos e proteger a carteira. S. L. , publicação independente, S.D.  09, 13/07/2023.

Diário – leituras – Bitcoin, Blockchain e muito dinheiro

Recentemente acabei de ler este livro. Minha intenção era entender melhor o bitcoin, e, quem sabe, investir com segurança.  Infelizmente não foi o que aconteceu. O autor começa falando um pouco sobre história do dinheiro, desde o final da Idade Média Europeia, passando pela Revolução Industrial e seus ciclos. É uma parte que parece juntar cultura de almanaque com adjetivos. O que talvez se deva ao autor ser palestrante de TEDs (“technology, entertainment and design”, isto é, tecnologia, entretenimento e design. São reuniões em que pessoas se reúnem em teatros e similares para ouvir palestras de especialistas dentro desses temas). E então passa a explicar o bitcoin e o blockchain. Também tenta explicar da maneira mais didática e inteligível possível os conceitos de informática que podem gerar segurança no uso dessas tecnologias.  Eu diria que o autor é muito otimista com os criptoativos.  Ele não se detém sobre a complexidade para o uso dos criptoativos para a maioria das pessoas. Os co

Os livros de Fátima Farias

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Na celebração do aniversário da Avelina Gastal , conheci pessoalmente a escritora Fátima Farias. Eu já a conhecia de redes sociais telemáticas.  Oportunamente ela carrega consigo exemplares de alguns dos livros que ela escreveu. Foi assim que adquiri “Mel e Dendê”, de poesias; e Santas de Casa, de contos, ou seja, em prosa. Fátima os autografou e me nomeou José Carlos nas dedicatórias.  Aparentemente ela ficou decepcionada quando eu disse que os livros dela entrariam na minha fila (ou pilha) de leituras. Feliz ou infelizmente provavelmente já tenho mais livros que tempo de vida para lê-los todos. E a fila ou pilha vai sendo consumida de maneira bem aleatória.  Mais dois livros adquiridos na extensa guilda dos escritores e escritoras porto-alegrenses. . . 25/06/2023, 12/07/2023.

Saudades da Cultura

A Livraria Cultura localizada no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, fechou na segunda-feira, dia 26 de junho de 2023, sem previsão de reabertura. A notícia saiu no jornal Folha de São Paulo . A reportagem do diário paulistano comenta sobre a falência decretada pela justiça de São Paulo, e sobre o sentimento de orfandade de alguns clientes que frequentavam o espaço da livraria há muito tempo.  Fiquei na expectativa sobre o que aconteceria com a filial porto-alegrense da Cultura, no Shopping Bourbon Country.  Logo soube que ela continuava, continua em funcionamento.  Neste sábado, 8 de julho, pude voltar a visitar a loja.  A loja continua lá, mas me parece que perdeu muito da sua alma.  A começar pela cafeteria, fechada há um longo tempo. Saudades de quando podíamos pegar livros nas prateleiras e ficar avaliando se valia a pena levar um livro ou não, enquanto bebíamos um cappuccino.  Ou saudades de pegar uma pilha de livros e ficar examinando-os sentados nos diversos b

Hebdomadário boêmio masterclássico stanislawiano – capítulo XVIII

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A nova masterclass da Oficina Literária Santa Sede, a edição de 2023, começou dia 9 de março. Relatei isso antes. A edição deste ano homenageia Stanislaw Ponte Preta, alter ego, por assim dizer, do jornalista Sergio Porto. No dia 5 de julho continuaram as leituras das crônicas que irão compor um livro e um saite (ou blogue). Segunda semana de inverno, noite de frio não excessivamente frio.  Quando cheguei ao Apolinário naquela noite estavam à mesa, além do Rubem, o André, o Magnus, o Altino, a Vivi e a Silvia. Depois ainda chegaria o Ronaldo.  Naquela noite não houve jogos de futebol envolvendo a dupla grenal. O Grêmio jogou na terça-feira contra o Bahia, em Salvador. 0 a 0. O  S.C. Internacional folgou. O prato de bateria continuava sobre a mesa. Se quiser, procure por “tu dum tss” nos buscadores da internet (pode ser que a resposta venha como “ba dum tss”).  As leituras seguiram. O primeiro texto lido foi da Vivi. Quando foi lido eu ainda não havia chegado. Trata do personagem Fredin

Hebdomadário boêmio masterclássico stanislawiano – capítulo XVII

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A nova masterclass da Oficina Literária Santa Sede, a edição de 2023, começou dia 9 de março. Relatei isso antes. A edição deste ano homenageia Stanislaw Ponte Preta, alter ego, por assim dizer, do jornalista Sergio Porto. No dia 28 de junho continuaram as leituras das crônicas que irão compor um livro e um saite (ou blogue). Primeira semana de inverno, noite de frio não excessivamente frio.  Quando cheguei ao Apolinário naquela noite estavam à mesa, além do Rubem, o Kauer, o Felipe, o André, o Gian, e a Vivi. A Oficina recebia a visita da Vanessa. Depois ainda chegariam a Silvia, a Carol e o Altino. Teríamos ainda a visita da Graciella e da Jane.  Teríamos evento: a gravação de um jogral para o clipe do Samba da Sede, que poderia bem ser o Samba da Santa Sede.  Naquela noite o S.C. Internacional jogaria com o Independiente de Medellín, na última rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América. O Inter venceria o jogo por 3 a 1. O prato de bateria continuava sobre a mesa. Se q