Auto-Escritor


"Amanhã tenho que passar na editora". São mais ou menos essas as palavras de Paulo, personagem de Carlos Heitor Cony, no livro "Pessach, A Travessia". Um escritor tendo um escritor como personagem é quase metalinguagem. 

Mas frase veio recorrentemente à minha mente neste final de 2018. 

Um motivo era que a Editora Metamorfose me pediu para retirar os volumes a que teria direito, por conta da antologia "Palavras de Quinta", publicada num sistema de compartilhamento de custos. 

Quase simultaneamente, tinham acabado os volumes que eu tinha comigo, de outra antologia em que participei, a "Santa Sede 7, Crônicas de Botequim" (2016) , e entrei em contato com a Editora Buqui, para adquirir mais, já que os autores participantes da antologia podem comprá-los com um bom desconto. 

E, de repente, no meio dessas necessidades, acabei realmente por me sentir um escritor. Alguém que já teve textos publicados em livro. Foram três antologias até agora. Além de "Palavras de Quinta" e "Santa Sede 7", há um conto que escrevi na antologia "Metamorfoses" (Editora Metamorfose, 2016).

Por conta disso, agora tenho vários volumes disponíveis em casa, para venda. Vou me tornar uma espécie de colportor, aquele cara que andava como caixeiro-viajante Brasil a fora, vendendo livros. Só que sem viajar. 

Então, se você gosta deste blogue, e quer ler histórias não publicadas aqui, compre um livro destes. 

E não apenas por mim. Os demais autores são bons também. Porque, afinal, não é? Auto-publicação em grupo, eu convido os meus amigos, e cada um(a) dos(as) outros(as) autores(as) convida os seus. Aí, várias pessoas adquirem os volumes, mas lêem apenas os textos dos conhecidos. Não! Leia. Conheça. Varie. 


29/01/2019.

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