Caros marqueteiros, acho que vocês estão fazendo isso errado


A primeira vez que viajei em avião na minha vida foi em 2008, a Buenos Aires, partindo de minha Porto Alegre natal. Eu já era um senhor de mais de quarenta anos então. Depois mais umas poucas viagens, até 2012. Não sei se as passagens aéreas ficaram mais caras ou se meu salário encurtou, ou ambas as coisas. 

Isso, até esse ano de 2023, quando voltei a embarcar em um avião para viajar. As viagens aéreas têm seu fascínio, e acho que comecei a prestar mais atenção aos emeios recebidos das companhias que operam no Brasil, a partir dessa mais recente viagem. 

São muitas mensagens com promoções para viagens pagas com poucas centenas de reais, ou poucos milhares de pontos/milhas. A maioria dos trechos partindo de… São Paulo! Aí, eu clico no linque que fala em “outros trechos” (isto é, outros destinos), e esse linque me leva para mais viagens partindo de São Paulo. Às vezes de Brasília. Às vezes de Belo Horizonte. 

Senhores marqueteiros, tendo acesso ao meu cadastro, sabendo da minha localização, bem que vocês poderiam já indicar os voos partindo de Porto Alegre, não? Acho que há tecnologia acessível para esse tipo de propaganda mais direcionada. 

Ainda sobre propaganda direcionada, há as pesquisas de opinião. Como as empresas dizem, “queremos conhecer melhor você”. Já recebi esse tipo de pesquisa, que começa com uma mensagem de emeio de uma companhia telefônica ou de um banco. 

Bem disposto, vou iniciar a responder as questões. 

E o primeiro grupo de questões são “qual o seu nome?”, “qual a sua idade?”, “qual o seu sexo?”. Com o mesmo tipo de desgosto das ofertas de passagens aéreas a preços promocionais, perco a disposição para responder à pesquisa. 

Essas ações de marketing precisam melhorar. 


06, 09/01/2024.

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